terça-feira, 26 de setembro de 2023

REFLEXÕES EM TEMPO DE RECORDES DE CHUVAS

1.Será que entendi bem: não será o Alckimin, mas a Janja que assumirá a presidência, enquanto o Lula estiver se recuperando da cirurgia?

1.1. Bah, se for verdade, o vice vai virar “pato manco” já no primeiro ano do mandato!

1.2. Entendedores entenderão.

2.Só vou torcer para o Fluminense nestas semifinais porque se ele for campeão pode sobrar mais uma vaga na Libertadores.

3.E o Vasco, hein. Parece os rios do Rio Grande: subindo, subindo, subindo...

4. Já o Inter ficou mais perto dos flagelados  esportivos do Z4.

5. Bobagem ouvida na mesa ao lado:: “Tua hérnia de disco é do lado A ou do lado B?”

6. Ouvido na mesa ao lado2: "Depois de certa idade esporte radical é praticar sexo!"

7. Ouvido na mesa ao lado3: "Será que o pessoal acredita em tudo o que se fala aqui na mesa ao lado?"

8.Ciclone Extratropical , péssimo nome para qualquer tipo de banda.

9.Máximo da goiabice: tentar pagar conta com cartão do plano de saúde...

10. Pelo jeito o STF cassou também o SOL.

10.1. E está discriminando porque só cassou no RS.

10.2.Mas acabou, pelo menos por enquanto, aquela história dos encarcerados verem o sol quadrado...

11.Justiça se faça: o STF faz mais politica e legisla mais do que a Câmara e o Senado.

12.A propósito, quando veremos aquela chamada no JN: “A Globo também teve acesso às imagens da confusão no aeroporto de Roma” ?

13. Informação de cocheira: Importante estúdio de Hollywood vai produzir refilmagem de Dançando na Chuva...em Porto Alegre.

14.Constatação matinal: Um espirro nunca vem sozinho...

15.Filosofada na mesa ao lado, traçando uma costela gorda: "Se é verdade que a História é contada pelos vencedores nós ganhamos a Guerra dos Farrapos!"

16. Pelo fim da chuva e a volta do sol, roguemos com fervor!

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Nós, os Nomofóbicos

* Publicado nesta data em coletiva.net

O quê foi responsável pela “morte” da TV, do rádio, do computador, da câmera fotográfica? O quê acabou com o jornal, a revista e os livros? O quê substituiu a lanterna, o espelho, o calendário de mesa? O quê aposentou a carteira, o cartão do banco e o videogame? Copiei os  questionamentos de um vídeo que viralizou no Whats e que segue na dramatização dos efeitos deste que seria o inimigo público  número 1, com mais perguntas: o quê terminou com muitos casamentos e junto terminou com muitas famílias e aos poucos está prejudicando nossos olhos, nossa coluna cervical, nossa saúde mental e tentando acabar com a próxima geração? Pela introdução já deu pra perceber que estamos falando do telefone celular, com suas múltiplas aplicações, aqui apresentadas em suas consequências negativas, sem falar na invasividade e no quanto serve para a aplicação de golpes nos incautos.

Lembro que na Copa de 1994 nos EUA, o repórter da Rádio Record na sede de Dallas exibia orgulhoso um celular, de primeiríssima geração para a época, explicando que aquele aparelho era de uso pessoal de  ninguém menos do que o bispo Edir Macedo, o  todo poderoso da Igreja Universal e da Rede Record. A telefonia móvel recém engatinhava e os pesados equipamentos eram uma preciosidade. Quatro anos depois participei em Las Vegas da NAB Show (evento da National Association of Broadcasters), a principal feira de produtos e serviços para a radiodifusão. O tema-conceito do evento era Convergência Digital, prenunciando que toda a parafernália de equipamentos e processos eletrônicos migraria para um único sistema. Na ocasião, minha formação analógica custou a entender que esse sistema seria conectado ao telefone celular, que até então disponibilizava apenas duas ou três funções.  

