terça-feira, 10 de março de 2020

Desafio ao empreendedores da Comunicação


* Publicado em 09/02/2020 em coletiva.net

O   Julio Ribeiro  é  da intrépida e restrita tribo dos jornalistas empreendedores. Está em boa companhia com a nossa publisher do Coletiva, a  Marcia Christofoli, o José Aveline da Revista Gool, o Ayres Cerutti e sua Programa, o Fernando di Primio da revista FreWay, que resistem às adversidades do mercado, mantendo seus produtos gráficos e, às vezes,  até lançando novos. E tem ainda o pessoal televisivo com suas produções independentes. Tiro meu chapéu pra  eles, eu que só arrisco mesmo  na edição dos meus livros que, felizmente, tem retornado o investimento e até deixado algum para a cervejinha do fim de semana.

Por isso, sempre que posso, elogio esta  turma e começo com o exemplo do Julio (sem acento, ele  informa), que edita as revistas Press e sua cara metade Advertising  e a nova Press Agrobusiness.  O Prêmio Press, que ele promove há 20 anos, é um sucesso a cada edição. Tenho participado como votante nos últimos anos e, na falta de uma melhor designação, entro na cota dos “decanos” (e eu ainda elogio o Julio!). O mais recente empreendimento do Julio é o programa Valvulados, que reúne na Rádio Press/web a cada semana uma dupla  de convidados que tenha afinidades. Na vez em que participei, fui honrado com a parceria do Cláudio Moretto, meu colega  de Rádio Gaúcha  no século passado. A versão feminina é o Campo&Batom, o programa da mulher rural brasileira, entrevistadas pela bela Alessandra Bergmann, que alia competência e charme à exímias performances no tango.

No Valvulados de 18/02 estavam presentes o ex-jogador e técnico Cláudio Duarte e o jornalista e vereador Joao Bosco Vaz, outro da tribo dos empreendedores com seu Encontro do Esporte, no Canal Bah. Sucede que tanto o Cláudio como o Bosco tropeçam na gagueira e me atrevi a sugerir ao Julio que trocasse o nome do programa para Gaguejados. Os dois participantes levaram a provocação numa boa e o máximo de retaliação foi me chamarem de “gaga”.

Pois, foi a partir desse episódio e de algumas refregas vistas nas redes sociais que fiz outra sugestão ao Julio, que vale como desafio também para os demais corajosos:  investir em programas temáticos quanto ao perfil dos convidados.  O primeiro seria o programa dos chatos, estes em número cada vez mais crescente entre nós, muitas vezes travestidos de  “politicamente corretos”.  Algo assim como Programa dos Malas, com o slogan “antes no ar do que ao lado de você”.

Outro segmento com potencial  seria o dos Maus Caráteres (Os Maucas) com sua variação dos Sem Caráter (Os Semca), que, no fundo, dá na mesma.  Claro que o Julio e eu elencamos uma série de conhecidos para participar de cada edição e, igualmente, do malario, mas nem sob tortura revelaremos os nomes. Tem ainda espaço para um programa dos Sem Noção, outro grupo que não para de se expandir.  E, por fim, poderíamos cruzar convidados, como os chatos reunidos com maucas num programa que intitularíamos de MalCarater.  

Garanto que todos os temáticos seriam um sucesso de audiência, embora reconheça a dificuldade de levar os convidados aos programas, mas isso é detalhe diante da grandeza e diversidade da proposta. Aliás, o Julio bem que poderia  criar novas categorias no Premio Press, como o Mala do Ano, o Mauca do Ano, o Maior Sem Noção, por aí. Certamente os mais votados não fariam campanha para serem agraciados na noite da premiação, mas isso também é detalhe.

Quem criticar essas ideias será considerado com grandes chances de receber convites  para participar de todos os segmentos. Como bônus, poderá ainda ser indicado como Mala do Ano.


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