Estou me sentindo extremamente rejeitado pelo naipe feminino, inclusive no âmbito familiar. Ocorre que ao tentar dar seguimento a minha incipiente carreira de escritor tenho buscado uma parceira para dividir uma obra que já tem até título – Dueto – mas nenhuma adesão. A rejeição começou com minha filha Mariana, considerada o melhor quadro literário da família, mas, na mesma medida, muito restritiva em dividir espaços e conteúdos, ainda mais com alguém metido a cronista com forte viés politicamente incorreto.
Eu devia pressentir que a negativa dela era um mau presságio. Se nem os mais próximos confiam, o que esperar do mundo lá fora? Vou deserdar a ingrata e, sem esmorecer, continuo com a busca, que segue infrutífera. Até já anunciei em programa de TV, todo exibido, que estava bem encaminhada uma nova parceria que, entretanto, não se consumou porque a talentosa autora está envolvida com outras prioridades no momento. Apelei para outra alternativa que se mostrava promissora, mas que não demonstrou muito entusiasmo com a empreitada.
Mais uma tentativa e uma conversa animadora, regada a expressos, e a bela e qualificada quase futura parceira acabou também desistindo por incompatibilidade de estilos, segundo ela própria, que recebe o meu respeito pela decisão.
Ou seja, continuo na estaca zero e com aquele sentimento de rejeição, que nem um tinto encorpado consegue minimizar.
Só me resta a inveja do pessoal da Farol 3 Editores, o Auber Lopes de Almeida e o Paulo Palombo Pruss, que conseguiram não uma mas dez mulheres, cada uma com quatro crônicas, para o livro DezMioladas, a ser lançado dia 6 de maio. Vou lá pra fazer um apelo: não me deixem só
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