Passadas quase três décadas desde o empréstimo do telefone do bispo Macedo ao repórter, eis que o celular assume um protagonismo jamais imaginado em nossas vidas. Um  diabólico protagonista, a cancelar tudo aquilo que fazia parte do nosso cotidiano e ainda ameaçando nossa saúde e o nosso futuro? Na real, um protagonismo em expansão, que garante aos brasileiros lugar no podium dos que mais gastam seu tempo diariamente manuseando o celular: 9 horas e 32 minutos por dia. Perdemos apenas para a África do Sul, com média de 9 horas e 38 minutos, enquanto a média mundial fica em 6,378. Dados de 2021, revelam que os brasileiros gastaram mais de 193 bilhões de horas em frente ao celular, conforme pesquisa do site Eletronics Hub.

Os números indicam  que é mais do que tempo gasto, virou dependência. O distúrbio tem até nome: Nomofobia, palavra derivada da expressão inglesa "no mobile phone phobia". Os principais sintomas deste apego psicológico ao smartphone são medo de ficar incomunicável, ansiedade, tremores e taquicardia.

 

Ao pesquisar sobre este tema da hora cheguei à conclusão de que devo ser um Nomofóbico. Não me afligem tremores nem taquicardia, aí já é um exagero, mas tenho a sensação permanente que se não atender logo o telefone estou perdendo algo urgente, uma mensagem que exige pronta resposta, alguém que precisa de ajuda está clamando por mim. Em compensação, já consegui me livrar das consultas ao celular no carro, limitei a apenas uma vez nas refeições e desisti de olhar durante o banho. Assim, pelo menos por enquanto, não preciso aderir aos NA, Namofóbicos Anônimos.

Agora me dão licença porque já estou há cinco minutos sem consultar o celular. Preciso urgentemente verificar minhas mensagens.

terça-feira, 19 de setembro de 2023

REFLEXÕES EM TEMPO DE CELEBRAÇÃO FARROUPILHA

 1.Tema para polêmicas: O Gaúcho, tal como o conhecemos hoje, é pura versão...

2. Corrente de solidariedade às pessoas atingidas pelas enchentes. Isso, sim, é categoria “sirvam nossas façanhas”

3.E já que estamos na Semana Farroupilha e no mundo virtual acabo de me pilchar virtualmente.

4. Corinthians 4 x 4 Grêmio: jogo eletrizante ou várzea pura?

5.Agora os Imortais são mais tricolores do que nunca nesta semana.

6.Mas o que gostam de um G os presidente da República.

6.1.De preferência em ordem crescente: G7, G20, G77...

7. Da Postagem Alheia: “Saudades de quando a Justiça era cega e não careca”.

7.1. O autor, prudentemente, se manteve anônimo.

8. Que coisinha bem demodê essas capinhas pretas usadas pelos juízes do Supremo e outros togados!

9.Reina grande expectativa para quando for feito o anúncio no JN: “A Globo também teve acesso às imagens da confusão no aeroporto de Roma!”.

9.1. Justiça que tarda e falha.

10.Cartão corporativo presidencial, quanto desperdício em tua conta!

11.Ouvido no auditório ao lado: "Não sei todas as respostas, mas quero ouvir todas as perguntas..."

12.O inverno está se indo. Que não venha o inferno...

13. Anotem:  em seguida surgirá a figura do Coach de ChatGPT.

14. O máximo de vaidade é se retratar fazendo selfie. E como tem nas redes sociais!

15. Agora todo mundo junto: Sim pela volta do diploma de Jornalismo e fim da infestação de picaretas nas redações.

16. Ainda tem “Entre Um Gole e Outro” pra vender? Pergunta lá no posto Ipiranga ou pede inbox.

 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

A formatura na lata de lixo

*Publicação nesta data em coletiva.net

No recipiente para lixo na beira do Guaíba estava jogada a moldura que reproduzia a clássica foto dos formandos, com suas becas e chapéus para a cerimônia de diplomação. Era do curso de Ciências Jurídicas e Sociais (Direito) conforme inscrição sobre as fotos. A cena insólita chamou a atenção do caminhante solitário, acostumado a registrar as incidências incomuns daquele espaço. Normalmente eram registros sobre os pássaros, abundantes e de variadas espécies, que ali habitam em busca de alimentos e água.  Mas o repórter circulante jamais tinha visto algo parecido, como o descarte da lembrança de um momento que deveria ser de celebração pelos anos de entrega aos estudos.

