*Publicado nesta data em coletiva.net
Aceito criticas, mas prefiro elogios. É o recado aos meus poucos, mas fiéis leitores, Os autores não escrevem pensando unicamente nesses seus eventuais leitores. Quem afirmar o contrário está enganando ou se enganando, O autor é um egoísta, escreve principalmente para seu deleite. Isso não é tese, é realidade. Pegue o caso dos cronistas da nossa imprensa. Adivinhem qual a primeira página que consultam ao abrir o jornal? Bingo, aquela onde está publicada a sua coluna.
Particularmente, sofro
de uma boa ansiedade às segundas-feiras quando esta coluna é editada no
coletiva.net. Desde cedo da tarde fico consultando o portal até aparecer
o retrato do autor, encimando o texto que depois será exibido nas minhas redes
sociais. E o termo exibido é bem aplicado no caso. E quanto mais exibimento,
mais satisfação trazem os elogios e menos gratificação provocam as críticas. .
Chega de enrolação e
vamos ao que realmente motivou este texto: o comentário de um leitor sobre a
primeira coluna que cometi este ano no coletiva.net –“ Previsões previsíveis e
reflexões aleatórias sobre 2022”, publicada dia 3 de janeiro.. Eis o que disse
o comentarista de textos alheios: “Que amontoado de asneira”. Fui pesquisar o
perfil do sujeito e fiquei lisonjeado: graduado em Historia na UFRGS, com
mestrado na PUC. Não tinha idéia de que era acessado por um intelectual deste
quilate e, ainda, que interage! Isso tem valor inestimável nestes tempos de
poucos leitores. Vou precisar caprichar mais. Uma duvida, porém, passou a me consumir: o que fazia um luminar da academia conferindo minhas
asneiras, que acho mais direcionadas a um publico menos intelectualizado - e mais bem humorado. Aviso: estou sendo
irônico..
Quase postei uma
resposta, mas desisti, preferindo , por um lado, respeitar a opinião sincera do
professor e, por outro, não enticar e criar uma polêmica desnecessária. Além
disso, reconheço que o texto criticado não era dos mais inspirados,
provavelmente por causa da ressaca das festas de fim de ano. E mais: já fui
alvo de criticas mais mordazes, como a da minha neta primogênita, a super
sincera Maria Clara, que, a propósito de uma produção literária deste que vos
fala, desferiu essa pérola: “O livro do vô é um monte de histórias bobas, que
os amigos contaram pra ele”. Então, meu caro leitor, estou no lucro em relação
ao “amontoado de asneira”. Pior é a indiferença, por isso seja bem vindo sempre,
de preferência com elogios, porque, como afirma a escritora norte-americana
Susan Wiener, “a maioria das pessoas não se importa com as críticas – contanto
que sejam sobre outra pessoa.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário