Dize-me o que bebes e te direi quem és. Essa corruptela de um velho ditado aplica-se
especialmente aos moços que se atiram a conquistar uma nova cara metade, mesmo
que por um curto período. Desde cedo as
moças apreenderam a desenvolver uma sensibilidade refinada para certos gestos,
linguagens, preferências do parceiro em potencial e, a partir de seus
julgamentos, determinar o perfil do sujeito e as chances de o caso prosperar.
As bebidas
preferidas dos parceiros são seriamente
levadas em consideração. Sei de várias situações ocorridas e admito, ligeiramente constrangido pelo
naipe masculino, que em todas elas estavam absolutamente certas.
Um exemplo me foi relatado tempos atrás
quando um grupo de amigas concluiu – em conversa no banheiro - que o namorado de uma delas, recém apresentado
num happy, era gay porque pedira um kepp cooler, sabor pina colada, para brindar.
Dias depois a enamorada apartou-se do enrustido.
A amiga Gioconda contou-me outro caso, o de uma
colega de trabalho que estabeleceu uma relação com um psicólogo por intermédio
do Facebook. Depois de vários inboxes
pra lá e pra cá, o pretendente convidou-a para jantar. Pessoalmente, o tal psicólogo era tudo de
bom: bonito, charmoso, bom de conversa e bem situado econômica e
financeiramente. . Porem, a primeira ficha caiu ao pedirem as bebidas no jantar. Ela, afetando
elegância, repassou a ele a escolha do que beberiam. Aí ocorreu o choque:
- Duas Fantas Uva, por favor, solicitou ele garçom.
- Não entender a elegância do meu gesto, tudo bem,
mas pedir Fanta Uva era demais, queixou-se mais tarde a moça.
Mesmo assim, disposta a uma segunda chance, aceitou
o convite para ir ao apartamento dele, um belo imóvel situado em bairro
nobre. Lá chegando ele pediu licença,
avisando que voltaria em seguida. A moça
logo fantasiou o retorno do fantauveiro, que se achegou de mansinho por trás, encobriu
os olhos dela com as mãos e pediu que abrisse a boca. Ainda fantasiando, ela esperou
ser brindada com um morango ou um bombom de trufas.
- O desgraçado me enfiou boca a dentro um naco de
berinjela cozida e ainda perguntou se eu havia gostado.
Cá entre nós, sou um militante apreciador de
berinjela em variadas formas de preparo, mas não consigo perceber nenhum traço
erótico nela, diferente do morango e do bombom.
A moça compartilha da mesma opinião, tanto assim que aproveitou o episódio da indigesta berinjela
para escapulir do psicólogo de gostos estranhos.
- Dei uma desculpa qualquer e me mandei. O tal psicólogo é que esta precisando se
tratar, concluiu.
Depois dessa roubada, nossa personagem só engata
relacionamentos depois de pesquisar as preferências gastronômicas e etílicas de
seus futuros parceiros.
Ridículo! Nada a ver! Vejo aqui moças interesseiras, que gostam de encher o carão, e querendo beber de graça, na cola do homem. O fato de um cara pedir refrigerante não significa ser gay, concincidência; o cara enfiar uma beringela na boca dela, hilário e muitos motivos pra ele fazer isso, talvez até se livrar de uma chata, ou interesseira, vai saber as atitudes dela e ele deu uma dessa já pra ela sumir de vez. Método eficiente!
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