O vilipendio da moldura desprezava a tradição quase milenar da formatura, que simboliza a passagem para a vida profissional. Por isso, os alunos vestem trajes especiais que os diferenciam dos demais participantes da cerimônia e o capello, o chapéu de forma quadrada em seu topo, que significa a sabedoria adquirida durante os anos de estudos.  Nas fotos, aparece ainda uma espécie de babador, o jabor, um acessório utilizado para distinguir os formandos, como um emblema de mérito e responsabilidade social, mas que talvez ficasse mais bem posicionado nos familiares, a babar pela conquista do estudante. Entretanto, toda essa simbologia foi jogada no lixo.

Por outro lado, a postagem da foto nas redes sociais mexeu com a imaginação dos ativistas de plantão e gerou uma série de comentários.  E, claro, politizaram o gesto e virou polêmica. A maioria dos que interagiram apostou que se tratava da formatura de jornalistas ou advogados. Até entendo que o Jornalismo esteja enfrentando uma crise de credibilidade, mas achava que os advogados estavam por cima, um deles até foi nomeado recentemente para a mais alta Corte do país. Só que fui contrariado por intervenções como essas, sobre a motivação de quem se livrou da moldura: “ Percebeu que tudo o que apreendeu na faculdade sobre a Constituição e o ordenamento jurídico foi jogada no lixo pelo STF”; “Acho que foi o advogado aquele que confundiu os príncipes, ao defender o golpista no Supremo”; “ou será alguém indignado com a sujeira que contaminou o judiciário corrompido?”; “Advogado decepcionado com o Judiciário, foi ganhar dinheiro no marketing digital”; “Foi discreto, tem togados que fazem em rede nacional”; “acho que aproveitou o momento para mostrar que os fins justificam os meios, depois de ter lido o Pequeno Principe de Maquiavel”. Pela amostra dá pra constatar que a área do Direito está mais contestada que a da Comunicação.

Também sobraram postagens para outras  profissões como a que acredita que a formatura era da “primeira turma de médicos EAD”, e outra apela para a flauta esportiva: “Deve ser gremista”. Não faltaram suspeitas de que se trata de “ex, com raiva, jogou no lixo”, ou de quem “está em crise existencial; queria ser cantor e acabou jornalista”,   ou, mesmo,  que “seria vingança de uma segunda ou terceira pessoa?”,  e ainda, o fato definitivo, de que “certamente alguém foi descartado”.

Nada disso, porém, parece responder a intrigante questão: afinal, o que levou a pessoa a se desfazer dessa forma do símbolo de um momento tão memorável? Não faço ideia, só sei que o gesto rendeu mais uma coluna e que até um descarte no lixo vira polêmica nas redes sociais.

(Texto inspirado na sugestão de Cláudia Guerreiro de Lemos)

 

domingo, 17 de setembro de 2023

REFLEXÕES DOMINICAIS LIGEIRAS

1.Postagem antiga, mas valendo -  El Niño está para os meteorologistas assim como a virose está para os médicos: serve de justificativa para todas as situações...

2.Se nada der certo, Lula e Janja já tem know how para abrir uma agência de viagens.

2.1. Consta que o próximo roteiro do Primeiro Casal vai incluir o Brasil.

3. Ditado da Hora: Mais caloteiro que o governo de Cuba.

3.1. O que daria pra fazer com o mais de 1 bilhão de reais que a ilha nos deve?

4. A BIC está pensando num  chefe de estado para fazer anúncios de suas canetas.

4.1.Entendedores entenderão.

5.Da Postagem Alheia: “Agora entendi o motivo pelo qual ele queria descriminalizar pequenos furtos”. (By C.M.)

5.1. Entendedores entenderão 2.

6.Tem os libertadores da América no STF (Gilmar Mendes à frente) e o Encarcerador da América.

6.1.O Xandão, claro.

7.A propósito, quando veremos a chamada no JN: “A Globo também teve acesso às imagens da confusão no aeroporto de Roma”?

8.Cuidado com as selfies: os baderneiros de 8 de janeiro estão sendo condenados pelas fotos que comprovam a presença deles nos locais vandalizados,.

