terça-feira, 3 de agosto de 2010

Almas pequenas

A pequenez humana não tem limites. O ato bom, o gesto generoso, o enlace afetivo se transformam em maldade, oportunismo e desafeição sob a ótica da mesquinhez. Não basta mais ser bem-intencionado e agir com integridade porque esses valores nada significam diante dos pobres de espírito que nos julgam não pelo que fizemos, mas pela miúda compreensão que tem da realidade.

Belos projetos são desqualificados após um simples mas. “È bom, mas...” e aí cabe toda a série de torpedeamentos, alguns até sustentáveis, mas a maioria por conta do humor momentâneo ou da má vontade intrínseca dos críticos de tudo e de todos. “Engenheiros do Não”, segundo sintética e apropriada definição do ex-prefeito Fogaça.

A mídia está infestada dessa gente do contra, do nada presta , ou da bancada dos diferentes porque é isso que dá Ibope. Ou ainda dos que se escudam em questionáveis isenção e independência para fustigar, sem dó nem piedade, quem não reza pela sua cartilha. E ai de quem ouse desafiar esses deuses das opiniões definitivas.

Vale mesmo para os ingratos, incapazes de reconhecer uma bondade. Os ingratos nos frustram em nível pessoal, por isso a ferida que provocam é maior. Os do contra são mais nefastos porque estão em toda a parte e nos bombardeiam a toda a hora com sua onipotência.

Tanto um como outro merecem o nosso desprezo e vai chegar o dia em que serão desmascarados. (Tenho que maneirar um pouco, sob pena de ficar contaminado pela raivosidade desse pessoalzinho).

A todos, lembro que não é preciso ter sensibilidade de poeta para entender o recado de Fernando Pessoa no verso imortal: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena."

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