segunda-feira, 31 de julho de 2023

Minha rede social da hora

 * Publicado nesta data em coletiva.net

Que TikTok, que nada. Minha rede preferida no momento é a Reels -  ou será o Reels?  Digo no momento porque a velocidade das mudanças no mundo digital é tão rápida que, daqui a pouco, surge outra novidade. Pois é, já tinha escrito este lead quando Mark Zuckerberg anunciou seu novo empreendimento digital, a rede Threads , parente do Instagram e do WhatsApp e  concorrente do Twitter. Já me inscrevi na Threads, mas, por enquanto, fico me divertindo diante da quantidade e variedade de vídeos que acompanho na Reels ou no Reels.

O cardápio inclui uma infinidade de stand ups, com alguns gaúchos bem divertidos, como o magrelo  Marcito de Castro, sem contar as participações dos já celebrados André Damasceno e Guri de Uruguaiana. Os mais ousados não economizam palavrões e descrições eróticas. Já o Paul Cabannes, um francês que tenta se abrasileirar, revela em cada vídeo sua estranheza com os hábitos daqui em comparação com os do seu país natal.  Deveria ser surpreendente, hoje em dia nem tanto, um naipe de mulheres muito engraçadas, igualmente sem freios no linguajar, como é o caso da caldável Bruna Loise. O politicamente correto não tem vez com este pessoal.

Por falar na participação feminina, me divirto muito com os vídeos das histriônicas Mai Puper e Jessica Diniz  , normalmente interagindo com  elas mesmas caracterizadas como outros personagens. As situações beiram o nonsense e  não poupam os grupos de amigos e o ambiente corporativo.

E tem mais na Reels: numerosos tutoriais sobre o funcionamento dos computadores e celulares, advertências de “especialistas” sobre o que presta e o que não presta nos alimentos, recomendações  médicas pra todos os males, dicas jurídicas para variadas situações, sugestões de investimentos, receitas para emagrecimento, circuitos de exercícios físicos,  pegadinhas com e sem graça, e por aí vai. Um parque digital de diversões, paraíso dos tais influencers e tudo  sob o comando dos algoritmos a decidir o que devemos assistir.  Se a gente não se policiar, gasta um tempo danado navegando na Reels e é isso o que as redes sociais buscam: capturar nosso tempo.

A Reels também é da família do Instagram, ou seja, da Meta, de Zuckerberg. O formato virou tendência para compartilhar humor ou vender algum conteúdo. A rede foi criada no final de 2019 e conquistou o público a partir de  2020 diante da pandemia do Covid-19. Sempre a pandemia! Como no caso do concorrente mais famoso, o TikTok chinês, a ferramenta atende ao universo dos vídeos curtos, que estão cada vez mais inseridos nas nossas vidas.

E agora, o que vem pela frente nesse mundo digital? Só me resta usar o clichê: reina grande expectativa.

REFLEXÕES LIGEIRAS PARA ENCERAR O MÊS E COMEÇAR A SEMANA

1.Somando Grêmio e Inter, são pelo menos quatro jogos sem vitória, ou mais.

1.1.Para os vermelhos, vai ser horriver se perder amanhã. (bah, não resisti)

1.2. Mas reina grande expectativa para a estréia de Enner Valença.

2.Hoje é o Dia Mundial do Orgasmo!

2.1. Orgasme-se, pois.

2.2.Como a maioria dos dias comemorativos, o Dia do Orgasmo nasceu com interesses econômicos, em Londres, promovido por sex shops cheias de desejos...de aumentar suas vendas.

2.3.Como sempre, estas Reflexões espraiam cultura e erudição, mantendo as coisas em alta...

2.4.Pra encerrar essa parte, só falta desejar bons orgasmos a todos os reflexivos.

3.Banho culposo, é quando não há intenção de tomar?

4.Se é Inteligência Artificial o que está por trás dos robôs que ligam a cada 10 min, urge mudar para outros dois AIs: Ignorância Artificial ou Insistência Artificial.

5.Está na hora de ser criada uma marca de cosméticos para os mais antigos:  a Avô Chama!

6.Resgate Postagem Alheia: “A humanidade sempre foi assim ou as redes sociais nos tornou piores ?” (Aod Cunha)

7.Resgate de Postagem Alheia 2, mas sempre atual: “A esquerda se divide por ideias e a direita se une por interesse” (Pepe Mujica)

8.Merchan da casa 1: segunda-feira é dia de coluna em coletiva.net, hoje com “Minha rede social da hora”.

