quinta-feira, 12 de março de 2015

Leais e sinceros adversários

Dureza hoje em dia é defender o PT.  De paladino da ética e da integridade na politica, o partido afastou-se do seu ideário e acabou envolvido,  por algumas de suas mais importantes lideranças, nos mais retumbantes escândalos recentes que abalaram a República. 

Apesar de tudo, o partido conta com a presidente reeleita e é preciso preservá-la  do mar de lama e também  preservar e resgatar o projeto  da coalização que governa o país há 12 anos.  E é o  papel que assumiram alguns dos meus mais íntegros conhecidos, aos quais rendo minha sincera homenagem pela coragem e lealdade à causa petista. Já nem falo do colunista Moisés Mendes (ZH) nem do blogueiro Mário Marcos de Souza que diariamente esgrimem os argumentos governistas com a mesma determinação com que fustigam os adversários. Conheço bem os dois e sei que estão imbuídos da convicção dos que se acreditam justos.

Louvo ainda meus adversários cordiais - ou nem tanto - e me atrevo a nominar os que lembro, como Maria Lucia Sampaio, Jorge Linden, Carla Seabra, José Aveline, Antonio Oliveira, Nilton  Fernando, Celso Schroder, entre outros, a grande maioria jornalistas como eu.  Sintam-se homenageados, porque, cada um conforme suas convicções, combate um bom combate.

O que me causa espécie são aqueles outros, os enrustidos que não assumem claramente suas posições e ficam no meio do caminho, jogando para a torcida, cheios de mimimi, pra usar um termo da moda. É fácil identificá-los: são os que admitem  alguns malfeitozinhos  no seu lado e partem para o ataque sangrento contra o outro lado.  É a turma do “mas”, que sempre tem uma justificativa.  “Sou contra a corrupção, mas tudo começou na era FHC...”

A propósito, pra que não restem dúvidas sobre o meu posicionamento, sou legalista, contra o impeachment  da presidente, a não ser que se prove que meteu a mão, o que pessoalmente não acredito.  Se pecado houve, foi o da omissão, mas nem isso e nem o estelionato eleitoral praticado justificam a perda do mandato. Quanto ao resto é só desgoverno a merecer o meu repúdio. E que venham os contraditórios dos adversários cordiais - ou nem tanto.


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