sábado, 27 de julho de 2013

Teoria da Conspiração

No meu sobe e desce diário pelo Centro Histórico da cidade procuro atalhar por uma loja de confecção que tem escada rolante. Assim gasto menos energia, penso eu.  Mas é só colocar meus pezinhos na dita loja que o sistema de som do estabelecimento passa a alardear: “G7, G7, atenção ao RM18”. Na real pode não ser bem esta a mensagem, mas é com certeza um código que só os G7 dominam.

Suponho que os G7 e seus similares sejam funcionários da loja ou o pessoal da segurança. Isso porque minha suspeita é que de tanto frequentar a loja e suas escadas rolantes esteja sendo monitorado a cada passo. O chamado pelo sistema de som seria uma espécie de alerta contra um perigo iminente. Será que eles imaginam que o senhor de cabeça e barbas brancas possa ser um perigoso bandido, disfarçado de bom velhinho, mapeando diariamente o local para um futuro arrastão ou algo do gênero?

Pior é que fico com a mesma sensação quando frequento as lojas de shopping e os alto-falantes começam a transmitir essas mensagens cifradas. É comigo, penso. E, se logo após a mensagem, um atendente encosta-se a mim e se coloca à disposição aí mais se reforçam minhas suspeitas. Conspiração ou será um complexo de culpa inconsciente?

Teoria da Conspiração (também chamada de conspiracionismo) é qualquer teoria que explica um evento histórico ou atual como sendo resultado de um plano secreto levado a efeito geralmente por conspiradores maquiavélicos e poderosos, tais como uma "sociedade secreta" ou "governo sombra". Obrigado, Wikipédia.


A Teoria da Conspiração valeu pelo menos um bom filme de ação (Conspiracy Theory), estrelado em 1997 por Julia Roberts e Mel Gibson, ele no papel de um taxista de Nova York. Nos horários de folga, o taxista distribuia um boletim que informava as pessoas a existência de uma conspiração planejada por terroristas para assassinar políticos e pessoas influentes. Ai...não, não vou antecipar a história.

Quem me conhece sabe que não acredito em conspirações, nem mesmo da mídia contra os poderes estabelecidos, como defendem alguns colegas diante de matérias hostis.  No caso, prefiro debitar os desvios da mídia à imaturidade, ao desconhecimento ou ao relaxamento de quem apura as matérias, o que dá na mesma.  E culpar a mídia por tudo  é muito fácil e desculpa para incompetência, assim como é muito cômodo culpar os poderes públicos por todas as mazelas.  A banca paga e recebe, diria o outro.

Voltando ao tema central, reafirmo que me intriga cada vez  mais o comportamento das lojas. Esses recados estão infernizando minha vida. Se continuarem agindo dessa forma, vou deixar de consumir em tais estabelecimentos,  aliás, vou ficar só nas ofertas.  Pensando bem, a mensagem secreta pode ser essa: “G7, G7, lá vem aquele sujeito que só compra ofertas.  Olho nele!”.

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