Deparei ontem
com o Mário Marcos de Souza, consagrado jornalista, dono de um dos melhores
textos que conheço. Mário e eu já
trabalhamos juntos na antiga Caldas Junior e mais tarde na ZH, para qual voltei
para a editoria de Geral por indicação dele.
Com isso quero deixar claro que tenho a melhor das relações com ele,
embora nosso recente histórico de divergências politicas e ideológicas.
O Mário, por exemplo, exalta o regime cubano e suas conquistas,
enquanto eu me posiciono radicalmente contra aquela ditadura. O Mário é
ardoroso defensor de Dilma e tudo o que ela representa, enquanto eu sou
oposicionista de carteirinha e vou de Aécio.
E, cada um na sua trincheira, temos nos digladiado nas redes sociais. Entretanto,
ao nos encontrarmos, saudei-o com um “Meu adversário cordial”, ele abriu um sorriso franco e trocamos um
abraço fraterno.
Faço o relato porque tenho ouvido histórias do arco
de amizades de anos que se romperam nesta eleição. Acho mesmo que alguns parceiros deixaram de interagir
comigo por causa das minhas posições nesta eleição. Aviso que não vou mudar meu comportamento e
muito menos minhas posições, mesmo que
eventualmente tenha sido mais agudo numa ou noutra intervenção, mas certo de
que não avancei o sinal e mais certo ainda de que não dei trânsito a baixarias.
Só lamento que a atual campanha passara para a
história como a eleição marcada pela intolerância,
como nunca antes. Não contem comigo para fomentar esse processo perverso, até
porque meus desafetos eu escolho e não
será por causa de divergências políticas.
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