Somente o amor consegue fazer
convergir representantes de
posições tão conflitantes como as da esquerda e da direita na atualidade
brasileira. Explico: depois do PTinder, criado por duas militantes do PT para
ajudar pessoas de esquerda a encontrar parceiros (https://coletiva.net/colunas/a-esquerda-tambem-ama,321113.jhtml), agora a ministra Damares Alves, quem diria, revela que
está usando o aplicativo Tinder para encontrar um marido.
Se fosse
uma ferramenta nova, derivação do aplicativo de encontros como no PTinder,
sugeriria, no caso da Damares, batizar o
aplicativo como Tindireita. Mas aí já
estaria me intrometendo indevidamente na vida amorosa da polêmica ministra.
Polêmica,
surpreendente e sincera. Quando fez o anúncio, Damares contou que pretende
chegar as últimas consequências, ou seja, casar com o pretendente que se
adequar as exigências dela. Aqui é lícito imaginar que exigências seriam essas.
O candidato certamente irá se submeter a um questionário mais ou menos nessa
linha:
- Menino
veste azul, menina veste rosa?
- Acredita
que a figura de Jesus possa ter aparecido numa goiabeira?
- Contra ou
a favor da ideologia de gênero?
- Contra ou
a favor da Escola sem Partido?
- Contra ou
a favor da legalização da maconha?
- Contra ou
a favor da teoria evolucionista?
- A Terra é redonda ou plana?
- Elza, do filme Fronzen, é lésbica ou não?
Por fim, a
evangélica ministra irá fazer um questionamento definitivo para aprovação – ou não – do candidato:
- Concordaria
em dar graças ao Senhor em oração antes do coito?
Se passar
no teste, o futuro marido vai permitir que Damares realize seus melhores
sonhos, como ela mesmo contou, bem faceira: “Eu vou é dançar muito, eu vou é
cantar muito e vou namorar muito". Tudo isso certamente será o prelúdio
para “aquilo”, que a Damares parece gostar de verdade. Tanto quanto o pessoal
do PTinder, que, porém, não foi utilizado por Lula e Janja para se
emparceirarem. No caso, foi amor à primeira condenação.
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