O que te espera não é propriamente o paraíso, mas tem gente boa por aqui e ansiosa por tua chegada. Teus pais, tão diferentes diante da vida, tão geniosos e geniais e tão iguais no imenso amor a ti, são garantias de que teus sonhos não serão utopias. Tua avó é uma doce criatura e outro porto seguro, só cuida para ela não te mimar demais. Teu avô é um tanto inconveniente, mas é do bem e podes confiar nele. E os teus tios, rabugices à parte, são jóias raras e serão uma fonte permanente de aprendizado. Há outros membros na família e podes desde já adotar como parentes, porque os cães e os gatos de nosso convívio são companheiros incondicionais de toda a hora. A raiz é boa e forte e a terra fértil. E raiz boa e forte em terra fértil gera frutos fortes e generosos. E assim serás.
*Maria Clara, filha da Flavinha e do Rodrigo, chega em janeiro
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Discrição é tudo - final
*Recomenda-se ler a postagem anterior de Discrição é tudo
Às vezes até mesmo o mais cuidadoso infiel acaba sendo descoberto em pleno dolo. Foi o que aconteceu com M., gerente de uma transportadora, que reuniu condições para uma escapada de fim de semana com a secretária, dona A., moça ajeitadinha mas uma boa bisca. Era início de outono e ele escolheu um hotel charmoso numa pequena praia no litoral norte para os dois dias de sonho. Estava certo de que não encontraria nenhum conhecido. Por isso, tão logo chegou ao local decidiu dar um passeio romântico com a acompanhante na beira da praia, mãozinhas dadas, preparando o clima para os grandes momentos que viriam.
No meio do passeio, a surpresa e o primeiro susto: um ônibus despejava pessoas, com sacolas, bóias, engradados de cerveja, churrasqueiras portáteis, instrumentos musicais e até uma ou duas pranchas de isopor. Era o pessoal do depósito da transportadora, que decidira excursionar, justo naquele dia e naquela praia, para aproveitar os últimos resquícios de calor. A turma da firma se fazia acompanhar das esposas, filhos, sogras, sobrinhos, vizinhos de uns e de outros e um grupo inteiro de pagode.
O gerente e a secretária estacaram diante daquela autêntica farofada outonal. Descobertos pelos subalternos, alguns já turbinados pelo trago, viraram motivo de brincadeiras. “Aí, hein, chefia. Tá bem na foto com a dona A”, e outras inconveniências. O fim de semana acabou ali para o casal de amantes. A carreira da dona A na empresa também e logo ela estava na fila do SINE, em busca de novos desafios. Nosso gerente, como um cachorro ovelheiro, não desistiu de empreender novas conquistas, mas agora prefere levá-las para as cidades serranas, que os farofeiros ainda não descobriram.
Agora vou dar a real pra vocês: de nada vai adiantar a discrição, a cautela e as artimanhas para manter o relacionamento em segredo. Um dia os amantes serão vistos juntos, o caso virá a tona e vai se espalhar como rastilho de pólvora. Então, enquanto isso não acontece, siga o conselho da Marta Suplicy: relaxa e aproveita.
Às vezes até mesmo o mais cuidadoso infiel acaba sendo descoberto em pleno dolo. Foi o que aconteceu com M., gerente de uma transportadora, que reuniu condições para uma escapada de fim de semana com a secretária, dona A., moça ajeitadinha mas uma boa bisca. Era início de outono e ele escolheu um hotel charmoso numa pequena praia no litoral norte para os dois dias de sonho. Estava certo de que não encontraria nenhum conhecido. Por isso, tão logo chegou ao local decidiu dar um passeio romântico com a acompanhante na beira da praia, mãozinhas dadas, preparando o clima para os grandes momentos que viriam.
No meio do passeio, a surpresa e o primeiro susto: um ônibus despejava pessoas, com sacolas, bóias, engradados de cerveja, churrasqueiras portáteis, instrumentos musicais e até uma ou duas pranchas de isopor. Era o pessoal do depósito da transportadora, que decidira excursionar, justo naquele dia e naquela praia, para aproveitar os últimos resquícios de calor. A turma da firma se fazia acompanhar das esposas, filhos, sogras, sobrinhos, vizinhos de uns e de outros e um grupo inteiro de pagode.
