sábado, 21 de junho de 2014

Meninas, a Copa logo termina

Em casa, na repartição e fora dela sou uma ilha cercada de mulheres por todos os lados.  Nessa condição fico submetido a toda a sorte de ingerência e contestações femininas nas minhas decisões pessoais e profissionais.  Confesso que têm horas que me dá uma vontade de esganar umas e outras, mas minha natureza afável e meu perfil pacifico impedem essa solução cruel e radical. 

Nada disso interessa, entretanto, diante do cenário que está montado na cidade com a presença de milhares de visitantes estrangeiros a tentar nossos melhores quadros femininos. Só que, como convivo diariamente com um batalhão de mulheres, elas resolveram desacatar o naipe masculino local através da minha pessoa.  Por que eu, caríssimas? Talvez porque o vô seja um ouvinte paciente, capaz de aconselhar para o bem e também porque sabem que estou já na fase do “era bom”.

A verdade é que tenho ouvido histórias do arco. O pior são as teses, todas elas desqualificando os homens da nossa terra. Estamos em plena desvantagem neste momento em que o exógeno e o exótico atraem as atenções exatamente porque são exógenos e exóticos. A Cidade Baixa e a Padre Chagas viraram territórios estrangeiros, sem chance para os nativos. 

Mesmo não participando mais da disputa, estou solidário com meus iguais. O tempo é o senhor da razão e com isso quero dizer que a Copa logo  termina e os estrangeiros se vão, com seus pileques e seu descompromisso, enquanto os naturais aqui estarão para o que der e vier,  com seus defeitos e virtudes. E, vamos combinar, nada como uma comidinha caseira, sem trocadilho, please.


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