terça-feira, 7 de agosto de 2018

Meu reino por um artigo.


* Publicado originalmente no Coletiva.net
Os encontros com a Márcia Christofali são sempre prazerosos. Já fui fonte – uma fonte ruim, de poucas  informações, reconheço  - quando ela era apenas  repórter do Coletiva.net.  Depois assumiu como publisher da revista digital, revelando um perfil empreendedor  que eu desconhecia quando fomos colegas de aula  no MBA de Comunicação Digital na Uniritter, cinco  anos atrás. Bons e divertidos tempos aqueles!

Agora, além de trocarmos amabilidades e informações sobre o mercado, a Márcia  invariavelmente me cobra nos nossos encontros “aquele artigo  que me prometeste”, sem que eu lembre de tal promessa, diferente da visita que prometi fazer à nova sede da empresa e que tenho protelado com as desculpas mais  descaradas  possíveis.

Quanto ao artigo exigido, provavelmente minha caríssima amiga superestima a capacidade criativa deste articulista e cronista ocasional. É quando confesso que tenho uma inveja infinita desses autores prolixos e talentosos do cotidiano, os  colunistas de jornal.  Invejo, por exemplo,  as sacadas do   David Coimbra de  fazer de um acontecimento corriqueiro uma crônica a ser aplaudida, a exemplo  do mestre Luiz Fernando Veríssimo,  quando  não está defendendo aquele pessoal da cadeia. Não tenho economizado elogios ao meu amigo e vizinho Nilson Souza, que voltou à ativa na ZH com seus textos inspiradores. Ah, gosto também do estilo polêmico do Juremir  e não deixo de ler no Coletiva as colunas do Marino Boeira  e do  Fraga.

Lá no Brasil, o Nelson Motta  está em grande fase  e dia desses deparei com um texto do Tostão sobre Neymar que não resisti e repiquei na minha timeline do Face, com a confissão de toda a minha inveja diante da erudição sem afetação do ex-craque da bola e agora das melhores ideias. Vale  anotar que mesmo dessas mentes superiores já ouvi e li reclamos das dificuldades que, com frequência, enfrentam para parir um texto publicável.

Então, o  que resta pra mim,  um mero operário da palavra? Sou um jaguara dos escritos, que tenta se comunicar por meio das redes sociais -  meu parque de diversões -, e do  blog ViaDutra (viadutras.blogspot.com), onde, a duras penas, publico textos de maior fôlego e, eventualmente, aquelas bobagens que, a bem da verdade, são as que  mais  repercutem.

Com esforço concentrado e ajuda de alguns parceiros de fé consegui até produzir três livros (“Crônicas da Mesa ao Lado”, “Dueto”, junto com Indaiá  Dillenburg e “A Maldição de Eros  e Outras Histórias”) e participar de uma coletânea, o livro “DezMiolados”. Isso graças  a reedição dos textos originais publicados no blog. A obra mais recente, “A Maldição de Eros  e Outras Histórias” contem cinco contos, mais um conjunto de minicontos e de 11 crônicas. O  lançamento será no Chalé  da Praça 15, no próximo dia 21, a partir das 18 horas. Chega lá. Não  me deixem só, até porque preciso recuperar o investimento.

(Promessa cumprida,  Márcia.)

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