segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um pouco de sacanagem não faz mal a ninguém - final

(Recomenda-se ler a postagem anterior)

M., profissional liberal, teve um caso ardente com uma universitária mais jovem do que ele. Com dificuldades para conciliar seus outros compromissos, preferia encontrar a parceira pela manhã, no intervalo entre uma aula e outra. A sugestão partiu da própria moça, muito dedicada aos estudos e mais dedicada ainda aos prazeres da cama. Ela mostrava grande interesse em complementar sua atividade acadêmica com práticas que exigissem menos do seu intelecto e mais de seu belo físico, se é que me entendem. O inconveniente é que a saliência tinha horário pra terminar. Apenas duas horas de intervalo separavam uma aula da outra e a estudante, como explicamos, era aluna aplicada. Por isso, freqüentavam um motel próximo à faculdade, mas não tão próximo que pudessem ser flagrados por algum colega ou professor desgarrado.


Nosso amigo batizou esses encontros de "seqüestro sexual" porque, na origem do processo, a moça se arrependeu da combinação acertada na véspera e ele ameaçou invadir a sala de aula, arrancá-la dos estudos e levá-la ao motel de qualquer jeito. Como era um sujeito decidido, ela não se arriscou ao vexame e compareceu ao evento acadêmico-sexual. E não se arrependeu, garante nosso amigo, tanto assim que repetiram a prática várias vezes.

Já C., homem de comunicação, recorda que seus melhores desempenhos ocorreram domingo de manhã bem cedo. Sem explicar como, ele sempre tinha uma pauta especial para cumprir nesse horário. A “pauta” no caso era um encontro com uma colega descasada. Ele conta que era intrigante e ao mesmo tempo divertido chegar aos motéis num horário em que os outros casais estavam se retirando. Chamava o encontro de "hora da Missa", o sacrílego. Homem de família, ele tinha o cuidado de voltar para casa a tempo de preparar o churrasco dominical.

J., empresário do ramo imobiliário, tem preferência clara pelo horário do meio dia. O argumento dele é interessante: o horário gera menos desconfiança, afinal é o intervalo do almoço, mas tem suas vantagens porque reúne duas atividades prazerosas – sexo primeiro e depois a refeição, que encomendava logo que chegava ao motel. O inconveniente é que o tempo era exíguo e, além disso, não podia retornar ao escritório junto com a secretária, sua acompanhante nessas escapadas. Nada que uma mente imaginativa não resolvesse.

S., dedicado servidor público, se transformava quando marcava os encontros com a amante logo após o expediente na repartição. O fim de tarde tem sua magia, explicava ele. A noite chega de mansinho e com ela um clima romântico, que contagiava a relação. Além disso, o encontro nesse horário tinha sua praticidade. Depois da transa, vinha o jantar, e ele podia chegar em casa num horário civilizado, sem necessidade de ser criativo nas desculpas, que isso também cansa um vivente.

*Reciclado a partir de publicação em Coletiva.net

Um comentário:

  1. A literatura é o caminho.

    O que mais o Brasil precisa na real e atualmente é de alta literatura. Mas escolas sobretudo.

    Sempre se utiliza de propaganda, narrativas e publicidades sofisticadas e bem feitas para enganar e praticar lavagem-cerebral nos meios de comunicação. Não se desenvolve a imaginação, assim!

    Eis aí a pura e profunda realidade sociológica e filosófica:
    Com a "Copa das Copas®" do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula©.

    Digno de espanto, se bem que vulgaríssimo, e tão doloroso quanto
    impressionante, é ver milhões de homens a servir, miseravelmente
    curvados ao peso do jugo, esmagados não por uma força muito grande, hercúlea,
    mas aparentemente dominados e encantados apenas pelo nome de um só
    homem [lula] cujo poder não deveria assustá-los, visto que é um só (lula --, o vigarista apedeuta).

    O PT é barango e Kitsch.
    O que é sustentável para o Brasil:
    educação de alto nível. Alta cultura.
    O que o Brasil precisa: Escolas boas e hospitais. O resto deixa que o povo faz.
    E atenção, jamais votem em Partido Cafona e Kitsch: a saber, o Partido dos Trabalhadores®, PT®. Vigarista.

    O PT pratica lavagem cerebral. Vive apenas de propaganda e publicidade ao estilo de João o Milionário Santana.

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