O gerente e a secretária estacaram diante daquela autêntica farofada outonal. Descobertos pelos subalternos, alguns já turbinados pelo trago, viraram motivo de brincadeiras. “Aí, hein, chefia. Tá bem na foto com a dona A”, e outras inconveniências. O fim de semana acabou ali para o casal de amantes. A carreira da dona A na empresa também e logo ela estava na fila do SINE, em busca de novos desafios. Nosso gerente, como um cachorro ovelheiro, não desistiu de empreender novas conquistas, mas agora prefere levá-las para as cidades serranas, que os farofeiros ainda não descobriram.
Agora vou dar a real pra vocês: de nada vai adiantar a discrição, a cautela e as artimanhas para manter o relacionamento em segredo. Um dia os amantes serão vistos juntos, o caso virá a tona e vai se espalhar como rastilho de pólvora. Então, enquanto isso não acontece, siga o conselho da Marta Suplicy: relaxa e aproveita.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Discrição é tudo - primeira parte
Ao contrário do que prega a clássica anedota da Sharon Stone náufraga, que recompensa seu Crusoé moderno, que depois pede a ela para se vestir de homem e dar uma volta pela ilha, etc. etc, etc., a discrição é o segredo para curtir um relacionamento transgressor por muito tempo. A recomendação vale especialmente se esse relacionamento for entre colegas. Em texto anterior (A Festa da firma) já nos debruçamos sobre as relações perigosas no ambiente de trabalho, mas omitimos a importante lição ensinada pelos mais credenciados especialistas no tema. Falha nossa.
Os mestres, moldados por muitas batalhas, são veementes na condenação do que poderíamos resumir por “se não for para espalhar, qual é a graça?”. Os homens têm obsessão em vitaminar seus currículos com histórias de grandes e pequenas conquistas. E para a maioria interessa mais a quantidade que a qualidade, embora as Sharon Stones da vida (você pode trocar por Angelina Jolie, Gisele Bundchen, uma ex-BBB ou outra celebridade qualquer) mereçam figurar na comissão de frente nas histórias contadas em mesas de bar. Só que não há tantas Sharon Stones disponíveis e muitas moças e senhoras só aparecem como tal por efeito de uns copos a mais na hora da conquista, ou no relato, ligeiramente exagerado, aos amigos. Todas ganham status de “verdadeiras Deusas” e na real, sabemos que não é bem assim. Mas não estamos aqui para julgar as atitudes dos parceiros ou fazer juízo de valor sobre as mulheres de suas vidas.
O que importa é que seja aprendida a lição de que a discrição é fundamental. O mínimo que aquele seu casinho no escritório espera é ser preservada diante do grupo de trabalho.
Há que ter cuidado com as armadilhas. Não faça como S., premiado publicitário que se apaixonou pela garota da Mídia e para agradar ao novo amor aceitou o convite para um cineminha, sexta-feira à noite, num movimentado shopping da cidade. Ele não contava que todo o pessoal da agência também estava com disposição para freqüentar o shopping naquela sexta-feira. O flagra foi inevitável e constrangedor, com sérios desdobramentos na vida profissional e familiar de ambos. Faltou dizer que os dois eram casados.
Um flagrante assim gera falatório, queima o seu filme e da sua acompanhante. Homem não dá muita importância a isso, acha que a fama de pegador é positiva, mas as mulheres detestam o ti-ti-ti e rejeitam ser vistas como “a outra”. Pessoa que já transitou por essas crônicas acrescenta que as mulheres até não se importam de serem a outra e ele chegou a essa conclusão quando foi abordado por uma conhecida com a seguinte sentença:
- Eu quero ser a outra da tua vida.
O exemplo pode legitimar a tese, mas ela precisa de adendo – desde que não seja identificada publicamente como a outra e fique tudo apenas entre as duas partes interessadas. Algumas mulheres até se expõe no limite do aceitável. A propósito, circulou recentemente no território livre da Internet, o acontecido com um executivo que estava de casamento marcado - e provavelmente não tratou da questão com a devida atenção - e foi surpreendido com uma faixa estampada em frente a sua casa, no dia do enlace.
- “Fulano, eu vou ao teu casamento. Assinado: a Outra”.
Imaginem agora como foi a cerimônia para esse pobre coitado. Quem tiver informações dos desdobramentos do caso, por favor, me repasse.
(continua)
Os mestres, moldados por muitas batalhas, são veementes na condenação do que poderíamos resumir por “se não for para espalhar, qual é a graça?”. Os homens têm obsessão em vitaminar seus currículos com histórias de grandes e pequenas conquistas. E para a maioria interessa mais a quantidade que a qualidade, embora as Sharon Stones da vida (você pode trocar por Angelina Jolie, Gisele Bundchen, uma ex-BBB ou outra celebridade qualquer) mereçam figurar na comissão de frente nas histórias contadas em mesas de bar. Só que não há tantas Sharon Stones disponíveis e muitas moças e senhoras só aparecem como tal por efeito de uns copos a mais na hora da conquista, ou no relato, ligeiramente exagerado, aos amigos. Todas ganham status de “verdadeiras Deusas” e na real, sabemos que não é bem assim. Mas não estamos aqui para julgar as atitudes dos parceiros ou fazer juízo de valor sobre as mulheres de suas vidas.
O que importa é que seja aprendida a lição de que a discrição é fundamental. O mínimo que aquele seu casinho no escritório espera é ser preservada diante do grupo de trabalho.
Há que ter cuidado com as armadilhas. Não faça como S., premiado publicitário que se apaixonou pela garota da Mídia e para agradar ao novo amor aceitou o convite para um cineminha, sexta-feira à noite, num movimentado shopping da cidade. Ele não contava que todo o pessoal da agência também estava com disposição para freqüentar o shopping naquela sexta-feira. O flagra foi inevitável e constrangedor, com sérios desdobramentos na vida profissional e familiar de ambos. Faltou dizer que os dois eram casados.
Um flagrante assim gera falatório, queima o seu filme e da sua acompanhante. Homem não dá muita importância a isso, acha que a fama de pegador é positiva, mas as mulheres detestam o ti-ti-ti e rejeitam ser vistas como “a outra”. Pessoa que já transitou por essas crônicas acrescenta que as mulheres até não se importam de serem a outra e ele chegou a essa conclusão quando foi abordado por uma conhecida com a seguinte sentença:
- Eu quero ser a outra da tua vida.
O exemplo pode legitimar a tese, mas ela precisa de adendo – desde que não seja identificada publicamente como a outra e fique tudo apenas entre as duas partes interessadas. Algumas mulheres até se expõe no limite do aceitável. A propósito, circulou recentemente no território livre da Internet, o acontecido com um executivo que estava de casamento marcado - e provavelmente não tratou da questão com a devida atenção - e foi surpreendido com uma faixa estampada em frente a sua casa, no dia do enlace.
- “Fulano, eu vou ao teu casamento. Assinado: a Outra”.
Imaginem agora como foi a cerimônia para esse pobre coitado. Quem tiver informações dos desdobramentos do caso, por favor, me repasse.
(continua)
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Inversão de valores
A que ponto chegamos: os cachorros da família receberam mais presentes do que eu.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Receita de Ano Novo
De todas as mensagens de boas festas que recebi - e foram muitas - as que mais me tocaram foram as que fizeram referência a este belo texto do mestre Carlos Drummond de Andrade:
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
A FESTA DA FIRMA - final
*Recomenda-se ler a postagem anterior de A Festa da Firma
O cenário contribui para criar o clima que vai funcionar como contraponto e negação às chatices do cotidiano. A música convida ao balanço e a bebida liberada desinibe até o sisudo chefe do RH. Se houver troca de presentes, surge a primeira chance de um amasso naquela colega bem dotada que a sorte reservou para você no amigo secreto. Enfim, está tudo pronto para que a festa descambe para práticas que extrapolam os limites do coleguismo. Olhares, gestos, palavras fazem parte do processo de interação e, aos poucos, as parcerias vão se formando naturalmente, por afinidades, desejos e pretensões fixadas com antecedência. Muitos colegas já chegam emparceirados e a festa é apenas a última etapa para os finalmente.
Na verdade, nada acontece por acaso. Aquela moça que de repente surge a sua frente, no caminho para o bufê, estava de olho em você há muito tempo. E aquela outra que era o seu sonho de consumo está logo ali, olhar pidão, esperando o convite para sacolejar na pista de dança. Você é caçador e é caça. Valeria a pena uma descrição mais detalhada desses momentos que expressam a realização plena da nobre arte da sedução. Mas vamos deixar para outra ocasião, porque agora o mais importante é repassar algumas dicas, especialmente preparadas por experts, que garantirão o sucesso da noitada.
Cuidado com a bebida é a primeira recomendação. Na dose certa ela encoraja; em excesso pode transformar você no bobo da corte com direito a todos os micos. Se ainda assim você conseguir ficar com alguém pode faltar energia na hora do vamos ver. (Lembre-se, existe vida real no dia seguinte).
