segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Tempo de Feira do Livro e de chopes

* Publicado nesta data em coletiva.net


Já estamos vivendo em tempo de Feira do Livro, o maior acontecimento cultural de Porto Alegre, pelo menos na minha avaliação.  Mesmo com o encolhimento nas últimas edições, diminuindo o número de barracas e concentrando as atividades na Praça da Alfândega, a Feira não perdeu seu charme e seu valor. Na verdade, os espaços se abriram, facilitando a circulação e a interação das pessoas.

Já confessei  que gosto tanto da Feira que, se pudesse, circulava por lá   todos os dias, o que ocorria quando trabalhava no Centro Histórico. O programa completo consistia em esgravatar as caixas de sebos, olhar invejoso para as estantes cheias de livros, adquirir o que me interessava e, melhor ainda, tomar um chope ali perto no fim da tarde. Num fim de semana, pegar a Santa e a netalhada e pernear na Área Infantil, escolher livros  para a garotada e encerrar com um lanche para elas e mais um chope para o vô, talvez dois,  porque caminhar com essa turma é para os fortes. Ah, e tem o dia do autógrafo daqueles livros que a Maria Clara, a neta mais velha,  define como “um monte de histórias bobas que os amigos contam pro vô”. Mesmo assim o ritual dos garranchos se repete há cinco anos, sempre num final de tarde para permitir uma esticada comemorativa e bebemorativa depois ( até parece que a Feira é apenas a desculpa para isso).

Nesta edição, minha relação com a Feira começou no sábado, no evento ARI Entrevista, com o médico JJ Camargo, cronista, escritor e referência internacional em cirurgia torácica. Foram momentos divertidos, prazerosos e repletos de lições de humanidade. O homem é fera em tudo o que se envolve;  depois  da entrevista ele autografou o seu “Se você para você cai”. No domingo, nova incursão para prestigiar dois amigos, o Vitor Bertini, que estreia com “Não me abandones” e, na sequência, “Invenções e Invencionices”, mais uma invencionice do profícuo Dilan Camargo, ex-patrono da  nossa Feira, aliás o ultimo antes da atual dinastia de patronas.

Vou prestigiar também as autoras do “Dezmioladas 3,” que tem sessão de autógrafos dia 10, às 14h30 no Memorial do RS e, nesse dia dedicado às gurias, às 16h00 vou conferir “As Jornalistas”, de Benedito Saldanha, para saber quais das minhas talentosas amigas foram contempladas. No dia 12, às 17h30 vou buscar meu exemplar de “Anotações de Um Leitor Curioso”, devidamente autografado pelo Antônio Goulart. Mais do que o leitor curioso do título, o Goulart esbanja experiência e talento.

Antes, dia 9, participo – eu e mais 27 autores -  da sessão de autógrafos do “Todos por Um”, dedicado ao José Luiz Previdi, no segundo andar do Memorial do RS. Acho  que reservaram um andar inteiro porque é autor que  não acaba mais. E agora permitam-me vender meu peixe: dia 8, próxima sexta-feira, tem a sessão de autógrafos do “Quando Eu Fiz 69”, já  em segunda edição. Atenção para o horário: das 18h30 às 19h30. Depois estão liberados para o happy.

Por fim, gostaria de indicar algumas obras as quais já tive acesso e que merecem atenção daqueles que apreciam a boa literatura. Começo pelo Pedro Gonzaga, meu primo literário mais talentoso, que está me deliciando com seu “Antes não era tarde”, lançado semana passada e que teve autógrafos na Feira no domingo. Quem também está me deliciando com sua obra é o Gustavo Machado com “Cavalos e Armas”, ótimo romance numa edição caprichada lançada este ano. Recomendo também o Léo Ustarroz, engenheiro que enveredou pela literatura e já está no segundo livro, “Regaste em Pamplona”. O autor estará na Feira nesta segunda-feira às 17 h falando da sua obra na banca nº 3,  da editora Metamorfose.

Para completar meu pacote de leituras para os próximos meses fica faltando apenas o livro  do Gilberto Jasper, “O Tempo é o Senhor da Razão e Outras Crônicas”, que será lançado  dia 21, certamente numa concorrida sessão de autógrafos, marcada para o Chalé  da Praça 15. Depois de garantir a dedicatória do alemão Giba, vale pedir  um chope e petiscos, interagir com os amigos e ouvir as conversas da mesa ao lado, porque é para isso que também servem as sessões de autógrafos.

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