Dureza hoje em dia é defender o PT. De paladino da ética e da integridade na
politica, o partido afastou-se do seu ideário e acabou envolvido, por algumas de suas mais importantes
lideranças, nos mais retumbantes escândalos recentes que abalaram a República.
Apesar de tudo, o partido conta com a presidente
reeleita e é preciso preservá-la do mar de lama e também preservar e resgatar o
projeto da coalização que governa o país
há 12 anos. E é o papel que assumiram alguns dos meus mais
íntegros conhecidos, aos quais rendo
minha sincera homenagem pela coragem e lealdade à causa petista. Já nem falo do colunista
Moisés Mendes (ZH) nem do blogueiro Mário Marcos de Souza que diariamente esgrimem
os argumentos governistas com a mesma determinação com que fustigam os
adversários. Conheço bem os dois e sei
que estão imbuídos da convicção dos que se acreditam justos.
Louvo ainda meus adversários cordiais - ou nem tanto - e
me atrevo a nominar os que lembro, como Maria Lucia Sampaio, Jorge Linden,
Carla Seabra, José Aveline, Antonio Oliveira, Nilton Fernando, Celso Schroder, entre outros, a
grande maioria jornalistas como eu.
Sintam-se homenageados, porque, cada um conforme suas convicções, combate
um bom combate.
O que me causa espécie são aqueles outros, os
enrustidos que não assumem claramente suas posições e ficam no meio do caminho,
jogando para a torcida, cheios de mimimi, pra usar um termo da moda. É fácil identificá-los:
são os que admitem alguns malfeitozinhos no seu lado e partem para o ataque sangrento
contra o outro lado. É a turma do “mas”,
que sempre tem uma justificativa. “Sou
contra a corrupção, mas tudo começou na era FHC...”
A propósito, pra que não restem dúvidas sobre o meu posicionamento,
sou legalista, contra o impeachment da presidente, a não ser que
se prove que meteu a mão, o que pessoalmente não acredito. Se pecado houve, foi o da omissão, mas nem isso
e nem o estelionato eleitoral praticado justificam a perda do mandato. Quanto
ao resto é só desgoverno a merecer o
meu repúdio. E que venham os contraditórios dos adversários cordiais - ou nem tanto.
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