9.Sim ao diploma de Jornalista. Chega de picaretas na nossa profissão.

10.Por uma semana em que nossas façanhas sirvam de modelo a toda a Terra, roguemos com fervor.

11. Mas quais seriam  nossas façanhas?

 

 

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

REFLEXÕES LIGEIRAS PARA QUINTA-FEIRA

1.Estou achando os Vermelhos muito assanhados. O que houve?

2.Na terça-feira, ao final, o Brasil descabelou o Peru.

3.Ditado da Hora: Mais inútil que disputa para fazer mais gols que Pelé na Seleção.,

4.Impressionante o que muda a legislação eleitoral, sem que melhore a prática da Política.

5. Lula vai receber honras de chefe de estado quando visitar o Brasil.

5.1. Aliás, tem cada vídeo constrangedor do PR circulando nas redes que suspendeu até aquele sorriso da Janja...

5.2. Meninos eu vi!

6.Novas Mães de Todas as Batalhas: 1. Jean Willys x Eduardo Leite; 2.Jean Willys x Pimenta; 3. Jean Willys x Hater-gado-petista (?)

6.1. Pensa que Pimenta no Jean Willys é colírio?

7.Sou chinelo mesmo. Não recebi nenhuma sanção por causa das minhas provocações.

8.Da Série Gastronomia Sem Mestre: um grande churrasco começa com um fogo competente!

9. É tanta enchente que daqui a pouco vamos ter que trocar o nome do Estado para Mar Grande do Sul!

10.Confissões da Terceira Idade: já usei varias vezes a vaga de idoso no supermercado..

11.Por fim, Namastê.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Inscrição no banheiro do motel

*Publicado nesta data em coletiva.net

No banheiro do motel a moça visualizou a inscrição gravada no vapor no box do chuveiro:

- Lica e Zeca, Forever.

O “e” estava incrustrado num coraçãozinho.

A reação dela foi de cobrança do parceiro, que esperava a vez de tomar uma ducha.

- Tu nunca escreveu nossos nomes assim!

- Jamais celebraria nosso amor com inscrição em banheiro de motel, – esquivou-se ele, pensando que o local servia para fins mais prazerosos do que escrever mensagens amorosas na parede.

A história me foi contada pelo parceiro da dupla, numa mesa de bar em que transitaram outros assuntos descompromissados. Mas o episódio me levou a alguns momentos de reflexão sobre as formas de expressar os sentimentos entre os casais e aqui já me apresso a acrescentar que estou falando de qualquer tipo de casal, antes que os radicais do politicamente correto me cancelem.

Agora a reflexão que faço é de questionamento: qual o perfil e o que é feito do casal amoroso do motel? E de todos os casais que deixaram gravados nos troncos de árvore o seu amor pela eternidade de uma primavera, ou desenharam seus nomes em corações na areia da praia que não resistiram à primeira onda?

E tem aqueles arrependidos pelos arroubos nas juras de amor eterno, como ocorre entre os famosos e famosas que decidiram imortalizar seu bem-querer em tatuagens bem visíveis ou em partes mais íntimas. O ator Johnny Depp, por exemplo, é reincidente específico. Primeiro foi a dedicatória à Winona Ryder – “Winona Forever -  no braço direito. Quando o amor eterno se desfez, ele conseguiu reduzir a tatuagem para “Wino Forever”. Depois, homenageou sua ex-mulher Amber Heard, tatuando “Slim”, o apelido dela, nos dedos da mão direita, que virou “Scum” (escória em português) quando houve o rompimento contencioso do casal.

No Brasil, reincidente em arrependimento é a atriz Viviane Araújo. Ela precisou apagar com laser duas tatuagens que fez para namorados, que viraram ex: o cantor Belo, no antebraço e o jogador Radamés, no pé. Belo também havia tatuado o nome de Viviane Araújo no braço e preferiu cobrir o desenho após o final da relação.

