* Publicado originalmente no Coletiva.net
Os encontros com a Márcia Christofali são sempre
prazerosos. Já fui fonte – uma fonte ruim, de poucas informações, reconheço - quando ela era apenas repórter do Coletiva.net. Depois assumiu como publisher da revista digital, revelando um perfil empreendedor que eu desconhecia quando fomos colegas de
aula no MBA de Comunicação Digital na
Uniritter, cinco anos atrás. Bons e
divertidos tempos aqueles!
Agora, além de trocarmos amabilidades e informações
sobre o mercado, a Márcia
invariavelmente me cobra nos nossos encontros “aquele artigo que me prometeste”, sem que eu lembre de tal
promessa, diferente da visita que prometi fazer à nova sede da empresa e que tenho
protelado com as desculpas mais
descaradas possíveis.
Quanto ao artigo exigido, provavelmente minha
caríssima amiga superestima a capacidade criativa deste articulista e cronista
ocasional. É quando confesso que tenho uma inveja infinita desses autores
prolixos e talentosos do cotidiano, os
colunistas de jornal. Invejo, por
exemplo, as sacadas do David Coimbra de fazer de um acontecimento corriqueiro uma crônica
a ser aplaudida, a exemplo do mestre
Luiz Fernando Veríssimo, quando não está defendendo aquele pessoal da cadeia.
Não tenho economizado elogios ao meu amigo e vizinho Nilson Souza, que voltou à
ativa na ZH com seus textos inspiradores. Ah, gosto também do estilo polêmico
do Juremir e não deixo de ler no
Coletiva as colunas do Marino Boeira e
do Fraga.
Lá no Brasil, o Nelson Motta está em grande fase e dia desses deparei com um texto do Tostão
sobre Neymar que não resisti e repiquei na minha timeline do Face, com a
confissão de toda a minha inveja diante da erudição sem afetação do ex-craque
da bola e agora das melhores ideias. Vale
anotar que mesmo dessas mentes superiores já ouvi e li reclamos das
dificuldades que, com frequência, enfrentam para parir um texto publicável.
Então, o que
resta pra mim, um mero operário da
palavra? Sou um jaguara dos escritos, que tenta se comunicar por meio das redes
sociais - meu parque de diversões -, e
do blog
ViaDutra (viadutras.blogspot.com), onde, a duras penas, publico textos de maior
fôlego e, eventualmente, aquelas bobagens que, a bem da verdade, são as
que mais
repercutem.
Com esforço concentrado e ajuda de alguns parceiros de
fé consegui até produzir três livros (“Crônicas da Mesa ao Lado”, “Dueto”,
junto com Indaiá Dillenburg e “A
Maldição de Eros e Outras Histórias”) e
participar de uma coletânea, o livro “DezMiolados”. Isso graças a reedição dos textos originais publicados no
blog. A obra mais recente, “A Maldição
de Eros e Outras Histórias” contem cinco
contos, mais um conjunto de minicontos e de 11 crônicas. O lançamento será no Chalé da Praça 15, no próximo dia 21, a partir das
18 horas. Chega lá. Não me deixem só,
até porque preciso recuperar o investimento.
(Promessa cumprida,
Márcia.)
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