* Mais ou menos baseado em fatos reais
Terminada a
carona, na chegada a casa
da moça do supermercado num bairro distante das regiões centrais, a mãe da
caroneira aparece para recebê-los. A senhora deixou uma ótima impressão desde a
primeira visada. Coube a Alexia fazer as
apresentações:
- Mamis este é o meu
amigo lá do super, o seu..., o seu. Ái,
que coisa, cumé mesmo o nome do senhor?
Foi quando ele se deu
conta de que, apesar dos cada vez mais frequentes encontros no supermercado e
de pelo menos duas caronas, jamais havia se apresentado ou dito seu nome.
- Adalberto, mas os
amigos me chamam de Adalbertinho ou mesmo Betinho, as ordens - tentou
descontrair.
- Professor
Adalbertinho, - completou a moça. “Ele é professor de livros, mãe. Foi ele que
me deu aquele livro do senhor mais velho que namora a guria, que eu lhe falei
que achei estranho, lembra mãe?”
A senhora assentiu com
a cabeça e aí Adalbertinho pode perceber nela um par de seios resguardados, mas
nem tanto, sob uma blusa branca amarrada à cintura, deixando a mostra também
parte de uma barriguinha que valia a pena ser afagada e talvez coberta de
beijos em eventuais preliminares. De cima a baixo a mãe era um clone mais maduro de Alexia, até
deveria se chamar Alexia Sênior, mas o nome era outro:
- Muito prazer,
Suellen, com dois éles,- fez questão de salientar, para depois explicar que o
nome tinha sido inspirado numa série televisiva, “acho que era Dalas, Texas,
coisa lá dos gringos”.
“Bah, a mãe também dá
um caldo!”, pensou o professor, mas logo se recriminou por ter imaginado uma
expressão tão chula, ainda mais depois do convite que recebeu:
- O senhor não gostaria
de entrar, tomar um café, comer um pedaço de bolo? Fiz um bolo de milho, o preferido
da Alexia. O senhor não gostaria de provar?,- convidou e insistiu a senhora de
seios promissores e barriguinha idem.
- Acho que está ficando
tarde e eu não queria incomodar,- acovardou-se de novo o sujeito.
- Que nada! Eu preparo o café bem ligeiro, enquanto a
Alexia se arruma para o aniversário da Valdirene.
A possibilidade de ver
a sua musa com roupa de festa animou o professor, que aceitou o convite e
entrou na casa como se ali fosse um sacrário. Agora tinha certeza de que dera
um passo importante nas suas intenções em relação a moça.
(Continua)
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