A professora chegou ao bailareco lá no Interior, acompanhada de uma
amiga, avaliou o ambiente e logo achou o
que procurava:
- Olha lá aquele bonitão-tudo-de-bom, amiga. Será que eu tenho chance com ele?
Foi empatia à primeira vista. Parece que ele
ouviu a pergunta, em seguida encostou
na dupla e convidou a professora
para dançar. Rodopia daqui,
rodopia dali, a professora ficou cada
vez mais encantada. Além de tudo, o
bonitão-tudo-de-bom dançava bem e não escolhia ritmo.
No intervalo das dancinhas, afinal, ele buscou
estabelecer o diálogo com a parceira:
- Tivemo sorte, né, peguemo só musica das boa.
- Peguemo e
já larguemo,- atalhou a moça, deixando o
bonitão-tudo-de-bom apalermado no meio do salão.
À amiga explicou que, como professora, não podia
compactuar com aquela afronta à língua pátria, mesmo vindo de um bonitão-tudo-de-bom.
*Gratos, Dilan.
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