Houve um tempo em que pensei que nosso
amado Brasil tomaria jeito e que “corrupção nunca mais” deixaria de ser mero
desejo para se transformar em realidade. Acho que esse meu acesso de
ingenuidade ocorreu logo depois do impedimento do Collor. Pensei que a
corrupção tinha chegado ao seu máximo degrau e a destituição do presidente era
o vexame supremo para uma nação. “Agora esse pessoal vai se aquietar e parar de
roubar o País”, pensei lá no íntimo.
Como se sabe, eu estava enganado. Logo
vieram mais e mais escândalos: o dos Anões do Orçamento, as roubalheiras da
Jorgina, o caso do TRT de São Paulo, o escândalo dos Bingos ou o caso Waldomiro
Diniz que desembocou no Mensalão do PT, o Mensalão Mineiro, o caso Erenice
Guerra , as estripulias do Cachoeira e tantos outros que a lista é quase
infindável.
E agora entram em cena as negociatas da chamada Operação Porto Seguro, envolvendo compra de pareceres, nomeações escusas para cargos públicos e relações, digamos, pouco republicanas entre uma poderosa burocrata do escritório do governo federal em São Paulo e uma entidade chamada PR. Insinua-se aqui e ali que PR poderia ser Presidente da República, mas sinceramente não acredito que a pilantragem tenha chegado a esse nível do poder. Ou será que estou tendo outra crise de ingenuidade?
A verdade é que, de
escândalo em escândalo, lá se vai minha confiança na humanidade, até porque corrupçao não
é exclusividade do nosso país – aqui é só mais impune. Chego a pensar até que
faz parte do nosso DNA essa vocação para corromper e ser corrompido, eis que
nos tempos primevos o engodo, o logro, a enganação eram questão de
sobrevivência naqueles ambientes pouco civilizados em que habitavam nossos
ancestrais. A própria Bíblia está repleta de casos escabrosos, como o de Esaú e
Jacó. Conta o livro de Gênesis que Esaú vendeu os seus direitos de primogênito
ao esperto irmão Jacó por um prosaico prato de lentilhas. E o que dizer de
Judas Iscariotes que entregou Jesus Cristo por míseros 30 dinheiros? Corruptos,
corruptores e chinelagens biblicas!E agora entram em cena as negociatas da chamada Operação Porto Seguro, envolvendo compra de pareceres, nomeações escusas para cargos públicos e relações, digamos, pouco republicanas entre uma poderosa burocrata do escritório do governo federal em São Paulo e uma entidade chamada PR. Insinua-se aqui e ali que PR poderia ser Presidente da República, mas sinceramente não acredito que a pilantragem tenha chegado a esse nível do poder. Ou será que estou tendo outra crise de ingenuidade?
Seremos todos assim, a espera de uma oportunidade para levar vantagem, não interessando se a benesse é legal ou ilegal, no caso, o malfeito como diria a Dilma.? De minha parte, rejeito o título deste texto, que usei apenas para expressar indignação e criar impacto. Eu fora!
Bem, talvez ainda não tenham chegado no meu preço...
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