9.Merchan da casa 2:  quando agosto vier, “Entre um gole e outro”, um clássico da literatura de boteco.

10.Por uma semana luminosa, produtiva e orgástica, roguemos com fervor.

 

quinta-feira, 27 de julho de 2023

REFLEXÕES PARA ESQUENTAR A QUINTA-FEIRA

1.Grêmio é sério candidato ao Guiness de derrotas para o Flamengo.

2.“Grêmio precisa de um treinador alternativo para os jogos contra o Flamengo. Renato tem que se declarar impedido” (by Luiz Reni)

2.1. “Incontestável a superioridade do Flamengo sobre o Grêmio: melhor elenco, melhor técnico, melhor juiz” (by Sérgio Rotta)

3.Ouvido da mesa ao lado: "O vô ainda dá um caldo!"

3.1.Mimo que é bom, nenhum!

4.Idade pesa. Que o diga o vovô Lula, vivendo um quadril difícil da vida...

5.O que tem de gente, especialmente marmanjos, se justificando porque foram assistir ao filme da Barbie.

5.1.Assiste e pronto, gente sem personalidade.

5.2.Até agora não vi nenhuma crítica, nem do pessoal do todes, pela Barbie abusar das roupas cor rosa.

6.Contagem progressiva: 13 dias sem as imagens do conflito com a família do Xandão no aeroporto de Roma:

7.Disputa ferrenha: o que vai ocorrer primeiro – um gol de Enner Valença pelo Inter ou o aparecimento das imagens no Aeroporto de Roma?

8.Do jeito que vai só falta criar um novo cargo em Brasília: Censurador-geral da República.

8.1.Alexandre de Moraes é candidato favorito

9.Da Postagem Alheia, de três anos atrás: “O STF precisa conter a escalada de Alexandre de Moraes contra a liberdade de expressão”. (O Antagonista)

10.Ouvido na Mesa ao Lado: “Tem gente que acredita que aplicativo resolve tudo...”

11.Que língua a nossa: café fresquinho é aquele novo,. bem quentinho.

12..Disfunção erétil, nome politicamente correto para a brochada.

13.Ouvido na mesa ao lado: "Sou como o Vesúvio, um vulcão inativo..."

14.Dúvida cruel: o que acontece com as histórias das novelas depois do capítulo final?

15.Se existe um Sertanejo Universitário deveria existir também um Sertanejo Nível Médio e um Sertanejo Nível Fundamental...

15.1.Mas grande parte das músicas é de nível Primário.

15.2.E mais: não entendo por que tem que ser sempre dupla sertaneja. Por que não, trio, quarteto, quinteto?

15.3.Ou seja, podia ser pior.

16.Breve, o lançamento mais esperado do ano:  “Entre um gole e outro, conversas de boteco”. Reina grande expectativa.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Apesar de tudo, me encanta Buenos Aires

 *Publicado nesta data em coletiva.net

Passei recentemente cinco dias turistando em Buenos Aires, o que não me autoriza a fazer análises mais profundas sobre a atual - duradoura? - crise econômica dos hermanos. Permite, porém, alguns registros confiáveis, por conta das observações feitas e das entrevistas informais com os nativos com os quais convivi.

Um exemplo dos desdobramentos da crítica situação econômica é que está em desuso o histórico e clássico golpe dos motoristas de táxi, que aproveitavam o troco para passar notas falsas.  A moeda local está com cotação tão baixa que não compensa produzir dinheiro falso. Seria o único ponto positivo gerado pela crise, que elevou a inflação mensal do país a três dígitos.

Para se ter uma ideia, um Real pode ser trocado por mais de 90 Pesos no Câmbio blue (o paralelo) e tem loja que aceita até por 100 pesos. A recomendação é que as compras sejam feitas em effettivo, ou seja, em dinheiro, e fica aquele constrangimento cada vez em que se paga uma conta, em restaurantes, por exemplo, deixando sobre a mesa um monte de notas. Nos pagamentos com cartão isso não ocorre, mas há uma perda de pelo menos 10%.

A Argentina já foi um paraíso para compras de quem tem moeda mais forte do que o Peso, mas agora só os produtos produzidos no país é que mantém os preços convidativos. Estamos falando do vinho, dos doces de leite, das roupas de couro e de cashmere e não muito mais para atrair os turistas.  O que precisa de insumos importados para ser produzido está caro para os argentinos e para os turistas.  É difícil também encontrar um outlet que valha a pena. Mas o transporte público, incluindo táxis e aplicativos, continuam com custos lá embaixo. Dá para passear de táxi, Uber e Cabify por boa parte de Buenos Aires pelo equivalente a 8, 9,10 reais, e a passagem do Subte ( o Metro), ida e volta pra qualquer destino, fica por cerca de 1,5 reais. Os restaurantes e a hospedagem também têm custos convidativos para os brasileiros.

