Encontro aquele amigo que tem fornecido ao longo do
tempo farto material para o ViaDutra. Quando digo farto material quero dizer que
são histórias algo escabrosas. Como vivo
numa crise permanente em busca de pautas sempre ouço com atenção o que ele tem
a dizer.
Dessa vez a história envolve um cidadão bem colocado
na vida, que procurou a matriarca da família e, aos prantos, revelou que tinha
sido abandonado pela esposa, bem mais
jovem do que ele. Meu amigo foi chamado para apoiar o deprimido e dele ouviu coisas
do arco. “Ele me contou que tinha uma
relação, digamos, aberta com a mulher e que avançavam em práticas sexuais pouco
convencionais...”, contou-me o parceiro,
um tanto chocado com as revelações.
Mas a surpresa maior estava reservada para a continuidade da
conversa. “Ele me contou que apesar da vida prazerosa que
levavam, sem restrições e com muito conforto, a mulher o havia abandonado...por
outra mulher, e ele estava inconsolável.
Fiquei triste de ver aquele pobre
homem, sempre tão senhor de si, agora chorando convulsivamente”, solidarizou-se meu amigo e eu imediatamente
me senti também solidário.
Devo dizer que, diante desses casos, tenho um
comportamento republicano e sustentável , seja lá o que isso significa, mas
enfim, para dar sequencia à conversa,
perguntei quais os atributos da ex
do sujeito e aí eu é que fui surpreendido:
“Não é bonita, nem charmosa e intelectualmente deixa a desejar”,
informou, para depois acrescentar – “Não sei o que viu naquela mulher!”
Foi aí que pensei cá com meus zíperes: ‘deve ter qualidades outras que nem
suspeitamos para deixar prostrado assim
um homem bem colocado na vida, deve ter’.
Que qualidades seriam essas, eis aí uma questão instigante.
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