Foi lá que deparei a menos de dois metros com uma Xuxa em
início de carreira, seminua, fantasiada de libélula. Era a grande atração
daquele ano, providenciada pelo Salim e
o Fernando Vieira, os promotores do Vermelho e Branco. Era bom!
Agora sou com carnavalesco mais comedido e menos
participativo, que vai ao Porto Seco e
torce pela Praiana ou assiste pela TV aos desfiles do Rio, com uma discreta
preferência pela União da Ilha e pela Vila Isabel.
Apesar de toda a experiência
acumulada ainda hoje fico intrigado com algumas coisas do Carnaval,
verdadeiros mistérios que perduram. É o caso da cuíca. Prá que serve a cuíca?
Não faz percussão, não dita ritmo, apenas chora sem ser notada no meio da
bateria. E por que nas baterias só às mulheres
são reservados os chocalhos, aquele
instrumentos cheios de rodelinhas de metal? Por que as baterias, diferentemente
dos conjuntos que animam os bailes, não usam metais que dão um colorido todo
especial às músicas? Também me intriga o fato de os carros alegóricos quebrarem
sempre na entrada da avenida, atrapalhando a harmonia e a evolução da escola. As
escolas fazem um enorme investimento e ficam reféns de uns cacos- velhos. Pode
isso, Arnaldo? Não consigo entender, ainda, porque determinadas alas insistem
em usar fantasias pesadonas, com adereços difíceis de carregar e equilibrar,
quando o ideal seria a leveza das vestes para permitir um desfile sem incômodos. E quem é que sai
com aquelas mulatas maravilhosas? E será
que o Rei Momo, findo o Carnaval,
devolve ao prefeito as chaves da cidade? Dúvidas, mistérios!
De uns tempos para cá tento entender outro mistério: porque as moças da Secretaria da Saúde fazem
questão de me oferecer camisinhas quando me encontram no Sambódromo. Não que seja
contra a campanha, mas é que meu prazo de validade está vencido, tanto quanto
um preservativo não usado por muito tempo.
O detalhe é que sempre guardo as camisinhas. Vá que...
Puxa vida!Tens razão. Esses carros alegóricos vivem jogando gente pro chão. Foi assim no ano passado, neste quando uma moça ficou literalmente pendurada em uma árvore e lamentavelmente, em Santos, quatro foliões morreram quando o carro se desgovernou, na dispersão e arrebentou fios de alta tensão. E os preservativos? Pra ti seria muito mais útil um leque para abanar-se, não é mesmo?
ResponderExcluirPrezado Flávio, tudo bem? Mais um texto muito bem escrito. Aproveito para dizer que, no período carnavalesco, também me pergunto o que acontece com as 'chaves' que o Momo recebe.
ResponderExcluirE, posto que o Carnaval precede o 'início do ano' em nosso país, fica o registro de que lhe desejo um ÓTIMO 2013.
Regards,
Paulo McCoy Lava