Ouvi de um veterano taxista a queixa contra a passividade do povo diante da situação do país e de um experimentado guia turístico que as crises econômicas são tão antigas e tão frequentes que o povo já estaria anestesiado e se vira como pode.  Sempre tão vibrantes nas conquistas esportivas, entretanto, assisti a apenas uma manifestação reivindicativa de trabalhadores, com não mais de uma centena de participantes.

Buenos Aires continua sendo uma cidade segura, sem registro de assaltos violentos. A recomendação de sempre é atenção aos batedores de carteira. O mesmo não se pode dizer das regões periféricas à capital, onde os assaltantes de moto agem à luz do dia e sair à noite é uma temeridade. Constatei, ainda, que apesar do desemprego crescente, Buenos Aires tem menos pedintes nas sinaleiras e gente dormindo nas ruas do que em Porto Alegre.

Diante da crise, os argentinos cultuam cada vez mais aos seus ícones, atuais e do passado, talvez para manter um mínimo de autoestima a um povo que sempre se mostrou muito altivo. Se o presente é instável e o futuro incerto, vale se apegar aos personagens que representam os bons tempos ou o melhor da nação.   Por toda a parte surgem imagens de Messi, Papa Francisco, Maradona, aqui e ali Darin, nessa ordem de importância e, depois, vultos do passado, como Peron, Evita, e o campeoníssimo piloto Juan Fangio.  

Na política o desencanto é total com as opções que disputarão as eleições presidenciais deste ano. Tanto assim que o atual presidente Alberto Fernandes não concorrerá, assim como seu antecessor, Maurício Macri. A vice Cristina Kirchner também fugiu da raia. Os cartazes nas ruas fazem a propaganda dos principais candidatos, com destaque para os aspirantes à prefeitura da Capital. Pela situação, disputa a presidência o atual ministro da Economia, Sérgio Massa. Já a Centro Direita, sem Macri, tem dois pré-candidatos: Horácio Larreta, prefeito de Buenos Aires e Patrícia Bullrich, ex-ministra de Segurança. A escolha se dará nas prévias, obrigatória para todas as coligações, em 11 de agosto, com os primeiro e segundo turnos da eleição em 22 de outubro e 19 de novembro. Até lá talvez alguma candidatura empolgue, o que não ocorre hoje.

Apesar de tudo, me encanta Buenos Aires, com a efervescência nas ruas, seus cafés e restaurantes, sua carne e vinho inigualáveis, os teatros da Avenida Corrientes todos com espetáculos programados, as livrarias El Ateneu cheias de gente e até os pockets shows de tango nas ruas e seus veteranos dançarinos,  e a saturada La Boca dão vida à cidade, que voy a volver tan pronto como sea possível.
 

REFLEXÕES LIGEIRAS PARA INÍCIO DA SEMANA

1.Devo ser um chato rabugento: só uma mensagem customizada pelo tal dia do amigo! (Magoado)

2.Estranho: ainda não transformaram o tal Dia do Amigo em promoção para o comércio.

2.1.Data que remete à lembrança do poetinha Vinicius de Moraes: “O uísque é o melhor amigo do homem. O uísque é o cão engarrafado!”

3.Quarta-feira é o Dia dos Avós. A Santa e eu aceitamos mimos carinhosos.

4.Do Bau de Bobagens: O FB está ficando tão cheio de chatos que já tô pensando em voltar para o Orkut!

5.Por que não te calas (...). Escolha quem

6.Definitivamente, sou um homem tropical.

7.Ouvido na mesa ao lado: " O poder é um afrodisíaco..."

8.Tô engordando só de assistir a programas gastronômicos na TV...

9.Pergunta que não quer calar da postaqem alheia: Se um bebê nasce de 9 meses por que depois de três meses ele não tem um ano?

10.O que vai acabar primeiro: o imbróglio do Luisito com o Grêmio ou o da privatização da Corsan?

10.1..Pelo jeito muita água ainda vai rolar no caso da Corsan . (Inspirado em Rodrigo Lopes)

10.2. E Luisito tenta dar um drible na direção gremista.

11.Sou do tempo em que os goleiros jogavam de preto, com uniforme acolchoado e joelheiras...

