*Publicado nesta data em coletiva.net
Da série perguntas que não querem calar: o que é feito
do Second Live, jogo criado em 2003 que chegou a bater 1 milhão de visitas por
mês? Definida na época como uma “revolução online”, mas com problemas de monetização
e segurança para os usuários, entre outros, praticamente sumiu. Pergunta que
não quer calar 2: o Metaverso, uma espécie de sucedâneo do Second Life, estaria
condenado a repetir esse fracasso? A expectativa é que a plataforma seja uma
versão bem melhor, afinal a tecnologia avançou, só que já não se ouve mais
falar sobre o Metaverso como a solução capitalista capaz de gerar emprego,
renda e novos mercados.
Não sou um especialista em inovação tecnológica, porém,
um observador atento do que se publica na mídia e se posta nas redes sociais
sobre o assunto. Agora, por exemplo, observo
uma insistente campanha de descrédito sobre o futuro do carro elétrico,
sobretudo em nosso país com sua carente infraestrutura. Os problemas apontados vão do tempo necessário
para a recarga do veículo e a consequente autonomia, passando pelo uso da
bateria de lítio que dependeria de fontes poluentes para ser recarregada, mais o
custo elevado de aquisição e manutenção. Ou seja, atualmente, o carro elétrico é
despesa e não investimento.
Fico pensando, entretanto, se as críticas contundentes
ao carro elétrico, uma realidade cada vez mais presente na Europa, não escondem
interesses outros, como o das petroleiras ameaçadas de perder mercado. Mas é só
uma suspeita. Fica a pergunta que não
quer calar 3: o carro elétrico vai pegar e ser uma solução de mobilidade?
São apenas três exemplos de modernidades que não deram
certo ou são contestadas. Olha que nem enveredei para o maravilhoso mundo
novo prometido pela Inteligência Artificial, a desafiar os futurólogos e
preocupar os pobres mortais, que fazem também a pergunta que não quer calar:
como tudo isso vai impactar nas suas vidas?
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