sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Goiabices

Meu bom amigo e talentoso  publicitário Alexandre Pradier  me cobra uma informação equivocada aqui no ViaDutra. Equivocada, mas passou batida por vários dias e inúmeros acessos, o que pode significar que o apreciado blog não está com essa bola toda. Sucede que no texto  “O pênalti” (postado em 29/06/2013), a propósito de me solidarizar com os desperdiçadores de pênaltis em jogos decisivos, registrei que Paulo Rossi havia perdido a última cobrança da Itália contra o Brasil, na final da Copa de 94 (Estados Unidos), garantindo o nosso tetra.  A falha é mais grave porque foi a única Copa em que participei no país sede, por isso o Pradier, de forma maliciosa, insinuou que talvez eu não estivesse realmente lá. 

Estava lá sim, sediado em Dallas com a equipe da Rádio Gaúcha, e lembro bem a  previsão do Ranzolin, antes da cobrança do pênalti italiano:  “Se o Baggio errar, não precisa mais cobrar! Se o Baggio errar, não precisa mais cobrar!”. O Baggio acabou chutando por cima e o resto da história é bem conhecido. Apesar de tudo, troque as bolas, ou melhor,  os nomes – o carrasco Rossi pelo benfeitor Baggio. Como pude?


A bem da verdade, sempre fui um prodígio de distração, mas ultimamente tenho me superado.  De devolver só as embalagens de filmes à locadora, sem o DVD, a esquecer de levar o cartão de crédito em viagem e passar vexame na  hora do checkout no hotel, depois de ter deixado documentos no banco do avião e voltar esbaforido para resgatar.  De perder as chaves do carro em lugar incerto e não sabido a deixar os óculos depositado em  cima de algum móvel e sair tapeando às chegas para encontrá-lo. Os celulares, coitados, já estão cansados de serem esquecidos na recarga.  O lado bom desse meu desligamento é que eventualmente  encontro alguma grana perdida nos bolsos de casacos. Até dólares já achei, mas nenhum montante que precisasse ser  jogado pela janela...
O nome disso tudo é Goiabice que é sinônimo de palermice.  Nem sei por que se associa a fruta aos nossos lapsos cotidianos, mas devo declarar que a cada dia fico mais Goiaba que no dia anterior. Só não vou me entregar de vez e garanto que alguma providência devo tomar e logo. Ou não me chamo mais Fábio Duarte.

 




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