Estou em débito com as moças casadas da repartição que
reclamam insistentemente por não serem citadas no ViaDutra. É verdade.
Mas isso tem uma explicação lógica: as moças casadas, senhoras já, são exemplo
de virtude, incapazes de uma falseta, nem mesmo em pensamento. Pelo menos as
que tenho contato mais próximo, pelas quais coloco as mãos e os pés no fogo.
Então, que história diferente teriam para contar? Qual o
fato picante que poderiam acrescentar sobre seus relacionamentos? Aqui vale a
velha máxima do jornalismo: a notícia é o homem mordendo o cachorro e não o
contrário. Por isso mantenho essa prudente distância em relação ao cotidiano
delas. E do passado não ouso falar porque...por que mesmo? Porque a essa altura
já não interessa, a não ser como fofoca e não é o nosso caso.
Mas não desistam meninas porque um dia o príncipe encantado vai surgir e se adonar de seus coraçõeszinhos românticos. Só não será australiano, holandês, francês ou nigeriano porque já foram embora e argentino, eu que saiba. Não se arrisquem.
Com esse texto, acabei de me sentir uma "senhoura" de 60 anos, tricotando e só esperando o marido chegar para fazer a janta...
ResponderExcluirAchei interessante também o conceito de "encalhadas", isso porque, no Brasil, não existe a visão de que a mulher pode ter escolhido ficar sozinha devido à baixa qualidade de homens disponíveis no mercado.
Antes só do que mal acompanhada, eu diria.
E se passar para elas o meu conselho do alto da minha 'senhourês', diria "viajem, meninas, viajem" e descubram horizontes e paisagens bem diferentes das daqui...