Confesso que teve um momento que também fraquejei, achando
que a Copa em Porto Alegre estava micada. Só que fiquei com minhas incertezas e
minhas aflições para não contaminar o ambiente interno que já estava mais do que pressionado.
Pressionado por toda a sorte de
dificuldades a cada projeto que precisava sair do papel, pelo tempo curto que
conspirava para que tudo saísse minimamente a contento e nos prazos previstos,
na falta de recursos para cada nova demanda, no desanimo de alguns e na má
vontade de outros.E eu fraquejei.
Mas aí aconteceu o click. Nossas lideranças
nos convocaram para o esforço final e
pouco a pouco, etapa a etapa, tirando energia do fundo da alma,
negociando de todas as formas, motivando sempre, brigando quando necessário e
muitas reuniões depois, o amálgama aconteceu. E a Copa se materializou, não
apenas no campo e no estádio, mas principalmente fora dela, nas ruas, nas praças e parques, nos bares, com a cidade toda
orgulhosa de receber os visitantes e mostrar a eles o que de melhor temos, que é
a hospitalidade. E ficarmos mais orgulhosos ainda pelo reconhecimento dos
estrangeiros.
Sou bastante rodado e já lanhado por outras jornadas,
mas ainda não perdi a capacidade de me emocionar com as emoções dos
outros. E foi o que aconteceu nesta Copa, na minha cidade, com a minha
gente. Me emocionei com o depoimento do motorista da Carris que vai ter o
que contar no futuro para seu filho de três meses, com a entrega de 12 horas de
trabalho da servidora da saúde, com a noção de grandeza do momento que
estava vivendo do guarda municipal, com o azulzinho contador de histórias, com
o gari celebridade vestido de holandês, com a moça faceira do Centro de
Atendimento ao Turista. Tudo isso em uma matéria que elegi como referência para
o trabalho realizado até agora –
Trabalhadores vestem a camisa da cidade pela Copa, acessível em www.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_novo/default.php?p_noticia=170794&TRABALHADORES+VESTEM+A+CAMISA+DA+CIDADE+PELA+COPA
– assinada por Melina Fernandes, com versão de Tv pela Denise Righão.
É nessa hora, quando a alma não é pequena como diz o poeta, que vale a pena. Isso não tem preço e, se me permitem. vai uma outra confissão: vou sentir saudades.
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