*Publicado nesta data em coletiva.net
- A disputa presidencial
foi entre duas seitas: o Bolsonarismo com “Deus Acima de Tudo” e o Lulismo com
“Ele Voltará”.
- Constatação: os resultados foram vitória da política
e não do marketing político.
- Louve-se o esforço dos lulistas para não parecerem
surpresos com os resultados; registre-se
o sorriso, como se fossem vencedores, dos bolsonaristas.
- Idem no RS entre Eduardo Leite e Edegar Pretto...
- Reversão de expectativas: vitória de Bolsonaro no
Sudeste e de Lula no Norte. No caso, vantagem para Bolsonaro.
- Lula vitorioso no exterior; na Venezuela deu
Bolsonaro.
- Bolsonaro fez bancada no Senado, centro de
importantes decisões, inclusive no enfrentamento do STF.
- Os grandes derrotados foram - de novo – os
principais Institutos de pesquisa.
- A explicação para a
distorção dos dados das pesquisas em relação à realidade pode ser o voto
constrangido à direita e à esquerda, que as pesquisas não captam.
- Mas como explicar o tal Intervalo de Confiança das
pesquisas eleitorais? As pesquisas que erram e as que acertam tem os mesmos 95%
de confiança.
- Que Intervalo de Confiança mais inconfiável !
- Já os analistas televisivos fazem um esforço danado
para explicar as distorções das pesquisas.
- As votações da Simone Tebet e do Ciro Gomes mostram
que estava certo quem afirmou que a terceira via era mais anseio da mídia e não
do eleitorado.
- -Não adianta brigar com os números: o bolsonarismo elegeu ex-ministros e deputados
em todos os estados e todos com grande votações.
- E brigar com Bolsonaro também não ajuda: que o digam
ex-aliados como Mandetta, Weintraub e outros bem menos votados.
- As urnas resgataram a Lava Jato com a eleição de
Sérgio Moro e Dallagnoil no Paraná.
- O voto também pune:
velhas lideranças como Requião, Álvaro Dias e Romero Jucá foram
sepultadas.
- O voto pune também os partidos. O que é o
encolhimento do PSDB! E do PTB, do PDT...
- Toda a
campanha tem seu candidato folclórico, como
o Eneás e o Cabo Dalciolo. Desta vez foi o Padre Kelmon, figura tão
bizarra e fake que vai virar cult.
- Já pela persistência, Eymael merecia um mandato; e
Ciro a aposentadoria.
- O custo
do voto: cada voto de Lula custou R$ 1,59 (gasto de campanha de R$
91.210.452,00 /57.210.752 votos); Bolsonaro ficou em 0,82 (R$
42.347.391,39/51.060.265 votos).
- O voto
mais caro foi o dos eleitores da SoraIa: R$ 57,06 (R$ 34.273.440,72/ 600.637
votos)
- Que susto, pra não usar uma palavra mais chula, do Edegar Pretto no Eduardo Leite: a
diferença entre eles foi de apenas 2.491 votos, que não elegeria nem vereador
em Porto Alegre.
- A votação do centrista Leite indica que ele foi
vítima da polarização esquerda x direita que tomou conta do país.
- Quem os petistas vão apoiar aqui no segundo turno?
- Mas não
adianta acordo entre caciques se
o eleitor decidir o contrário.
- O Pretto eleito foi o Adão, que herdou o nome do pai
e concorreu a deputado estadual.
- Gestos símbolos de campanha: arminha de Bolsonaro, o
L de Lula e os dedos nodosos do Olivio.
- Mas, como os jingles, só funcionam para a própria
militância
- O carismático Olivio já perdeu para o Lasier e agora
para o Mourão em disputas para o Senado.
- O voto útil para o Senado funcionou no RS e elegeu
Mourão.
- Agora
vem a campanha para valer. Primeiro turno foi aquecimento. Fortes emoções pela frente.
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