Militei (gosto do termo) mais de 25 anos na chamada
crônica esportiva. Comecei na Zero Hora, passei pela Folha da Tarde, trabalhei na
Rádio e TV Difusora (hoje Band), nas rádios
Guaíba e Gaúcha, duas vezes em cada veículo e encerrei esse ciclo na RBS TV/TVCom.
Fui repórter e editor de jornal, editor e coordenador de rádio e TV, mas nunca
me aventurei no microfone nem no vídeo. Achava que não tinha perfil pra isso, o
que foi uma bobagem porque até a desenvoltura diante do público a gente
aprende. Mas preferi me especializar nas ações da retaguarda da operação que
envolve a cobertura esportiva, no dia a dia e nos grandes eventos. Muito me orgulho também de ter atuado por um
bom período na Associação Gaúcha de Cronistas Esportivos (Aceg), da qual só não
fui presidente.
Aprendi muito neste período, até porque tive mestres
inspiradores. Gente como o Armindo Ranzolin, um gigante ao qual presto meu reconhecimento;
ao Ari dos Santos, que parecia ter a fórmula das polêmicas; e nos jornais meu
guru Nilson Souza e um grande editor, ao qual devo minha reciclagem, o Emanuel
Mattos. Claro que aprendi muito com outros companheiros e pra mim o aprendizado
é permanente, mas faço questão de destacar os quatro profissionais porque
realmente representaram muito na minha carreira. E em nome deles saúdo todos os
que fazem da cobertura do esporte sua vocação e missão no jornalismo neste 8 de
dezembro em que se celebra o Dia do Cronista Esportivo.
Comemorado no mundo inteiro, registros nada
confiáveis creditam a data a Aulus Lépidis, que seria o primeiro cronista
esportivo ao descrever num 8 de dezembro
um duelo entre escravos e leões no jornal
Acta Diurna, de Roma. Aulus acabou ele
mesmo devorado por animais famintos, jogado às feras por Marcelus Brunos, o
domador dos leões, cuja esposa teria um caso amoroso com o primeiro mártir do
jornalismo esportivo., que coisa, hein!
Fico pensando em como essa história seria contada
pela imprensa esportiva da época e tenho certeza de seria uma cobertura ágil,
detalhada, emocional e opiniática, com muita adrenalina, portanto, porque esses atributos – positivos ou
negativos – fazem a essência da atividade. A verdade é que a crônica esportiva
já nasceu sob o signo da controvérsia e isso é inevitável em se tratando de uma
editoria que envolve competições e rivalidades – vide o nosso Grenal.
Não conheço cronista esportivo que não seja
apaixonado por seu trabalho e aos que ficaram e aos que virão meu
reconhecimento e um abraço parceiro. Boa adrenalina pra vocês!
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