O momento político é sensível e perigoso. Faltando
pouco mais de duas semanas para a eleição municipal as posições começam a se
definir e os nervos ficam a flor da pele. Quem está atrás nas pesquisas tende a
se exaltar e aí mora o perigo.
Candidato lomba abaixo é como animal acuado: reage
com agressividade, quase por instinto. Essa é a fase do “quem não está comigo é
meu inimigo” e qualquer adversário, por
mais jaguané que seja, vira agente do mal. Sei de casos bem recentes...
Às vezes esse comportamento obedece a uma estratégia
do marketing da campanha, que busca desqualificar os opositores como forma de
estancar a queda e recuperar o terreno perdido. Normalmente não dá certo, mas o
pessoal insiste. Também ocorre de o candidato e seus luas-pretas, normalmente
gente tranquila e civilizada, ficar transtornada com a rejeição do eleitorado e
virar fera disposta a qualquer tropelia. É quando começam as baixarias, a boataria,
as difamações, os falsos dossiês, numa ciranda maldosa que não tem mas fim. Prestem atenção que a guerra já começou. Nem ex-companheiros de outras jornadas são
poupados em nome de uns votinhos a mais. Os parceiros de ontem se transformam
nos inimigos de hoje.
Já atuei em campanhas vitoriosas e perdedoras,
agressivas e as de “paz e amor” e estou convencido que o conjunto de fatores
que leva a vitória passa necessáriamente
por um candidato competitivo, politicamente respaldado, que inspire confiança, ostente uma biografia
que orgulhe, tenha experiência para sustentar os projetos que acena para o
futuro, revele sincera indignação com o que está errado e mostre que vai fazer
diferença na vida das pessoas e das comunidades. O resto é trabalho para o marketing.
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