*Publicado nesta data em coletiva.,net
Confesso que não acho muita graça nessa comemoração, assim como em outra festividade importada, esta da Irlanda e para adultos, que começa a se popularizar no Brasil, o Dia de São Patrício, em 17 de março, quando o pessoal aproveita para encher a cara de cerveja.
Não serei nada original ao afirmar que essas datas se tornaram mais fonte de faturamento no calendário do Comércio do que tributo aos homenageados. Assim, perdem sua dimensão afetiva. Não pensem que estou contra a atividade comercial, que precisa fazer a roda da economia girar, mas não abro mão de decidir se participo ou não da festa e com quê entusiasmo será minha adesão.
Até porque novas datas comemorativas estão surgindo, todas com grande
apelo emocional e sendo estimuladas pelo setor produtivo. O Dia dos Namorados
já está consolidado, fazendo a alegria das floriculturas, dos restaurantes e
dos motéis. O Dia da Mulher vai na mesma direção e já há quem advogue grandes
festividades pelo Dia do Homem (15 de
julho no Brasil), uma vez que outras opções já estão bem contempladas no Dia do
Orgulho Gay (28 de junho).
Tem ainda essa forçação de barra para instituir o Dia da Sogra (28 de abril). Com todo o respeito à categoria, que nos legou nossas amadas parceiras, a figura da sogra ainda é estigmatizada e temo que, ao invés de homenagens, as respeitáveis senhoras sejam objeto de agravos de parte de genros e noras ingratos. Isso sem contar que podem surgir ideias como a criação do Dia dos Ex que pode englobar um naipe diversificado de figuras: ex-marido, ex-mulher, ex-sogra, ex-patrão, ex-amigo. Aliás, ex é o que mais tem e até por isso mereceria a homenagem. Sem presentes, é claro. Quanto ao Halloween só vou aderir se puder mandar um buquê de espinhos para algumas bruxas que volta e meia me atormentam.
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