sexta-feira, 11 de julho de 2014

A Copa da Enganação



A vexatória goleada de 7 x 1 para a Alemanha firmou minha convicção de que esta é a Copa das Contradições. Pelo  menos dois fatos reforçaram o que expressei em texto anterior. Primeiro: a defesa brasileira, considerada uma das melhores da Copa, levou sete gols em apenas um jogo, quase o mesmo número dos que sofremos nas últimas três copas até agora.

Segundo: o forte de Felipão tem sido a motivação de suas equipes, a mobilização, o apelo à energia de cada um e do conjunto,  e foi exatamente isso o que faltou naqueles 10 minutos de apagão da nossa seleção, quando os alemães passaram a empilhar gols. Acredito  que perderíamos de qualquer forma pela nossa fragilidade técnica, mas a goleada  é fruto da instabilidade emocional que acometeu a gurizada nacional, Fred à parte no tocante à juvenilidade.

O acontecido, o jogo da infâmia nacional, leva a outra conclusão. A Copa 2014 é a Copa dos Imprevistos. Ou alguém vai me dizer que previu que levaríamos sete gols mesmo que os adversários fossem os bem preparador alemães? Ou que ex-campeões mundiais como Espanha, França e Inglaterra voltariam para casa bem mais cedo?

Esses países, pelo menos, não foram submetidos ao vexame que talvez nunca esqueçamos.
E aí  acrescento outro significado para a o evento: Copa da Enganação, que vale mesmo é para a seleção brasileira, sobre a qual depositamos as nossas melhores esperanças.

Um comentário:

  1. Meu caro Flavio, esta seleção é muito imatura. A mídia passava por cima das fragilidades técnicas e táticas enquanto os jogadores faziam caras e bocas, para atrair o foco das câmeras das Tvs do mundo. Choros, bonés, camisetas e cuecas viraram produtos de marketing pessoal e ele estava em tudo. Até o Felipão que vendia com êxito a sua " família " de jogadores viu ela sucumbir, derreter-se como gelo e o jogo nem era às 13 horas. O que resta a esse time é ter dignidade amanhã e jogar pela paz e se tiverem que chorar que seja por milhares de vítimas inocentes que estão sendo massacradas nessas guerras absurdas pelo mundo. Aí sim, poderão ser reconhecidos como homens que identificaram uma grande causa. A do futebol, definitivamente, eles perderam.

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