Saiba também que mulher detesta bafo de cerveja, mas tem boa tolerância ao vinho e aos espumantes. Ah, os espumantes. Mulher adora dizer que adora espumantes. Então, é por aí. A cautela com a alimentação também é necessária. Nada mais desagradável que uma indisposição estomacal quando você está quase consumando o sonho de arrastar pra intimidade aquela morena dos Serviços Gerais. Pegue leve, portanto.
Pra não alongar mais o papo, o último - e talvez principal - conselho dos especialistas: tenha foco. Escolha o alvo, mire nele e vá em frente. No máximo, tenha um plano B à mão, caso a primeira alternativa não dê certo. Se você ficar dando tiros a esmo, vai gastar toda a munição, afugentar as potenciais pretendentes e, no fim da noite, terá que se contentar com aquela solteirona faceira do Almoxarifado, tamanho GG, mas trajando um modelito 42, vermelho "cheguei". (Prepare-se para ser sacaneado pelos colegas no dia seguinte e em todos os dias até a próxima festa).
Dentro do mesmo sub-tema, cuidado com suas escolhas. Certifique-se de que a parceira pretendida já não está comprometida com outras instâncias hierárquicas da empresa. Não faça como aquele contínuo boa pinta que se assanhou com a secretária da diretoria e no dia seguinte foi demitido pelo diretor financeiro, que tinha mais "cacife" que o afoito jovem. Se pintar um sinal de alerta durante o cerco à colega, saia de fininho e parta para outra. Manter o emprego é mais importante que uma noitada. O mercado de trabalho não está pra peixe e, afinal, sempre há outras opções no elenco feminino de sua empresa. Á luta, companheiros.
O cenário contribui para criar o clima que vai funcionar como contraponto e negação às chatices do cotidiano. A música convida ao balanço e a bebida liberada desinibe até o sisudo chefe do RH. Se houver troca de presentes, surge a primeira chance de um amasso naquela colega bem dotada que a sorte reservou para você no amigo secreto. Enfim, está tudo pronto para que a festa descambe para práticas que extrapolam os limites do coleguismo. Olhares, gestos, palavras fazem parte do processo de interação e, aos poucos, as parcerias vão se formando naturalmente, por afinidades, desejos e pretensões fixadas com antecedência. Muitos colegas já chegam emparceirados e a festa é apenas a última etapa para os finalmente.
Na verdade, nada acontece por acaso. Aquela moça que de repente surge a sua frente, no caminho para o bufê, estava de olho em você há muito tempo. E aquela outra que era o seu sonho de consumo está logo ali, olhar pidão, esperando o convite para sacolejar na pista de dança. Você é caçador e é caça. Valeria a pena uma descrição mais detalhada desses momentos que expressam a realização plena da nobre arte da sedução. Mas vamos deixar para outra ocasião, porque agora o mais importante é repassar algumas dicas, especialmente preparadas por experts, que garantirão o sucesso da noitada.
Cuidado com a bebida é a primeira recomendação. Na dose certa ela encoraja; em excesso pode transformar você no bobo da corte com direito a todos os micos. Se ainda assim você conseguir ficar com alguém pode faltar energia na hora do vamos ver. (Lembre-se, existe vida real no dia seguinte).
Saiba também que mulher detesta bafo de cerveja, mas tem boa tolerância ao vinho e aos espumantes. Ah, os espumantes. Mulher adora dizer que adora espumantes. Então, é por aí. A cautela com a alimentação também é necessária. Nada mais desagradável que uma indisposição estomacal quando você está quase consumando o sonho de arrastar pra intimidade aquela morena dos Serviços Gerais. Pegue leve, portanto.
Pra não alongar mais o papo, o último - e talvez principal - conselho dos especialistas: tenha foco. Escolha o alvo, mire nele e vá em frente. No máximo, tenha um plano B à mão, caso a primeira alternativa não dê certo. Se você ficar dando tiros a esmo, vai gastar toda a munição, afugentar as potenciais pretendentes e, no fim da noite, terá que se contentar com aquela solteirona faceira do Almoxarifado, tamanho GG, mas trajando um modelito 42, vermelho "cheguei". (Prepare-se para ser sacaneado pelos colegas no dia seguinte e em todos os dias até a próxima festa).