11.1.E nem existiam os treinadores de goleiros.

12.Imortal diminui distância para o líder, enquanto os Vermelhos patinam mas voltaram à primeira página da classificação.

13.Lula, em dia de Dilma em Cabo Verde, agradeceu pelo que foi produzido no tempo de escravidão de africanos no Brasil.

13.1.Lula, incorporando o discurso do ódio: Agressores de familiares de Xandão, “são animais selvagens”.

13.2. A propósito, cadê as imagens do furdunço no Aeroporto de Lisboa?

14.Patética a necessidade de alguns repórteres e âncoras darem opinião sobre tudo, inclusive sobre aquilo que não entendem...

14.1.E tem aqueles que não sabem o que dizer, mas tem compulsão por se manifestar e o máximo que sai é “isso é uma vergonha”, à Boris Casoy,

14.2.Também tem a turma dos “que lindo!” até para comentar falecimentos,

15. Segunda-feira é dia de coluna em coletiva.net, hoje com Apesar de Tudo, Me Encanta Buenos Aires.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Ciclones, o repórter e o velho caingangue

 *Publicado nesta data em coletiva.net.

Sou do tempo em que a previsão do tempo no Estado era feita pelo Instituto Coussirat Araújo, vinculado à Faculdade de Engenharia da Ufrgs. O pomposo nome do instituto homenageava Ladislau Coussirat Araújo, nascido em Arroio Grande-RS em 1989 e pioneiro nos estudos climáticos no Rio Grande do Sul. Lembro também que eram aproveitados os dados de um certo Instituto Antares, do Uruguai e, mais recentemente, do AccuWeather, serviço americano contratado pela RBS para as informações sobre o clima oferecidas pelos veículos da rede.

Agora o que predomina é a credibilidade do 8º Distrito de Meteorologia, no Jardim Botânico, órgão do Instituto Nacional de Meteorologia, do Centro de Precisão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) e de serviços privados, como o Climatempo, MetSul Meteorologia e outros, que interpretam e divulgam a profusão de dados disponibilizados pelos satélites.  

Faço essa digressão diante  da maior relevância  que a previsão do tempo assumiu entre nós por conta dos recentes fenômenos meteorológicos classificados como Ciclones Extratropicais. Também conhecidos simplesmente como ciclones, provocaram estragos, devastações e interrupção de serviços em várias cidades e até mortes, como ocorreu na primeira versão do fenômeno, em maio, e também, embora menos, na mais recente.

A incidência cada vez mais frequente desses impactantes fenômenos catapultaram os meteorologistas à estrelas de primeira grandeza na mídia, rivalizando com o pessoal da Defesa Civil, com as moças e rapazes do tempo dos telejornais e até com o Cléo Kuhn. Os especialistas climáticos são chamados a explicar por que estamos sendo assolados com tanta assiduidade pelos tais ciclones e/ou temporais de maior ou menor intensidade. Além disso, discorrem com naturalidade sobre frentes frias, zona de convergência intertropical, vórtice ciclônico de alto nível e já começam a tratar dos efeitos do El Ninho, próxima justificativa para muitas situações adversas nas condições do tempo. Outro dia, ouvi um entrevistado falar várias vezes em “hectopascais” e não ocorreu ao entrevistador perguntar do que se tratava, de onde vem e do que se alimentava o termo, que tem a ver com unidade de medida de pressão, como o bom Google ensina. Mas, de modo geral, os meteorologistas têm sido bem didáticos, talvez porque lhes caiba apenas passar informações e não opinar, como ocorre com os outros “especialistas” que a mídia procura para explicitar alguma questão mais sensível ou controversa.

Precisão na previsão, além de rimar, é fundamental para quem divulga as condições do clima que vão afetar o nosso dia, para o bem ou para o mal. É assim que ganha  credibilidade o serviço prestado.

A propósito, aproveito para recordar uma história contada pelo premiado repórter Carlos Wagner. Pela Zero Hora, ele produzia uma matéria sobre pessoas que dependiam diretamente do clima para trabalharem, ouvindo pescadores, tropeiros, motoristas, agricultores e indígenas. Queria saber como faziam a previsão antes do advento de toda a parafernália tecnológica hoje disponível. O ponto alto da matéria seria a entrevista com um indígena, que o Wagner encontrou na reserva caingangue em Charrua, pequena localidade entre Passo Fundo e Erexim. No final de uma tarde fria de agosto, os velhos da aldeia estavam reunidos ao redor do fogo de chão,  quando o repórter indagou ao mais velho deles, depois de uma conversa preparatória, que só o matreiro Wagner conseguia fazer,  como o indígena sabia se ia chover ou fazer frio.

