* Publicado em 09/02/2020 em coletiva.net
O Julio Ribeiro é da
intrépida e restrita tribo dos jornalistas empreendedores. Está em boa
companhia com a nossa publisher do Coletiva, a
Marcia Christofoli, o José Aveline da Revista Gool, o Ayres Cerutti e
sua Programa, o Fernando di Primio da revista FreWay, que resistem às
adversidades do mercado, mantendo seus produtos gráficos e, às vezes, até lançando novos. E tem ainda o pessoal
televisivo com suas produções independentes. Tiro meu chapéu pra eles, eu que só arrisco mesmo na edição dos meus livros que, felizmente,
tem retornado o investimento e até deixado algum para a cervejinha do fim de
semana.
Por isso, sempre que
posso, elogio esta turma e começo com o
exemplo do Julio (sem acento, ele
informa), que edita as revistas Press e sua cara metade Advertising e a nova Press Agrobusiness. O Prêmio Press, que ele promove há 20 anos, é
um sucesso a cada edição. Tenho participado como votante nos últimos anos e, na
falta de uma melhor designação, entro na cota dos “decanos” (e eu ainda elogio
o Julio!). O mais recente empreendimento do Julio é o programa Valvulados, que
reúne na Rádio Press/web a cada semana uma dupla de convidados que tenha afinidades. Na vez em
que participei, fui honrado com a parceria do Cláudio Moretto, meu colega de Rádio Gaúcha no século passado. A versão feminina é o
Campo&Batom, o programa da
mulher rural brasileira, entrevistadas pela bela Alessandra Bergmann,
que alia competência e charme à exímias performances no tango.
No Valvulados de 18/02
estavam presentes o ex-jogador e técnico Cláudio Duarte e o jornalista e
vereador Joao Bosco Vaz, outro da tribo dos empreendedores com seu Encontro do
Esporte, no Canal Bah. Sucede que tanto o Cláudio como o Bosco tropeçam na
gagueira e me atrevi a sugerir ao Julio que trocasse o nome do programa para
Gaguejados. Os dois participantes levaram a provocação numa boa e o máximo de
retaliação foi me chamarem de “gaga”.
Pois, foi a partir desse
episódio e de algumas refregas vistas nas redes sociais que fiz outra sugestão
ao Julio, que vale como desafio também para os demais corajosos: investir em programas temáticos quanto ao
perfil dos convidados. O primeiro seria
o programa dos chatos, estes em número cada vez mais crescente entre nós,
muitas vezes travestidos de “politicamente
corretos”. Algo assim como Programa dos
Malas, com o slogan “antes no ar do que ao lado de você”.
Outro segmento com
potencial seria o dos Maus Caráteres (Os
Maucas) com sua variação dos Sem Caráter (Os Semca), que, no fundo, dá na
mesma. Claro que o Julio e eu elencamos
uma série de conhecidos para participar de cada edição e, igualmente, do
malario, mas nem sob tortura revelaremos os nomes. Tem ainda espaço para um
programa dos Sem Noção, outro grupo que não para de se expandir. E, por fim, poderíamos cruzar convidados, como
os chatos reunidos com maucas num programa que intitularíamos de MalCarater.
Garanto que todos os
temáticos seriam um sucesso de audiência, embora reconheça a dificuldade de
levar os convidados aos programas, mas isso é detalhe diante da grandeza e
diversidade da proposta. Aliás, o Julio bem que poderia criar novas categorias no Premio Press, como
o Mala do Ano, o Mauca do Ano, o Maior Sem Noção, por aí. Certamente os mais
votados não fariam campanha para serem agraciados na noite da premiação, mas
isso também é detalhe.
Quem criticar essas
ideias será considerado com grandes chances de receber convites para participar de todos os segmentos. Como
bônus, poderá ainda ser indicado como Mala do Ano.
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