Essa campanha eleitoral está uma chatice só, com
ataques e contra-ataques e a repetição das mesmas fórmulas de sempre, mais para
desqualificar o adversário do que para conquistar o eleitor. Agora justiça seja feita: nunca se produziu
tantas sacadas bem humoradas como agora. Graças às redes sociais, todos os dias
surge uma nova criação para temperar o mau humor que, por outro lado, impregnou
as postagens de boa parte dos dilmistas e dos aecistas.
E quando falo de humor não estou me referindo
aquelas bobagens que alguns amadores
jogam na rede imaginando que vai carrear mais votos para seu candidato. Me espanta,
por exemplo, que ainda se use a baboseira da ameaça comunista como
argumento. O medo é uma arma poderosa
para manipular a opinião pública e todos os tiranos modernos – vide Hitler – souberam usá-la com maestria, mas vamos
combinar que apelar para o comunismo- comedor- de -criancinhas é muito
retrocesso. Nem os cubanos acreditam mais. Do outro lado, os petistas deram grande destaque na semana
passada à manifestação de um intelectual bolivariano lamentando a possibilidade
de Aécio ganhar a eleição e o que isso representaria de nefasto para a América
Latina. Vai palpitar assim lá na Bolívia.
Mas o troféu besteirol campeão vai pra postagem que
compara os shows dos Beatles no Brasil na era tucana e depois no período
petista. Uma bobagem quase igual ao
orgulho de ter o apoio do Dani Glover,
como se a eleição fosse nos EUA. No caso dos Beatles achei que era brincadeira,
mas teve tanta gente curtindo e alardeando a diferença roqueira cultural dos
dois períodos, que pensei que tinha dado a louca no Facebook.
Sou mais as brincadeiras tipo aquela do apoio do
Mick Jaeger, conhecido pé frio, à Dilma , ou os votos conquistados pela presidente
a partir da declaração do cantor Lobão
de que vai deixar o Brasil se ela ganhar. Pode ser contra minha posição, aecista confesso e militante, mas não deixo de
achar engraçado e dar trânsito as sacadas de bom humor. Quanto as outras, só lamento que as bobagens
e a intolerância não escolham ideologia, nem lado.
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