O velho caingangue sorveu seu mate, deu uma longa tragada no cigarro e quando o jornalista imaginou que seria contada uma história, com segredos herdados de seus antepassados, saiu-se com essa resposta:

- Ouvindo a Rádio Gaúcha.

(A resposta foi tão surpreendente que a matéria do Wagner mereceu depois uma nota na revista Seleções).

REFLEXÕES PARA ESQUENTAR A SEMANA

1.Duas versões para o incidente com o ministro Xandão e seus familiares no Aeroporto de Roma: a. O rosto do filho do ministro é que foi de encontro dos punhos do seu agressor; b. Um senhor de 72 anos bateu no jovem filho do ministro.

1.1.A propósito, onde estão as imagens da confusão? Por que tanta demora na divulgação?

2.Mais um Dia do Homem passou e nem das caldáveis recebi cumprimentos. Que fase!

2.1.A indiferença é o pior dos males.

3.Sem jogar, o Imortal manteve a posição na tabela do Nacional.

3.1.Jogando, o Inter já caiu para a segunda página da classificação.

4.Ditado da Hora: Mais irregular que o futebol do Inter.

5.Certos goleiros, como o Cássio do Corinthians e o John do Inter, deviam ser canonizados pelo Papa.

6.Pergunta que não quer calar: como certas nulidades conseguem chegar aos cargos mais altos em Terra Brasilis?

6.1.Não me peçam nomes. Vocês sabem quem são eles.

7.Uma má análise é uma manálise; uma análise obvia é uma banálise,

8.Informação privilegiada: é certo que o negócio cresce com os brinquedinhos das sex shops.

8.1.Estamos falando do negócio das sex shops, sem outras interpretações.

9.Da série Perguntas Impertinentes: O que é feito dos patinetes elétricos que iriam revolucionar a mobilidade urbana?

9.1.O novo queridinho agora é o tal de Grilo, a Romiseta revista e atualizada.

9.2. Romiseta: o Google explica.

10.Ouvido na mesa ao lado: "Quem nasceu pra lagarta jamais vai chegar a borboleta!"

Cruel essa!

11.Nada se cria, tudo se copia: no comercial do FIAT Strada de 2020, Elvis Vive! Busca no Yuotube.

12. Merchan da casa: hoje em coletiva.net, a apreciada coluna do titular deste Reflexivo. “Ciclones, o repórter e o velho caingangue”, é o título. Postagem à tarde,

 

sábado, 15 de julho de 2023

REFLEXÕES INVERNAIS EM EDIÇÃO CONJUNTA DO FIM DE SEMANA

1.Neste 15 de julho, Dia do Homem, aceito cumprimentos e mimos.

1.1. E se não houver nada em contrário, permanecerei na categoria.

2.Aumentaram consideravelmente as doações às campanhas do agasalho. É que no inverno as roupas sempre encolhem...

3.Nova Mãe de Todas as Batalhas: Contra x A favor das Escolas Cívico-militares.

4.Assinale a frase verdadeira. Pode ser mais de uma.

4.1.“Nós acabamos com o bolsonarismo”. (ministro Barroso, do STF)

4.2.“Nós acabamos com o STF” (ex-presidente Bolsonaro)

4.3.“Perdeu Mané”; (ministro Barroso, do STF)

5. Antes, as excelências do STF não davam entrevistas; agora falam demais e fora dos autos, sem o mínimo pudor

5.1.Aliás, o caso mais recente, de Barroso na UNE, foi tratado com discrição pela grande mídia, a não ser com espaço para as notas explicativas dele e do Supremo.

5.2.Tratamento igual às revelações do Intercept Brasil e às denúncias posteriores contra o presidente do STF e membros do Tribunal  no ano de 2020

5.3.Imagina se a frase verdadeira fosse a segunda!

6.Será que nas internas os outros ministros dão mijada no colega que comete um disparate como o do Barroso?

6.1.Queria ser uma mosquinha para acompanhar uma sessão dessas nos bastidores.

6.2.O Barroso teria que trocar de sobrenome para Borrado.

7.Assistir aos jogos da dupla Grenal  é para os fortes. Haja coração!

