Pequenópolis
é uma cidade grande com gente que pensa pequeno. Seu povo é alegre e
hospitaleiro, mas parte dele, uma minoria enfezada, detesta progresso. Essa
minoria prefere que a cidade fique numa redoma, de forma a se tornar imutável,
mesmo com prejuízo para todos. E a maioria cala e assiste impassível o presente
ser congelado e o futuro exterminado. Por isso, a cidade que já foi Futurópolis
trocou de nome na medida em que se apequenou. Era a cidade sorriso, hoje é a
cidade rançosa. ( Publicado em dezembro/2010)
Os representantes da banda do atraso de Pequenópolis
voltam a atacar. Qualquer projeto que represente um mínimo de avanço é
boicotado com os argumentos mais disparatados.
Travestidos de defensores da cidade, uma cidade idealizada mas inviável,
essa turminha não hesita em apelar para
a mistificação para reforçar seus frágeis posicionamentos. São especialistas em nada, exceto na
capacidade de se intrometer em tudo que possa trazer inovação, mas opinam sobre complexas questões técnicas como se tivessem
grande embasamento. E,
reconheça-se, tem público receptivo,
aqueles mesmos que ficaram sem
determinadas bandeiras partidárias e precisam de novas formas
de mobilizações para se manterem ativos.
Intitulam-se formadores de opinião e se apropriaram
indevidamente da exclusividade de pensar Pequenópolis. Afirmam representar a sociedade, mas não
resistem a uma pesquisa de opinião sobre
a aceitação das melhorias previstas para a cidade. Não são muitos, mas fazem barulho e, por isso,
às vezes preocupam quem tem que tomar decisões.
Dois exemplos da intervenção maléfica desses
oportunistas de plantão se expressam nas campanhas contra o projeto de
revitalização do Cais Mauá e o Projeto Orla, ambos do consagrado urbanista Jaime
Lerner. Sobre o primeiro afirmam, por exemplo, que os armazéns tombados irão abaixo, o que
não é verdade, mas mostram fotos de um prédio
- não tombado - em demolição como
prova de que a intervenção no espaço é lesiva ao patrimônio histórico. Em
relação ao projeto Orla fazem questão de confundir com o do Cais para tumultuar
o processo, mas como não tem muito a criticar direcionam a reprovação aos
tapumes de segurança. “Escondem a obra e o Guaíba”, é a alegação, que não se
sustenta diante do resgate futuro daquele recanto de Pequenópolis. São tantas inconsistências
que chega a irritar, como fizeram no movimento contra
o projeto de moradias no Pontal do Estaleiro, decretando que aquela área está
destinada a se tornar um deserto após o horário comercial. Foi um autentico movimento de lesa cidade!
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