A Copa em Porto Alegre tem me permitido acesso a
vários causos relatados por companheiros que tem contato permanente
com nativos e estrangeiros quando ambos
estão em situação de interatividade, por assim dizer.
O mais recente relato trata de respeitado chefe de
família que foi abordado na Cidade Baixa por um grupo de franceses, ávidos por
sugestões de locais para se divertirem na noite que recém começava. Apanhado de
surpresa, ao nosso amigo só ocorreu sugerir que prestigiassem afamada casa
noturna na rua Olavo Bilac. “Perguntem pela Tia”, ocorreu ainda sugerir e,
hospitaleiro como um bom gaúcho, ofereceu seu cartão de visitas caso
precisassem de alguma orientação extra. No dia seguinte sua caixa de mensagens
foi inundada de agradecimentos dos gringos.
De outra parte reina grande expectativa entre caldáveis
de minhas relações, moças de predicados estéticos e morais, todas solteiras,
com a presença dos holandeses, saudados como Adônis modernos. Sei não, do jeito
que o orange people bebe acho que eles não terão muito tempo nem muita energia
para dedicar às nossas queridas prendas, que precisarão se contentar mesmo com
o produto regional. Esse não nega fogo, garanto.
Por fim, uma história acontecida na Fan Fest, que é
o evento musical e de exibição dos jogos, paralelo à Copa do Mundo. Companheiro
de trabalho descobriu que vários nativos vestiram uniformes de seleções
estrangeiras para, assim, serem confundidos com turistas ao se apresentarem
para as fanfestianas. Um deles, entretanto, logo foi desmascarado porque
envergava a gloriosa camisa 7 de Portugal, com a inscrição CR 7 às costas, mas
se traiu ao abordar uma pretendente, se puxando num portunhol.
- Como estás, Chica? Vienes siempre aca? Yo soy da
tierra de Cristiano Ronaldo.
A conversa não prosperou porque a bonitinha era
receptiva, mas não uma idiota
completa pra cair na conversa do lisboeta da zona norte.
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