domingo, 7 de fevereiro de 2010

Midas redivido - segunda parte

(Recomenda-se ler a primeira parte)

A saída do banheiro esbarrou na estagiária do Departamento Jurídico e antes que pedisse desculpas foi arrastado pela moça para a sala do arquivo. O local era pouco freqüentado naquele horário e a moça, uma belezinha de 21 aninhos, não demorou muito para despir-se completamente e avançar sobre ele. Acuado e atônito, ele ficou sem reação e se deixou levar pela voracidade da parceira. Entre arquivos poirentos e pastas de documentos se entregaram a uma transa rápida mas intensa. Ao final, sem dizer uma só palavra, ela recolocou as roupas e, parecendo plenamente saciada, se despediu mandando beijinhos. “Que loucura foi essa”, ele se perguntou, enquanto recolhia suas roupas e tratava de se ajeitar minimamente para enfrentar o dia de trabalho.

O episódio logo se espalhou, não por iniciativa dele, mas porque a moça não resistiu em compartilhar as emoções do encontro transgressor, logo ela sempre tão recatada. O resultado é que ele passou a ser requisitado para experiências semelhantes por todo o naipe de estagiárias, dos Recursos Humanos às da Diretoria, passando pelo Marketing e os Serviços Gerais. A fama de garanhão corria solta e já não havia mais hora nem lugar vedado às peripécias sexuais. Sem dúvida era uma nova fase na vida dele e ele estava gostando, até porque seu horizonte de conquistas começou a se alargar.

As secretárias da Diretoria e de outros setores exigiram espaços na sua agenda e ele os concedeu com prazer. Eram moças e senhoras mais sofisticadas, algumas estonteantes, e dotadas de bons conteúdos, mas quem disse que elas queriam conversa? Tudo o que elas desejavam era desfrutar dos prazeres que ele proporcionava e para isso não poupavam recursos, proporcionando ótimos jantares, locações nos melhores motéis e viagens e maratonas sexuais nos fins de semana. Ele dava um jeito de atender a todas, inclusive de outras empresas, além das vizinhas e eventualmente de alguma desconhecida, já a fama estava cada vez mais disseminada por onde transitava.

Envolvido nesse reino de fantasias e prazer, ele já não questionava mais porque tudo aquilo estava acontecendo. Achava que devia se conceder o máximo desfrute, afinal, o que antes era obsessão e sonho, agora se tornara realidade. A única preocupação era manter distância de insinuações indesejadas, como a do diretor financeiro, gay assumido, que propôs trocar seus favores sexuais por um carro zero quilômetro. Aí já era demais.

Foi surpreendente também a investida da mulher do presidente da empresa, uma matrona plastificada dos seus 60 anos ou mais, que passou a persegui-lo de todas as formas e com todas as propostas. Não foi fácil desvencilhar-se dela, mas aos encantos da filha, uma loira descasada e desinibida beirando os 30, ele não resistiu, até para ter um ponto de apoio familiar na casa do presidente, caso a mãe, despeitada, resolvesse intrigá-lo com o presidente.

(continua)

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