Com o tempo tudo mudou e essa alegria forçada, esses votos de saúde e felicidade que não convencem, essas promessas que não correspondem a atos, essa harmonia que não se consuma, banalizaram os meus natais e lá já se vai mais de meio século. Ainda resiste a confraternização com muita gente em volta, mas há um quê de melancolia em tudo isso. Vai mais uma cerveja... aceita um salgadinho? Apesar de tudo, continua o meu mais profundo respeito, quase inveja, a quem dá sentido ao seu Natal e compartilha com seu próximo. Para mim são pessoas especiais.
Talvez eu possa
voltar a ser criança, gostar de Natal e acreditar de novo no Menino Jesus e no
Papai Noel. Deve ser realmente mágica e santificada a festa que faz brilhar os
olhos e encantar Maria Clara e Rafaela,
minhas netas adoradas. Os olhinhos
brilhantes e a alegria sem fim das pequenas são reprimendas ao velho descrente
e uma convocação para que comungue do mesmo encantamento em pelo menos uma noite. Vou me
esforçar crianças e, se assim for, será
uma noite feliz e o melhor de todos os natais .
Fosse eu o autor, seria acusado de piegas (por ti, naturalmente)...sorte minha que nao tenho esse talento e, obviamente, nao me submeto ao crivo dos amigos...
ResponderExcluirEsse Anônimo só pode ser o piegas do Pedro Macedo...
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