Dentro do mesmo sub-tema, cuidado com suas escolhas. Certifique-se de que a parceira pretendida já não está comprometida com outras instâncias hierárquicas da empresa. Não faça como aquele contínuo boa pinta que se assanhou com a secretária da diretoria e no dia seguinte foi demitido pelo diretor financeiro, que tinha mais "cacife" que o afoito jovem. Se pintar um sinal de alerta durante o cerco à colega, saia de fininho e parta para outra. Manter o emprego é mais importante que uma noitada. O mercado de trabalho não está pra peixe e, afinal, sempre há outras opções no elenco feminino de sua empresa. Á luta, companheiros.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
A FESTA DA FIRMA - primeira parte
Fim de ano é tempo de confraternização nos locais de trabalho. Conhecidas vulgarmente como “a festa da firma”, essas confraternizações estão a merecer um estudo sociológico sobre suas implicações, que vão além das afinidades funcionais. Na verdade, o estudo precisaria ser mais amplo por conta das relações perigosas que se estabelecem no ambiente de trabalho, em níveis inferiores e superiores.
Se fosse transformado em uma série de TV americana o título apropriado para tal estudo seria "Sex and the Office". Se fosse escolhido um patrono para a causa seria, sem dúvida, o ex-presidente Bill Clinton, que quase perdeu o cargo mais poderoso do mundo por causa do envolvimento com aquela estagiária bem nutrida, tendo como cenário o Salão Oval da Casa Branca.
Em outro episódio da série, mais recente, o governador do estado americano de Nova Jersey, gay assumido, confessou que traia a mulher com um assessor. A primeira-dama veio a público para revelar que também praticava adultério...com o mesmo assessor, na mesma cama, todos juntos. Togheter! Depois veio a público mais um escândalo, desta vez envolvendo o prefeito de Detroit, acusado de promover orgias em seu gabinete. Uma endemia de sacanagens oficiais!
O puritanismo americano, com seu viés hipócrita, julga com severidade esses casos e determina o fim de muitas carreiras políticas. (Renan Calheiros deve se considerar um homem de sorte por não ter vivido na América). Prevenindo-se contra revelações futuras, o sucessor do destituído governador de Nova Iorque - flagrado esbanjando dólares com prostitutas de alto quilate -, saltou na frente. Ao assumir o cargo, foi logo declarando que tivera um caso com uma assessora, durante uma crise matrimonial anos antes, mas que agora estava tudo bem em casa. Soube-se depois que a mulher do novo governador também pulara a cerca no mesmo período. Deve ser terrível viver num país com uma classe política dessa estirpe...
Vamos combinar que a prática de sexo no escritório, seja público ou privado, não é coisa nova. Deve ser tão antiga quanto os escritórios e por certo teve início quando homens e mulheres passaram a conviver boa parte do dia no mesmo ambiente. Só que se acentuou com a liberação dos costumes e os confortos proporcionados pelos escritórios modernos, climatizados e com aqueles sofás convidativos. O cinemão hollyodiano se ocupa do tema com freqüência e "Atração Fatal" talvez seja o exemplo mais conhecido.
Mas o que chama a atenção é o fetiche que o ambiente de trabalho significa para determinados funcionários e funcionárias. Tive acesso a inúmeros depoimentos de gente que se imagina transando em cima das mesas, entre grampeadores e computadores, relatórios e agendas e, às vezes, a foto de uma cena de família a espreitar os amantes. E conheço também alguns casos em que esse sonho foi realizado e todos garantem que é um momento único, pelo que representa de transgressão. E se for na sala do chefe, melhor ainda. Sei do caso de um contínuo que para se vingar da tirania do chefe transava no escritório dele com a faxineira, que era a garantia que tudo ficaria limpo e em ordem no final.
Mas o nosso foco é essa circunstância que predispõe às relações perigosas, coleguismo à parte, nos escritórios - " a festa da firma". Os congraçamentos servem para liberar alguns desejos sufocados no dia a dia da empresa, que impõe exigências cada vez maiores de produtividade, gerando insegurança quanto ao futuro e muito estresse. A verdade é que nesse contexto fica mais difícil a libido aflorar.
Aí vem o dia da grande festa de fim de ano e um frisson perpassa o ambiente de trabalho. As mulheres se produzem, marcam hora no cabeleireiro ou lançam mão da chapinha e à noite surgem resplandecentes com suas melhores roupinhas. Amigas sinceras me confidenciaram que estréiam peças íntimas, recém adquiridas, nessas ocasiões. Os homens não chegam a tanto, mas também se preocupam em dar um trato no visual.
(continua)
Se fosse transformado em uma série de TV americana o título apropriado para tal estudo seria "Sex and the Office". Se fosse escolhido um patrono para a causa seria, sem dúvida, o ex-presidente Bill Clinton, que quase perdeu o cargo mais poderoso do mundo por causa do envolvimento com aquela estagiária bem nutrida, tendo como cenário o Salão Oval da Casa Branca.
