quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um pouco de sacanagem não faz mal a ninguém

O vô aqui cansou de escrever sobre coisas sérias, que ninguém dá bola, e decidiu apelar para o artifício imbatível da mídia popularesca: uma pitada de sacanagem nos conteúdos não faz mal a ninguém. O tema escolhido para essas mal traçadas é o horário preferencial para a prática de atividades extraconjugais, o popular adultério. É importante acrescentar que não se tratam de experiências pessoais, mas de um compilado de depoimentos obtidos aqui e ali.


Pois bem, se há um padrão, por segurança e conveniência, a preferência é por horários alternativos. Quem se dedica à dupla vida amorosa precisa ser criativo, ensinam nossas fontes. Traição à noite ou de madrugada dá muito na vista em casa. Logo a patroa começa a desconfiar e em seguida o estoque de desculpas perde em credibilidade e criatividade. Jantar com clientes ou fornecedores, por exemplo, está em desuso. De tanto que foi aplicado já não cola mais.

Claro que uma esticada à noite, a pretexto de bater uma bolinha com os amigos ou reunir a confraria para uma cervejada, tem validade de vez em quando. Só não dá pra abusar. No caso do joguinho com os amigos, a vantagem é que você poderá tomar banho depois do encontro amoroso. Mas é importante mostrar em casa provas do seu álibi: uma camiseta molhada, meias fedidas, um par de tênis embarrado e outros itens que sugiram um jogo de verdade, disputado até o último minuto “contra aqueles babacas da Contabilidade”. Profissionais do ramo carregam no porta-malas do carro um kit completo, já “batizado”, para se prevenir. Bafo de cerveja não é problema porque as mulheres sabem que depois do bate-bola a gelada é inevitável.

Os mais dedicados à causa recomendam, nessas situações que, em nenhuma hipótese, devem ser levados agrados para a esposa – tipo bombons, doces, flores. Esse gesto liga o desconfiômetro e aí, meu amigo, seus dias de libertinagem estarão contados, porque sua mulher vai querer saber de todos os detalhes do seu roteiro fora de casa. E vai crivá-lo de perguntas dignas de um lead jornalístico: quem, quê, quando, como, onde e por que. Isso ocorre com mais freqüência do que se imagina porque homens infiéis, mas de boa índole, são um poço até aqui de culpa e acreditam que agradando à esposa estarão se redimindo de seus pecados fora do lar. Os especialistas insistem: não faça isso, você vai se arrepender.

Infidelidade é escolha e se você optou por esse caminho, agüente as conseqüências. Ou então, pare de se torturar e volte para a sua vida normal, com mulher, filhos, cachorro, papagaio e a visita da sogra de vez em quando. Conheço histórias de homens que abandonam o lar por algumas horas e depois voltam para casa, pedindo perdão e rastejando qual um réptil. Para os que já fizeram sua opção e decidiram manter-se na ativa, selecionamos alguns cases sobre os horários preferidos para a prática do adultério. (continua)

*Reciclado a partir de publicação em Coletiva.net

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