Estava lá sim, sediado em Dallas com a equipe da Rádio Gaúcha, e lembro bem a previsão do Ranzolin, antes da cobrança do pênalti italiano: “Se o Baggio errar, não precisa mais cobrar! Se o Baggio errar, não precisa mais cobrar!”. O Baggio acabou chutando por cima e o resto da história é bem conhecido. Apesar de tudo, troque as bolas, ou melhor, os nomes – o carrasco Rossi pelo benfeitor Baggio. Como pude?
A bem da verdade, sempre fui um prodígio de distração, mas
ultimamente tenho me superado. De
devolver só as embalagens de filmes à locadora, sem o DVD, a esquecer de levar
o cartão de crédito em viagem e passar vexame na hora do checkout no hotel, depois de ter
deixado documentos no banco do avião e voltar esbaforido para resgatar. De
perder as chaves do carro em lugar incerto e não sabido a deixar os óculos depositado em cima de algum móvel e sair tapeando às chegas
para encontrá-lo. Os celulares, coitados, já estão cansados de serem esquecidos
na recarga. O lado bom desse meu
desligamento é que eventualmente encontro
alguma grana perdida nos bolsos de casacos. Até dólares já achei, mas nenhum
montante que precisasse ser jogado pela
janela...
O nome disso tudo é Goiabice que é sinônimo de
palermice. Nem sei por que se associa a
fruta aos nossos lapsos cotidianos, mas devo declarar que a cada dia fico mais
Goiaba que no dia anterior. Só não vou me entregar de vez e garanto que alguma
providência devo tomar e logo. Ou não me chamo mais Fábio Duarte.
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