Em outro episódio da série, mais recente, o governador do estado americano de Nova Jersey, gay assumido, confessou que traia a mulher com um assessor. A primeira-dama veio a público para revelar que também praticava adultério...com o mesmo assessor, na mesma cama, todos juntos. Togheter! Depois veio a público mais um escândalo, desta vez envolvendo o prefeito de Detroit, acusado de promover orgias em seu gabinete. Uma endemia de sacanagens oficiais!
O puritanismo americano, com seu viés hipócrita, julga com severidade esses casos e determina o fim de muitas carreiras políticas. (Renan Calheiros deve se considerar um homem de sorte por não ter vivido na América). Prevenindo-se contra revelações futuras, o sucessor do destituído governador de Nova Iorque - flagrado esbanjando dólares com prostitutas de alto quilate -, saltou na frente. Ao assumir o cargo, foi logo declarando que tivera um caso com uma assessora, durante uma crise matrimonial anos antes, mas que agora estava tudo bem em casa. Soube-se depois que a mulher do novo governador também pulara a cerca no mesmo período. Deve ser terrível viver num país com uma classe política dessa estirpe...
Vamos combinar que a prática de sexo no escritório, seja público ou privado, não é coisa nova. Deve ser tão antiga quanto os escritórios e por certo teve início quando homens e mulheres passaram a conviver boa parte do dia no mesmo ambiente. Só que se acentuou com a liberação dos costumes e os confortos proporcionados pelos escritórios modernos, climatizados e com aqueles sofás convidativos. O cinemão hollyodiano se ocupa do tema com freqüência e "Atração Fatal" talvez seja o exemplo mais conhecido.
Mas o que chama a atenção é o fetiche que o ambiente de trabalho significa para determinados funcionários e funcionárias. Tive acesso a inúmeros depoimentos de gente que se imagina transando em cima das mesas, entre grampeadores e computadores, relatórios e agendas e, às vezes, a foto de uma cena de família a espreitar os amantes. E conheço também alguns casos em que esse sonho foi realizado e todos garantem que é um momento único, pelo que representa de transgressão. E se for na sala do chefe, melhor ainda. Sei do caso de um contínuo que para se vingar da tirania do chefe transava no escritório dele com a faxineira, que era a garantia que tudo ficaria limpo e em ordem no final.
Mas o nosso foco é essa circunstância que predispõe às relações perigosas, coleguismo à parte, nos escritórios - " a festa da firma". Os congraçamentos servem para liberar alguns desejos sufocados no dia a dia da empresa, que impõe exigências cada vez maiores de produtividade, gerando insegurança quanto ao futuro e muito estresse. A verdade é que nesse contexto fica mais difícil a libido aflorar.
Aí vem o dia da grande festa de fim de ano e um frisson perpassa o ambiente de trabalho. As mulheres se produzem, marcam hora no cabeleireiro ou lançam mão da chapinha e à noite surgem resplandecentes com suas melhores roupinhas. Amigas sinceras me confidenciaram que estréiam peças íntimas, recém adquiridas, nessas ocasiões. Os homens não chegam a tanto, mas também se preocupam em dar um trato no visual.
(continua)
sábado, 19 de dezembro de 2009
Para Maria Clara
Quero ser teu exemplo e teu guia, teu mentor e protetor.
Minhas mãos te apontarão caminhos e juntos faremos novas descobertas.
Meus braços ainda serão fortes para te amparar e meu coração será aconchego para compartilhar teus segredos, celebrar tuas emoções, confortar tuas dores, refúgio nas incertezas, que um dia foram as minhas.
Tenho tantas histórias para contar, tantas canções para ninar, tantos sorrisos para te alegrar e, se os tombos da vida te fizerem chorar, eu chorarei contigo para que as lágrimas cessem mais rápido.
Não vai faltar energia para expurgar os bichos-papão, o monstro debaixo da cama e os fantasmas das noites insones, porque vou velar teu sono para que teus sonhos sejam povoados de fantasias de criança.
E quando cresceres quero estar presente e vou me empenhar para cedo aprenderes a voar. Aí poderás escolher o melhor destino que, se quiseres, poderemos traçar juntos e que a tua jornada seja segura e prazerosa.
E um dia, quando eu voltar a ser criança de novo, poderás retribuir, segurando a minha mão na paz de um acalanto final.
Minhas mãos te apontarão caminhos e juntos faremos novas descobertas.
