sábado, 28 de março de 2015

Admirável mundo novo

Morro de inveja daquelas pessoas que conseguem ficar up to date no uso das tecnologias disponíveis.  Aqueles pessoas que sabem para que servem todas as funções do celulares e, mais do que isso,  usam elas com frequência e eficácia.

Bem que eu tento me manter atualizado, mas o máximo que consigo é utilizar o WhatsApp , as mensagens e a internet no celular, além do próprio telefone e o despertador. Ah, e também a calculadora e o site do clima. Parece muito só que é quase nada diante da oferta infindável de aplicativos a se exibir com seus ícones nas telas digitais.  E olha que tenho especialização em comunicação digital para entender esse admirável mundo novo, usando a bem sacada expressão de Aldous Husley. Daí saber operar e tirar o máximo, é outra história.

 

O futuro parece estar na convergência para o mobile, por isso é importante o domínio do processo e dos instrumentos e softwares disponíveis. No meu caso, sou obrigado a admitir que sempre que consigo um passo adiante em termos de modernidade, acabo ficando para trás porque a dita modernidade deu dois passos à frente. Assim fica difícil acompanhar as inovações, o que por um lado me causa grande frustração, mas, por outro, um alivio por não ser um dependente de tecnologia. Jamais terei o ultimo modelo de iPhone nem vão me encontrar de madrugada na fila para adquirir o mais recente lançamento da Microsoft.

 

Já existem inúmeros estudos dando conta dessa dependência e seus malefícios, inclusive as mudanças significativas que ocorrem nas famílias em função do cuidado da criança dependente de tecnologia, fenômeno que mereceu até uma sigla – CDT.

 

O que me conforta é que descobri gente de grande visibilidade na mídia que também se ressente da pouca utilidade que dão aos seus aparelhos digitais. Um exemplo vem do autor desta frase: “Qualquer smartphone atual tem maior capacidade de processamento do que o supercomputador da NASA que levou o homem à lua em 1969.  Não sei você, mas eu estou usando muito mal o meu”. O desabafo é de Ricardo Amorim economista formado pela USP com pós-graduação em administração e finanças internacionais em Paris, colunista de IstoÉ,  palestrante de reconhecimento mundial e participante ativo do programa Manhattan Connection. Ou seja, o cara não é pouca coisa, mas apanha da tecnologia como um Flávio Dutra qualquer.  

 


O que me remete para outra frase, cujo autor não lembro quem é, mas voto com o relator anônimo: “Trocando em miúdos, um usuário inteligente é mais importante que qualquer tecnologia!”

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