Quando fico diante da urna sempre me
questiono se estou fazendo as escolhas corretas. São segundos de avaliação, de
mergulho nas minhas crenças e valores e aí, reconfirmado, cumpro o meu dever com firmeza. Passei
aos meus filhos a idéia da importância do voto e, salvo alguma trairagem que
desconheço, temos votado alinhados. Isso desde a primeira eleição direta
para a presidência em 1989, quando o presidente de mesa concordou que eles me
acompanhassem a cabine e marcassem, cheios de orgulho, o x por mim (Covas
no primeiro turno; Lula no segundo).
Perdi naquela eleição e amarguei outras
derrotas, mas celebrei muitas vitórias, porque essa é a essência do jogo
democrático, cujo processo eleitoral é um dos instrumentos.
Agora preparo-me para mais uma ida a
escolinha da minha seção para depositar meu voto em Ana Amélia Lemos para o governo
estadual e Aécio Neves para a presidência da República. São votos bem conscientes,
de clara oposição a quem está no poder, mas nem por isso vou desconstituir as preferencias
que não coincidem com as minhas. Só espero que a recíproca seja verdadeira para
que não fique a má impressão de uma campanha eleitoral mais odienta e menos
propositiva.
E que ao final do dia, quando a verdade
das urnas se sobrepor às pesquisas e às teses, possamos repetir a afirmação bíblica:
“Combati um bom combate”.
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