Os arrependidos de tatuagens amorosas são muitos mais, no mundo das celebridades e fora dele, aqui e fora daqui. Zygmunt Bauman (1925-2017) diria que são relacionamentos descartáveis, paixões fugazes, amores líquidos. Entretanto, sou capaz de apostar que os enamorados do motel continuam com sua relação firme e forte, sobrevivendo à escrita no vapor, diferente dos Johmmy Depp e das Viviane Araújo da vida. Acredito que seja essa a verdadeira sina, o segredo da convivência duradoura, de quem opta pela simplicidade para expressar o seu amor.

E dizer que uma simplória declaração de amor no banheiro do motel rendeu uma crônica inteira, quase um ensaio. Tempos líquidos, diria Bauman.

 

sábado, 9 de setembro de 2023

REFLEXÕES DE FIM DE SEMANA CHEIAS DE COBRANÇAS E RABUGICES

1.Alerta esportivo: nada mais enganador que goleada sobre a Bolívia.

2.O narrador Luiz Roberto  está se saindo um Galvão Bueno sem grife.

2.1.O que força na emoção! Quase teve um orgasmo no gol do menino Ney.

2.2. Menas, Luiz Roberto, menas.

3.Fim de semana sem corneta: a dupla Grenal não entra em campo.

4.As tragédias conseguem mostrar o melhor e o pior das pessoas.

4.1.O melhor: a solidariedade anônima e autêntica; o pior: a solidariedade exibicionista e interesseira.

4.2.O melhor: a mobilização para a reconstrução; o pior: a omissão de quem deveria estar presente.

4.3. O melhor: o trabalho dos voluntário; o pior: os turistas de tragédia.

5.Com uma primeira-dama como a Janja, nem precisa oposição, né Lula?!

5.1.Por que não te aquieta, Janja?

6.Da Postagem ao Lado: “Há dias ruins, dias péssimos e até dias perdidos, mas nada se compara a Dias Tóffoli”.

7.. Se o Alexandre de Moraes perguntar por mim, digam que não me conhecem e que não sabem onde moro.

8.A propósito, quando veremos no JN “a Globo também teve acesso às imagens da confusão no aeroporto de Roma” ?

9.Ditado da Hora: “Mais demorada que que a liberação das imagens da confusão no aeroporto de Roma”.

10.O ministro Flávio Dino foi mais ágil e já liberou as imagens captadas  no Ministério da Justiça no 8 de janeiro.

10.1.Mas foi muito seletivo, se é que me entendem....

11.Ouvido do degustador de um tinto: "Sinto notas de uva neste vinho!"

12.Grito dos excluídos é aquele barulhinho que o computador faz quando a gente manda pra lixeira as mensagens deletáveis?

13.Ouvido na mesa ao lado: "O sucesso dos meus amigos é o cinismo da minha satisfação..."

14. Por um fim de semana sem necessidade de cobranças e rabugices, roguemos com fervor.

 

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

REFLEXÕES LIGEIRAS PARA DATAS ICÕNICAS

1.Reunião do G20, com a presença de Lula, será um programa de Índia?

2.Pelas declarações e propostas que tem feito, Lula está se saindo um Bolsonaro com voz rouca.

3. Ontem, 6 de setembro, Dia do Sexo! Ou o Dia do Era Bom?

4.Ouvido na mesa ao lado: "Dia do sexo? O que é isso?"

5.Não entendi : era o Dia do Sexo ou dia de sexo?

6. Será que tem o Dia da Abstinência de Sexo?

7.Tá bom, agora chega de bobagens sobre o Dia do Sexo. Vão praticar, gente!

8. A propósito do Dia do Irmão (05/09), já fomos oito os Dutra, hoje somos cinco e cada vez que nos encontramos sinto uma pena infinita de quem não teve irmãos para atazanar sua infância

9.Ouvido no caixa do lado, no supermercado: "Não adianta ao surdo ir à missa..."

10. “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória”. (by Paulo Motta)

11.Pode ser rabugice, mas não aguento mais ouvir o tal ¨fora da curva¨...

11.1.E o “resiliência”, e a “régua alta”, e o “copo cheio, copo vazio”, e o “por conta de”,,,

12.Eu queria ser Isentão, mas do Imposto de Renda.

13.Grandes invenções da humanidade: caneta esferográfica, Whatsapp e sopa de capelleti.

