* Publicado nesta data em coletiva.net
Amigo e parceiro de
outras jornadas manda mensagem perguntando: “Goiabaste?”. A pergunta tem a ver
com o texto Assinatura Fugidia, publicado
aqui em coletiva.net. Nele, confesso
que, às vezes, sofro bloqueios para
repetir minha assinatura original e os problemas que isso ocasiona. O
questionamento que faço é: por que a
saborosa goiaba é associada à distração, esquecimentos, bobagens, ou à manifestações de burrice explicita?
Admito que me enquadro em
todos as acepções de goiabice. A fama de minhas desventuras operacionais e
comportamentais corre a família, tanto assim que minha neta Livia, atrevida nos
seus 5 aninhos, não hesita em afirmar: “O vô é ameixa!”. Talvez porque não aprecie a goiaba, a guria
optou por outra fruta mais a seu gosto, o que me leva ao limite de virar um
pomar, ou uma salada de frutas. Que abacaxi.
Na verdade, é preciso que
se reabilite a goiaba, tão vilipendiada em significados fora da fruticultura.
Trata-se de uma fruta rica em fibras,
antioxidantes e outros nutrientes, como as vitaminas A, B e C. Ajuda a melhorar
a saúde gastrointestinal, aumentar as defesas do organismo, favorecer a
perda de peso e promover a saúde da pele.
Todos
os benefícios da goiaba são devido às suas propriedades antioxidantes,
antidiabéticas, anti-hipertensivas, anti-inflamatórias, analgésicas,
hipocolesterolêmicas, antiespasmódicas, antimicrobianas e adstringentes. São
tantos benefícios que fico a pensar se a goiaba não seria o verdadeiro fruto
proibido do Éden, ao invés de maçã. Faz sentido porque a psidium guajava,
nome cientifico da fruta,
possui um significado simbólico em diversas culturas ao redor do mundo. É
associada, por exemplo, à fertilidade, abundância e prosperidade. Além disso, a goiaba também é considerada um
símbolo de amor e romance, sendo frequentemente utilizada em rituais de
casamento e celebrações de união.
Depois dessa criteriosa pesquisa, já não me sinto insultado
ao ser chamado de Goiaba, sem contar que a menção a ela remete aos melhores
momentos da minha infância e juventude, quando escalava a goiabeira no pátio da
morada dos Dutras e comia o fruto já maduro, recém, colhido. Até proponho, como
desculpa e reparação pelas aleivosias feitas até agora, que juntos brademos: “Somos todos Goiaba!”. Ou “Ameixa”, para
contentar minha neta.
Só que continuo sem saber porque a goiaba é
associada a caduquices em geral.
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