Dos
mesmos roteiristas de Pequena Miss Sunshine, a sinopse básica de A Namorada
Perfeira dá conta dos problemas do
romancista Calvin (Paul Dano), que sofre
com perturbador bloqueio criativo a atrapalhar o desenvolvimento de seu último
livro. Com problemas também em sua vida pessoal, começa a criar uma personagem
feminina que poderia se apaixonar por ele. Daí nasce Ruby Sparks (Zoe Kazan),
que inicialmente é uma personagem dentro de uma história, mas que pouco depois
ganha vida e passa a conviver e se relacionar com Calvin pessoalmente.
A critica se dividiu em relação ao filme, que mereceu desde
cinco estrelas do New York Times ( “...uma comédia romântica polida, belíssima,
que parece aterrissar de maneira leve e terna”.)a apenas duas de Zero Hora (“...tenta
harmonizar a inventividade com os clichês do gênero – e estes estão bem
presentes ...”)Prefiro fugir dessa linguagem quase padronizada dos críticos cinematográficos e realçar a forma sensível e sincera como a solidão e a incapacidade de se relacionar com o sexo oposto são mostradas. São aflições do gênero humano e todos nós que vivemos de encontros e desencontros ansiamos pelo par perfeito, que seja bonito e amoroso, bom de cama e ainda cozinhe bem. Como Rubi Sparks, que saltou das páginas da ficção para a realidade do escritor.
Mas A Namorada Perfeita é filme e fábula., ficção e
metáfora. Pena que seja assim porque seria tão mais fácil imaginar e tentar
criar a namorada dos sonhos. Ainda bem que não é assim porque temos que fazer por merecer até mesmo o
par imperfeito, aquele que de alguma forma nos completa e é real, mesmo que sua culinária seja sofrível.
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