A arrancada de 2012 realmente é de preocupar qualquer vivente. O ViaDutra já havia registrado sua perplexidade com alguns acontecimentos um tanto fora do comum nos primeiros dias do ano e o caso mais notório é do meio naufrágio do navio Costa Concórdia. O mês de janeiro nem terminou e a bruxa continua à solta. No Rio, alguém fez alguma bobagem num prédio de 20 andares, que veio a abaixo e derrubou outros dois. O mais interessante é observar os especialistas tentando explicar o ocorrido e a forçação de barra das TVs para transformar a tragédia em mini seriados dramáticos no caso de cada uma das vítimas.
Mas não sejamos injustos com o Rio, imaginando que esse tipo
de tragédia só acontece em terras cariocas. Nesta mesma semana foi noticiado,
timidamente, pela mídia o desabamento de
um cassino em construção em Cincinatti, EUA, ferindo 13 operários. E sem intenção de livrar a cara do comandante
Francisco “Vade a bordo” Schettino, ainda nos EUA, a barbeiragem de outro
comandante num cargueiro arrancou parte de uma ponte no rio Kentucky, sem
vítimas. É isso, soltaram a bruxa.
Por aqui, um acidente operacional com uma boia transformou
Tramandaí em notícia nacional e quiçá internacional, com vazamento de mais de
uma tonelada de óleo. Teve gente torcendo para que a quantidade fosse maior – é
essa mania de grandeza dos gaúchos. E só
assim mesmo para o nosso litoral virar notícia.E o que dizer da interdição pela vigilância sanitária do incensado Pampa Burger, na Cidade Baixa? Causou comoção entre os gaúchos de fé que os lanches do estabelecimento que veio para fazer o contraponto gaudério aos globalizados McDonald’s e Subways fossem causadores de transtornos intestinais em vários consumidores.
O Pampa Burger, forçando a barra, seria a versão lanchonete do Fórum Social Temático (ex-Mundial) que foi criado como contraponto a outro movimento, o capitalista Fórum Econômico Mundial, de Davos. A propósito, andei circulando pelos espaços do nosso Fórum e fiquei encantado com a fauna humana atraída pelo evento. Pensei ter voltado anos 70 do século passado. Era um autêntico desfile da moda riponga: aquelas saias longas, vestidões floridos, camisetas, sandálias e chinelos, bolsas de lona atravessadas e, em alguns casos, moderníssimas – no contexto - pochetes. De moderno, o FST contribuiu para minha erudição com um novo termo: coletivo de hackers, ouvido de um representante do Ministério da Cultura, quase um clone do ex-ministro Gilberto Gil no palavreado.
Enfim, são incidências e acidentes deste 2012 que recém está iniciando e que promete. Será prenúncio do fim dos tempos?
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