Meus braços ainda serão fortes para te amparar e meu coração será aconchego para compartilhar teus segredos, celebrar tuas emoções, confortar tuas dores, refúgio nas incertezas, que um dia foram as minhas.
Tenho tantas histórias para contar, tantas canções para ninar, tantos sorrisos para te alegrar e, se os tombos da vida te fizerem chorar, eu chorarei contigo para que as lágrimas cessem mais rápido.
Não vai faltar energia para expurgar os bichos-papão, o monstro debaixo da cama e os fantasmas das noites insones, porque vou velar teu sono para que teus sonhos sejam povoados de fantasias de criança.
E quando cresceres quero estar presente e vou me empenhar para cedo aprenderes a voar. Aí poderás escolher o melhor destino que, se quiseres, poderemos traçar juntos e que a tua jornada seja segura e prazerosa.
E um dia, quando eu voltar a ser criança de novo, poderás retribuir, segurando a minha mão na paz de um acalanto final.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Fetiches e fantasias - final
*Recomenda-se ler a postagem anterior de Fetiches e Fantasias
Em termos de fantasias é recorrente o desejo de transar em público, com uma infinidade de variações - nas praças, na praia, nas festas - desde que haja muita gente em volta. Não se trata de exibicionismo, porque todos afirmam que não querem ser vistos em plena prática, mas da alta dose de adrenalina que a situação limite proporciona diante da possibilidade de serem descobertos.
Alguns pesquisados relatam acrobacias extraordinárias para realizar essa fantasia. Um deles se especializou em transar com a namorada em coquetéis, mas ele evita explicar os detalhes com receio de ser identificado. Suspeito que os fatos aconteçam nos banheiros e, como se trata de pessoa politicamente correta, acredito que alterna o masculino e o feminino para manter o equilíbrio de gênero. Questão de respeito a companheira de jornada.
O que ele não esconde é como tudo começou. Era um coquetel de abertura de uma exposição em um ambiente com luz de boate. Sua parceira na ocasião se apresentou com um vestido justo sem marca aparente das calcinhas. Observador atento, ele pressentiu a tentação. Aquilo não era um figurino de festa; aquilo era um convite à transgressão. Ele não resistiu. Refugiou-se com a moça em uma mesa mais retirada onde aconteceram as preliminares. A etapa conclusiva foi atrás de um dos painéis da exposição, um ato discreto mas intenso, enquanto o artista fazia um esforço danado para explicar sua complexa obra aos visitantes.
Foi uma experiência tão incrível, transbordando de adrenalina, que nosso amigo adotou como padrão desde então. Ele está tão viciado na prática que, cheio de ansiedade, consulta diariamente os cadernos de variedade dos jornais em busca dos eventos do dia e exulta, como criança que ganha brinquedo novo, quando recebe o convite para um vernissage. A amigos comuns ele confidenciou que está precisando de novos desafios e agora faz planos para transar com suas acompanhantes durante os shows dos grandes artistas que vem a cidade. To pagando pra ver, mas não duvido
Não deve ser desprezada outra fantasia recorrente entre os homens, a ménage a trois. Não conheço um que não queira dividir a cama com duas mulheres, embora a maioria não dê conta nem de uma. Todos, em algum momento da relação, insinuam esse desejo as suas parceiras e a melhor resposta que ouvi foi da namorada de um dos pesquisados, relatada pelo próprio:
- Sexo a três? Então convida aquele teu amigo para ir ao motel conosco.
Nosso pesquisado nunca mais ousou sequer pensar no assunto e, por via das dúvidas, evitava se encontrar com a moça em locais onde o tal amigo poderia comparecer, porque agora tinha razões para desconfiar que ele assumira lugar de destaque nas fantasias da namorada.
Em se tratando de fetiche e fantasia tem gosto para tudo. Liderança política de nossas relações é fascinado por mulheres que usam aparelho ortodôntico. Só que ele prefere arrebanhar suas conquistas na periferia onde, justifica, encontra belas garotas, mas não tão exigentes. Todas, acrescenta, sonham em se igualar às moças dos bairros mais nobres, não pelos cabelos alisados com chapinha ou pelas roupas e sapatos de marca, mas pela dentição perfeita.
Nosso amigo sacou essa frustração das bonitinhas da periferia, o que vinha ao encontro da sua inconfessável mania. Ele só se excitava se a mulher usasse aparelho e decidiu investir nesse nicho. Acertou com um amigo ortodontista um tratamento básico, a preços módicos, e passou a financiar novos sorrisos, com ferrinhos à mostra, em bairros distantes. Além disso, ele alega que está promovendo um trabalho de grande alcance social ao contribuir para a saúde bucal das moças da periferia, que não teriam recursos para pagar o tratamento.
