Acreditem, jamais assisti ao Pânico na TV nem ao
CQC. Faço cara de paisagem cada vez que
alguém me fala sobre algo que considera interessante desses programas. Também jamais tinha assistido
ao Studio Pampa, que reúne um bando de
loiras sob o comando da Cris Barth,
diversão garantida a partir da meia noite, asseguram os cultuadores do programa. Dia
desses, zapeando os canais, acabei deparando com a atração que de tão trash
virou cult e aí entendi quem não perde as
edições do Studio Pampa.
Não me tomem por mal humorado ou de má vontade com
as produções locais. E também não tenho gostos televisivos tão refinados. Só fiquei
mais exigente depois que inventaram o controle remoto e a TV por
assinatura, que oferecem centenas de novas e boas atrações na palma da mão.
Não vi o show do Paul McCartney nem o recente
do Queen do B e nenhum outro
com roqueiros enrugados. Não perco,
porém, as boas atrações do Porto Alegre em Cena e era assíduo do Festival de
Inverno, que deixou de ser realizado. Fui à inauguração da Arena e passei
tanto trabalho que não voltei mais. O novo Beira-Rio me acolheu em dois
jogos da Copa e agora só passo ao largo, nas idas e vindas de casa ao Centro. Estádio de futebol é sinônimo de muita muvuca
pro meu gosto sessentão.
Em outras frentes de preferencia dos portalegrenses,
dificilmente serei visto no Bric da
Redenção aos domingos, muito menos
portando equipamento de chimarrão.
Aliás, nem sou aficionado do amargo e também não me convidem para
lanches no Mc Donald e outros estabelecimentos de fast food e vale o mesmo para qualquer lugar que
ofereça no cardápio suhsis, sashimis, temakis
e similares no cardápio. Outro
alias: daqui a pouco teremos mais
temakerias do que pizzarias, farmácias e
academias em Porto Alegre. Em termos
gastronômicos sou mais o velho e bom churrasco, onde não falte um costela gorda.
Suponho que essas preferencias ficam por conta da ânsia de Porto Alegre de virar metrópole. Aí fica replicando modismos, o quê, na verdade,
nada mais é do que uma expressão do seu provincianismo.
Ok, podem me chamar de fora do mundo, ermitão,
rabugento. Só não me vejo obrigado a aderir a tais modismos ou ir atrás das
preferencias dos outros ou, ainda, das causas de fácil apelo, travestidas de
manifestações cidadãs. Efeito boiada
não é comigo,
Nenhum comentário:
Postar um comentário