sábado, 15 de outubro de 2011

Rafinha Bastos e outras frivolidades.

Fico pasmo com alguns assuntos que a chamada mídia tradicional, e aí já incluo os portais de notícias, elegem para destacar e suitar. O tema frívolo da hora é o comportamento do tal de Rafinha Bastos, do programa CQC, atração da Band, que passou dos limites em termos de inconveniência ao comentar a gravidez da cantora Vanessa Camargo – ou seria da Maria Gadú?

O assunto está rendendo há mais de uma semana, potencializado pelas redes sociais que, não se enganem, ainda tem nas mídias tradicionais a principal matéria prima para suas postagens e comentários. O que está bombando no momento é o futuro de Rafinha, que foi suspenso do programa e ameaçaria se bandear para a concorrência. E, claro, se formaram correntes pró e contra o humorista- ele um dos campeões de seguidores nas redes sociais.  Até o Juremir Machado dedicou uma coluna inteira ao caso.

Tempos atrás se desperdiçou enorme espaço nos meios digitais e analógicos em torno do músico Tonho Crocco, por causa de uma música descascando nossos deputados estaduais, que virou polêmica porque um deles decidiu buscar reparação na via judicial. “Abaixo a censura”, bradaram os mais exaltados e o deputado, acuado, acabou retirando a ação. Mas até isso acontecer, o assunto rendeu bem acima do talento do músico e da importância do assunto.

E tem também a polêmica envolvendo a virginal Sandy que vacilou numa pergunta maliciosa em entrevista a Playboy sobre sexo anal e precisou dar muitas explicações. Quanto mais explicava, mais o assunto bombava. Queria o que a doce e meiga Sandy numa entrevista para a Playboy? Perguntas sobre papai-e-mamãe?

Confesso que se abate sobre mim um desânimo ao constatar o destaque dado a esses casos, mesmo num episódio mais picante como o da Sandy. Vou radicalizar: temo que a revista Contigo esteja influenciando em demasia as chamadas mídias tradicionais e, em outro viés, os rasos conteúdos e a ausência de outros interesses de boa parte dos adeptos das redes sociais acabam por produzir o fenômeno da reprodução massiva das frivolidades.

Agora, se me dão licença, vou descarregar minha rabugice e algumas frivolidades nas redes sociais.

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