*Publicado em 24/06/2019 em coletiva.net
Semana passada tratei aqui da burocracia que nos aflige
também nos serviços privados. Hoje enveredo pelas chamadas relações de consumo
e, claro, tenho queixas, ou melhor, certas implicâncias.
Sou um consumidor tipicamente comum: pesquiso preços, gosto
de ofertas e não tolero filas. Assim, me sinto autorizado a dar alguns recados
a partir das situações vividas no comércio em geral,
Dia desses entrei na filial Panvel do edifício Santa Cruz
na rua da Praia e, além de precisar tirar ficha e esperar ser chamado, apenas
uma pessoa fazia o atendimento atrás dos balcões, enquanto outras
quatro tratavam de arrumar as prateleiras, com especial atenção à
ala dos cosméticos. Claro que preferi comprar meu
´produto na São João no outro lado da rua, que não tem fichas e conta com gente
suficiente para atender de imediato todos os que entram no
estabelecimento.
A propósito, naquela quadra entre a General
Câmara e a Uruguai existem pelo menos seis farmácias, algumas da
mesma bandeira. Por isso, aí vai minha primeira recomendação aos
empresários do ramo: a oferta de farmácias é tanta que fichas para
atendimento e desatenção com os clientes é o caminho mais curto para
afugentá-los.
Outra situação que me incomoda é o hábito de empurrar remédios
a mais do que o solicitado. Na São João ocorre com frequência, assim como
aqueles descontões para levar mais de uma caixa do mesmo produto. Esses
procedimentos ligam o meu desconfiometro sobre a integridade do
estabelecimento.
Outra situação comum que incomoda este veterano consumidor
: o oferecimento dos cartões de lojas ou similares com anuncio de descontos na
primeira compra. Naquela rede de supermercados mal me aproximo das caixas e as
Kleten, as Darieleen e as Prithiely já
perguntam: “Vai pagar com Cartão Zaffari?”, mesmo que seja um assíduo
frequentador dos mesmos pontos, com as
mesmas moças e sempre pagando no cartão de débito, o pessoal ou o da firma.
Quando pergunto nas lojas para o que serve mesmo os
cartões, além do desconto inicial, o pessoal das caixas me olha estupefato como
se estivesse cometendo um crime de lesa-comércio e me falam de prazos
alongadíssimos para pagar as prestações, mesmo que eu insista que,
preferencialmente, pago à vista. Aliás, as longas filas nos caixas
das lojas é também uma boa maneira de irritar e perder clientes. Não
dá pra entender que até na hora de receber a grana impere a
burocracia.
Em se tratando de filas, nada supera os
supermercados BIG, com direito a resenhas das operadoras de caixas e
empacotadores – nos poucos terminais com
empacotadores – sobre rusgas internas, injustiças nas escalas de
trabalho, acontecimentos familiares e até desavenças matrimoniais. Já ouvi histórias que dariam, pelo menos, um
curta metragem. Menos mal que a maioria é bem atenciosa,
especialmente o pessoal beirando a terceira idade que, em boa hora,
está recebendo oportunidades nessas funções.
Enfim, como diria aquele colunista do prestigiado
jornal, não há o que não haja nas relações de consumo.
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