A gamação de jovens alunos por suas professoras é fato
comprovado e mais real e intenso quanto
mais jovem for a professora e mais taludo for o estudante. Usei o termo gamação, das antigas, porque o
fenômeno não é novo. A recíproca -
professora com aluno – também é verdadeira e até filme já foi produzido com
essa temática. O premiado Notas sobre um
escândalo (2005), protagonizado pela bela e talentosa Cate Blanchett, conta
a história de uma jovem professora que vive um romance secreto com um dos seus alunos, até serem descobertos por outra
professora, interpretada por Judi Drech.
Pois, meu amigo Rossano viveu uma experiência
semelhante com sua professora de Inglês do ensino médio. O caso se deu numa pequena cidade do interior
e, diferente do filme em que o romance virou escândalo, a única testemunha é um
amigo de fé, que mantém até hoje um silêncio obsequioso sobre o assunto, embora
faça insinuações cada vez que se encontram.
É importante explicar também que os finalmente entre aluno e professora
ocorreram poucos anos depois dos tempos em que ambos frequentavam a mesma sala
de aula, na escola pública da comunidade. Naquela época, o garoto se encantava com a
jovem e charmosa professora, o que, aliás, não era privilégio só dele, porque a
moça merecia homenagens de toda a gurizada da classe. A mestra, porém, dedicava especial atenção ao
Rossano, que era um dedicado aluno de Inglês. Anos depois, é com uma ponta de
emoção que ele relembra a abordagem que virou episódio:
- Era um fim de festa e eu, ao contrário de outros
fins de semana, não havia pegado ninguém. Aí avistei a professorinha, junto com
outra moça e um amigo. Eu já havia bebido um pouco além da conta e tomei
coragem para encarar a professora. Foi o
que fiz.
Para alegria do Rossano, a jovem senhora, com seus 35
anos, descasada e muito competitiva, não o dispensou. Foi seu erro, ou seu acerto. Rossano tanto insistiu que conseguiu
arrastá-la para tomarem uma ultima bebida e da mesa partiram para a cama, na
casa dele, após um ultimato irrecusável (“Essa é a nossa hora, vamos!”) do
jovem.
- Olha, eu estava com 20, 21 anos e nessa altura da
vida já tinha uma boa experiência sexual, mas o que a professora fez comigo foi
uma pós graduação! Parecia faminta de sexo!–
conta Rossano, agora visivelmente excitado com a lembrança,
Mas não revelou
outros detalhes da transa, além da novelesca “faminta de sexo ”, apenas alusões do tipo “ela era professora de
língua...”
Voltando no tempo, lembrou que a manhã já ia alta
quando despertaram e, papo vai, papo vem, Rossano descobriu que a professora
tinha entre as alunas a namoradinha de ocasião dele, uma recatada jovem dos
seus 17 aninhos, que jamais imaginaria as escapulidas de fim de semana do seu
amado parceiro, o que dirá um affair
com a mestra dos conhecimentos linguísticos.
A descoberta provocou uma inesperada reação da
professora;
- A Fulana, é? Ela nem é tudo isso -, o que soou como
um “sou mais eu”.
A verdade é que professora e ex-alunos não voltaram a
se encontrar nas mesmas circunstâncias. Rossano mudou de ares, virou homem
sério, comprometido e fidelíssimo, mas jamais esqueceu a maneira como a
professorinha tratou sua aluna na conversa pós-transa:
- Era como se já estivesse competindo. Como explicar isso?
Também não tive resposta à indagação. Pensando bem, cabeça
de mulher é coisa muito complexa, ainda mais quando está em disputa contra uma
competidora mais jovem. Aí, pelo que deduzi, só a experiência acumulada para
fazer frente à juventude. E uma professora de língua tem uma vantagem a mais.
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