Aprendi isso depois de velho, após as idas e vindas
para a edição do Crônicas da Mesa ao Lado. A negociação com a editora (Bartblee, de Juiz de Fora-MG) foi rápida e satisfatória, a impressão
demorou um pouco, mas nada que provocasse estresse e o problema
mesmo surgiu quando chegou a hora de transportar os livros para Porto
Alegre. Resolvido à contento essa
logística, chegou a hora da verdade: o
livro tinha que chegar aos potenciais interessados.
Não sei se vocês já perceberam, mas basta entrar
numa livraria para verificar que a concorrência é feroz, a começar pelos best-sellers
vindos do exterior, sem contar os
autores consagrados, os livros de autoajuda,
as biografias atraentes autorizadas ou não e, ainda, os de besteirol,
eis que existe público para isso. É quando o autor recém-lançado se
pergunta: será que alguém vai se
interessar pela minha obra?
Devo dizer que, mesmo diante das dificuldades de
distribuição, não tenho queixas. Distribuí
por conta própria, garantindo aceitação em meia dúzia de locais,
especialmente as livrarias mais cults. Cinco livros aqui, dez ali, pelo menos duas
reposições, encomendas pelo Correio e o
Crônicas me surpreendeu, vendendo acima
do esperado. Claro que as livrarias ficam com 30 a 50% do preço de capa, mas
vale pela vitrine e o dinheirinho pingado que entra sempre ajuda a fechar o
orçamento.
E aqui volto a questão inicial, na verdade, mais do
que uma constatação, uma angustia: será que haverá leitor para tanta produção literária?
Fiz um rápido levantamento e contei pelo menos seis companheiros jornalistas
com livros recentes na praça – aqui praça como sinônimo de mercado – e outro
tanto anunciando lançamentos para breve, além de lideranças politicas que
começam a investir no livro para difundir suas ideias e, de novo, os autores
consagrados que tem público cativo.
Acredito que boa parte desse boom de aspirantes a
literatos se deve às oficinas literárias que abundam em nosso meio, dando vazão
a compulsão por escrever . Mais do que
autores zelosos com a suas obras criou-se uma geração de reféns da necessidade
de colocar ideias, enredos, cenários e personagens em forma escrita. É isso, afinal, o que nos move.
"Crônicas da Mesa ao lado" pode ser adquirido nas livrarias Bamboletras (Shopping Nova Olaria), Palavraria (na Vasco da Gama, 165), Nova Roma (General Câmara, 394), Cultura (Shopping Bourboun Country), Koralle (José Bonifácio,95 e Santander Cultural) e Banca da República,(República quase esquina de João Pessoa). Na Feira, pode ser encontrado também na barraca da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e na da Associação Gaúcha dos Escritores Independentes.
"Crônicas da Mesa ao lado" pode ser adquirido nas livrarias Bamboletras (Shopping Nova Olaria), Palavraria (na Vasco da Gama, 165), Nova Roma (General Câmara, 394), Cultura (Shopping Bourboun Country), Koralle (José Bonifácio,95 e Santander Cultural) e Banca da República,(República quase esquina de João Pessoa). Na Feira, pode ser encontrado também na barraca da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e na da Associação Gaúcha dos Escritores Independentes.
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