7.1.Inclusive para secadores, no caso desta rodada, só os Imortais.

8.Da Postagem Alheia, série Provocação: “Diga uma frase antiga que ninguém mais usa: R: Inter campeão”.

9.“Outro dia encontrei no super Sal Pirata. Não comprei, claro. Não compro produto pirata.” ( homenagem ao saudoso Plinio Nunes, cidadão exemplar).

10. Reflexão bíblica: o pescador era o apóstolo Pedro mas traíra era o Judas...

11.Vou passar a usar “descontinuar” para cancelamentos, demissões, etc

11.1.O termo é mais elegante

12.Quando a Rita Lobo dá receita de caldos o que temos são dois caldos na tela da GNT!

13.E quando ouço "as últimas notícias" sempre penso que o mundo vai acabar em seguida....

14.Quem gosta de frio é edredom.

14.1.A propósito, não existe pior sensação do que entrar embaixo de coberta fria.

15.Saudade do verão, da primavera e até do outono.

 

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Gastronomia política

*Publicado nesta data em coletiva.net

Deve haver uma relação muito estreita entre gastronomia e decisões políticas. Só assim para justificar cafés da manhã, almoços e jantares que reúnem lideranças políticas quando alguma decisão importante precisa de adesões, principalmente se é o executivo cortejando os legisladores. A harmonia entre os poderes fica mais harmônica em torno de uma mesa.

Outro dia ouvi de um desses comentaristas televisivos que para melhorar a contestada articulação política do governo federal, o presidente Lula deveria promover mais almoços com o pessoal da sua base. Ou seja, mais conchavadas políticas. Lula foi  além e promoveu até uma sessão no Alvorada para destrinchar assados de carnes nobres com ministros do STF, no caso Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.  A pauta com certeza foi sobre assuntos republicanos, ou não, como diria Caetano Veloso.

Mais antigamente, em Brasília, esses conchavos aconteciam em restaurantes que reuniram a fina flor do PIB político nacional, como o Piantella, palco de muitos acordos, eis que era frequentado pelo pessoal da oposição e da situação. Era lá que, sob o comando de Ulysses Guimarães, se reunia o Clube do Poire, nome de um digestivo à base de pera muito apreciado pelo veterano deputado.

“Comer é um ato politico” é a frase que tem sido repetida com frequência por ativistas de diversas áreas, mas não com o sentido que quero mostrar, de um momento, em torno de uma mesa, de facilitação do diálogo entre partes discordantes. Além disso, hábitos alimentares e alguns produtos comestíveis foram incorporados ao linguajar cotidiano do ambiente político. Coxinha, por exemplo, passou a ser uma designação para os aliados dos tucanos, enquanto mortadela, como o sanduíche servido aos simpatizantes nas  manifestações, passou a ser sinônimo de petista. Político em campanha faz questão de ser visto, fotografado e filmado saboreando um pastel de feira, com café pingado, mostrando que “é gente como a gente”.  Por falar em pingado, vale lembrar que tivemos por muito tempo a “politica café com leite”, praticada por São Paulo (produtor de café) e Minas Gerais (produtora de leite). Já a expressão “acabou em pizza” é usada para uma situação que ficou da mesma maneira como começou, a exemplo das CPIs que não levam a nada ou para se referir à acontecimentos de impunidade, muito comuns no universo da política. As pizzas, especialmente as de calabresa e portuguesa, não merecem essa analogia.

Quero crer que os governantes saem mais obesos no fim de mandato pelo consumo de tantas calorias em galinhadas, churrascadas ou filés com guarnições variadas, sem contar aqueles cafés da manhã dignos de hotel cinco estrelas, sempre pagos pelo erário.  Em circunstâncias diversas, participei de alguns desses ágapes e, a bem da verdade, tirando os cafés da manhã que não têm como errar, o cardápio das outras refeições beira o medíocre pela repetição das mesmos iguarias e sem um mísero Romanée-Conti para acompanhar. Nem o Lula, chegado a um vinho de boa cepa e acostumado aos cardápios internacionais, aguenta mais os regabofes palacianos, como comentou após recepção ao presidente argentino. Também pudera: a chef convidada, Elisa Fernandes, primeira vencedora do Masterchef Brasil, preparou um cardápio “caipira”, que teve rabada como prato principal. Aposto que a escolha foi coisa da Janja.

Sei lá, se eu fosse parlamentar, acho que esses rangos não seriam suficientes para “comprar” meu voto, mas com um Romanée-Conti a gente podia começar a conversar.