Conheço uma terra que deveria se chamar Cidade do
Mas, onde o acessório ganha mais relevância que o principal, onde o que deveria
ser um beneficio vira um transtorno. Pode ser uma obra importante, um serviço que mude a vida das pessoas, um
empreendimento inovador, não importa, sempre haverá um mas adversativo, puxando
pra baixo, buscando defeitos, direcionando as atenções para o que é menor,
mirando a árvore e não a floresta.
A Cidade do Mas é prima-irmã de Pequenópolis e Caranguejópolis,
onde ocorrem fenômenos semelhantes.
Querem um exemplo material: um viaduto foi construído para melhorar o
trânsito e determinada região da Cidade do Mas, mas o que mais se discutiu foi
o atraso de uma semana na entrega da obra e, depois, sobre o significado de uma
letra (por sinal M, de mas) que sustenta os estais da obra e que seria uma assinatura do autor do
projeto.
Os dois grandes clubes de futebol da Cidade do Mas são
vítimas recorrentes do mas. Seus times
podem golear, mas sempre haverá um mas...faltou articulação entre os setores, o
técnico errou na substituição e por aí afora.
Neste caso, o mas adquire uma dimensão por vezes incontrolável, pois mexe com o emocional contido na paixão do
futebol.
Essa deformação comportamental já existia na Cidade
do Mas, mas foi radicalizada pelas redes sociais que deram vez e voz a todos,
mas isso vem sendo usado mais para a desqualificação
do para o reconhecimento do que é positivo.
O ViaDutra adverte:
o mas é contagioso e pode fazer mal as relações pessoais.
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