Diferente do que a maioria meus detratores espalha, não sou daqueles que presta atenção integral às novelas.
Assisto a partes das tramas e
tiro de uma ou outra cena os comentários maldosos que posto no Facebook. Faço questão
de dar esse esclarecimento porque outro dia compareci a um evento noturno e só
o que me perguntavam é como eu faria para acompanhar o capítulo daquele dia. Cheguei a ficar ligeiramente magoado.
Não é esse lado, meus amigos. A TV pra mim funciona como segunda tela,
fenômeno que está se tornando comum e que consiste no uso as redes sociais de
forma complementar, comentando o que se assiste na telinha. Só essa explicação
já mostra que tenho um viés intelectual
em busca de refinamento e não sou um
mero noveleiro.
Mas é das bisbilhotadas
na chamada teledramaturgia que elenquei
(adoro o termo e já que o assunto é novela...) alguns perfis de nossas
mais promissoras atrizes e também de uma ou outra veterana e mesmo atores que
mereçam o comentário. Observo, por exemplo, que voltaram os tempos dos novelões
mexicanos, com mocinhas sofredoras e choronas.
A melhor da categoria no momento é a personagem Laura, de Nathalia Dill
em Alto Astral, que deixou dois noivos
no altar, é sacaneada pelo irmão, o marido é um canalha, não sabe quem é a mãe
e ainda por cima é jornalista na trama. Tem mais é que chorar mesmo. Mas me dá uma um dó ver aqueles olhões
marejados de lágrimas, capitulo sim, outro também.
Já as gritonas e gritões aparecem com um time e tanto em Babilônia,
alvo principal da nossa maledicência atual.
A veterana Arlete Salles está pra lá de over no papel da mãe de um
prefeito corrupto, mas nada supera as gritarias de Maria Claro Gueiros quando entra em conflito com os filhos e o
marido que a corneia. O cara é um assessor de imprensa, mas não faz justiça aos
seus iguais da vida real. E tem ainda os faniquitos da Camila Pitanga e do Marcos Veras , este contra seus
companheiros de morada, num fajuto papel
de chef de cozinha.
Na categoria sussurrantes a rainha é Fernanda
Montenegro, que fala daquele jeito que parece cult e civilizado, diferente de
outro sussurrante, o Selton Mello, que
interpreta os textos como se recém tivesse saído de um exercício de fonoaudiologia.
O avô dos sussurrantes é o Carlos Vereza, com uma particularidade adicional:
ele está sempre interpretando o Carlos Vereza.
Tem ainda as chatinhas, mas vou leva-las livres
porque são todas candidatas à caldáveis premium no futuro, até porque para
tratar dessas abobragens o ViaDutra deve estar sem pauta. É vero!
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