“ Nenhuma resiste à oferta”, afirma, satisfeito com os dividendos do seu investimento, ao mesmo tempo em que desdenha de amigos comuns que preferem pagar aplicações de silicone, lipoaspirações ou plásticas para suas pretendentes: “ Eles gastam uma nota preta e quem acaba estreando a moça redesenhada é o vizinho motoqueiro”.
Em termos de fantasias é recorrente o desejo de transar em público, com uma infinidade de variações - nas praças, na praia, nas festas - desde que haja muita gente em volta. Não se trata de exibicionismo, porque todos afirmam que não querem ser vistos em plena prática, mas da alta dose de adrenalina que a situação limite proporciona diante da possibilidade de serem descobertos.
Alguns pesquisados relatam acrobacias extraordinárias para realizar essa fantasia. Um deles se especializou em transar com a namorada em coquetéis, mas ele evita explicar os detalhes com receio de ser identificado. Suspeito que os fatos aconteçam nos banheiros e, como se trata de pessoa politicamente correta, acredito que alterna o masculino e o feminino para manter o equilíbrio de gênero. Questão de respeito a companheira de jornada.
O que ele não esconde é como tudo começou. Era um coquetel de abertura de uma exposição em um ambiente com luz de boate. Sua parceira na ocasião se apresentou com um vestido justo sem marca aparente das calcinhas. Observador atento, ele pressentiu a tentação. Aquilo não era um figurino de festa; aquilo era um convite à transgressão. Ele não resistiu. Refugiou-se com a moça em uma mesa mais retirada onde aconteceram as preliminares. A etapa conclusiva foi atrás de um dos painéis da exposição, um ato discreto mas intenso, enquanto o artista fazia um esforço danado para explicar sua complexa obra aos visitantes.
Foi uma experiência tão incrível, transbordando de adrenalina, que nosso amigo adotou como padrão desde então. Ele está tão viciado na prática que, cheio de ansiedade, consulta diariamente os cadernos de variedade dos jornais em busca dos eventos do dia e exulta, como criança que ganha brinquedo novo, quando recebe o convite para um vernissage. A amigos comuns ele confidenciou que está precisando de novos desafios e agora faz planos para transar com suas acompanhantes durante os shows dos grandes artistas que vem a cidade. To pagando pra ver, mas não duvido
Não deve ser desprezada outra fantasia recorrente entre os homens, a ménage a trois. Não conheço um que não queira dividir a cama com duas mulheres, embora a maioria não dê conta nem de uma. Todos, em algum momento da relação, insinuam esse desejo as suas parceiras e a melhor resposta que ouvi foi da namorada de um dos pesquisados, relatada pelo próprio:
- Sexo a três? Então convida aquele teu amigo para ir ao motel conosco.
Nosso pesquisado nunca mais ousou sequer pensar no assunto e, por via das dúvidas, evitava se encontrar com a moça em locais onde o tal amigo poderia comparecer, porque agora tinha razões para desconfiar que ele assumira lugar de destaque nas fantasias da namorada.
Em se tratando de fetiche e fantasia tem gosto para tudo. Liderança política de nossas relações é fascinado por mulheres que usam aparelho ortodôntico. Só que ele prefere arrebanhar suas conquistas na periferia onde, justifica, encontra belas garotas, mas não tão exigentes. Todas, acrescenta, sonham em se igualar às moças dos bairros mais nobres, não pelos cabelos alisados com chapinha ou pelas roupas e sapatos de marca, mas pela dentição perfeita.
Nosso amigo sacou essa frustração das bonitinhas da periferia, o que vinha ao encontro da sua inconfessável mania. Ele só se excitava se a mulher usasse aparelho e decidiu investir nesse nicho. Acertou com um amigo ortodontista um tratamento básico, a preços módicos, e passou a financiar novos sorrisos, com ferrinhos à mostra, em bairros distantes. Além disso, ele alega que está promovendo um trabalho de grande alcance social ao contribuir para a saúde bucal das moças da periferia, que não teriam recursos para pagar o tratamento.
“ Nenhuma resiste à oferta”, afirma, satisfeito com os dividendos do seu investimento, ao mesmo tempo em que desdenha de amigos comuns que preferem pagar aplicações de silicone, lipoaspirações ou plásticas para suas pretendentes: “ Eles gastam uma nota preta e quem acaba estreando a moça redesenhada é o vizinho motoqueiro”.
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