14. Para que pare de chover, roguemos com fervor.

 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Histórias do Goulart

* Publicado nesta data em coletiva.net

Hoje cedo o espaço para o jornalista e escritor Antônio Goulart. Além de bom de texto, Goulart é um colecionador de divertidas ou curiosas histórias, como estas:

O lado folclórico do futebol

A história não guardou o nome do técnico de origem nordestina que, décadas atrás, foi trabalhar num pequeno clube  do interior paulista, mas tornou-se logo popular pela maneira como transmitia suas instruções aos jogadores. Usava uma linguagem cheia de imagens pitorescas e comparações originais. Contam que, antes do primeiro treino, o homem reuniu o grupo e começou a dar as seguintes orientações:

            - Quero um goleiro que nem bananeira no vento.

            - De que jeito? – perguntou o titular da posição.

            - Caindo para os dois lados. E tem mais, quero os laterais que nem parafuso: indo e voltando. Beque de área que nem coqueiro: plantado. O ataque que nem rabo de vaca: se mexendo de um lado para o outro.

            A esta altura o pessoal da meia-cancha quis saber: - E nós?

            - Vocês que nem balaio de pastel: alimentando o ataque.

                                          ************

            Amaral, o simpático volante negro do Palmeiras, antes de se profissionalizar como jogador, trabalhou numa funerária de Goiânia, sua cidade natal.  Certa vez, ao desembarcar  na África do Sul para um  amistoso da seleção,  na época do famigerado regime racista, um repórter perguntou:

            - E daí, Amaral, como vais encarar aqui o apartheid? Não te preocupa? – A resposta veio direta:

            - Olha, eu nunca vi esse cara jogar. Mas se eu tiver que marcá-lo, ele não vai ter moleza.

                                       **************

            Antes de um clássico no Pacaembu, começou a cair o maior toró. Um locutor famoso, em sua cabine, emposta a voz e anuncia:

            - Senhores e senhoras ouvintes, chove torrencialmente nos quatro cantos do gramado.

            O repórter, que se encontrava no meio do campo, acrescenta:

            - E aqui no círculo central também.

                                               *************

            João Mendonça Falcão foi uma figura folclórica. Além de político e empresário, dirigiu a Federação Paulista de Futebol por quase 15 anos. Quando chefiava a delegação brasileira,  num giro da nossa seleção pela Europa, ao ser homenageado em Lisboa pela Federação Portuguesa de Futebol, ao final de um banquete de luxo, em seu discurso de agradecimento, Mendonça falou: “Saúdo em primeiro lugar o ilustre presidente desta federação e também sua digníssima esposa, senhora Filomena. (E, após breve pausa, acrescenta): Esta, sim, a verdadeira portuguesa de desportos!” Dizem que os aplausos foram demorados.

                                               *************

           

 Em 1916, como conselheiro do Governo, Rui Barbosa deveria viajar à Argentina, onde representaria o país numa importante reunião. Quando soube que o mesmo navio do Loide levaria também o escrete brasileiro que iria jogar em Tucumã, o conselheiro foi taxativo: "Eu não posso viajar com um time de futebol". Resultado: nossa seleção teve que fazer os 4 mil quilômetros de trem. Hoje, semelhante atitude seria um escândalo sem tamanho.

 

 

                                               ***********

            Eduardo Galeano, o escritor uruguaio falecido em 2015, amante do futebol, conta no seu livro “Futebol ao sol e à sombra” um episódio bizarro que chamou de “gol bis”, e que provavelmente nunca irá se repetir. O  craque Zizinho, durante a Copa de 1950 no Brasil, no jogo contra a Iugoslávia, tinha feito um gol legítimo, que o árbitro anulou. “Então – relata Galeano -, ele repetiu igualzinho, passo a passo. Zizinho entrou na área pelo mesmo lugar, esquivou-se do mesmo beque iugoslavo com a mesma delicadeza, escapando pela esquerda como tinha feito antes, e cravou a bola exatamente no mesmo ângulo. Depois, chutou com fúria, várias vezes contra a rede.” E o escritor conclui: “O árbitro compreendeu que Zizinho era capaz de repetir aquele gol dez vezes mais, e não teve outro remédio senão aceitá-lo.”