(Do Manual para Chefias Intermediárias, a ser lançado pela Via Dutra Publishers and Books/ Recomenda-se ler a postagem anterior sobre o assunto)
Depois que a teia de agentes for descoberta, o passo seguinte é fazê-la trabalhar a seu favor. Espalhe os boatos que lhe convém, sempre discretamente e sem todas as informações, mesmo porque a Rádio Corredor vai adicionar os elementos que darão força e credibilidade aos fatos. Isso funciona quando você precisa dar um “para-te quieto” num funcionário que está enchendo o saco, ameaçando pedir demissão se não ganhar aumento ou promoção. Mencione de passagem na conversa com um agente da Rádio Corredor que você teve contato com aquele profissional da concorrência cujo perfil se encaixa perfeitamente na vaga ocupada pelo tal funcionário. O cara vai ficar sabendo de tudo e mais um pouco. “Parece que só falta acertar o salário”, confidenciará o leva-e-traz e aí teremos um enchedor de saco a menos.
Os mesmos procedimentos podem ser adotados no caso daquele sujeito que está de olho no seu cargo. Espalhe que você tem sido procurado com freqüência por uma chefia superior, em busca de sua abalizada opinião sobre determinado tema. E acrescente, cândida e maldosamente: “Os homens não são bobos, sabem de tudo o que acontece aqui”. Ou seja, você é um elemento de confiança da direção, ao contrário daquele oportunista que está a fim de puxar o seu tapete.
Na relação com a Rádio Corredor você também não tem compromisso com a verdade, mas não abuse da sorte. A tarefa de contra-informação exige que sejam espalhadas algumas informações verdadeiras para ganhar credibilidade. Informações do tipo índices de aumento salarial, promoções previstas, viagens em perspectivas, cursos de capacitação, fatos positivos de preferência, porque a tendência destes, diferentemente dos negativos, é não serem muito ampliados. Além disso, servem como uma boa desculpa caso você seja flagrado manipulando a Rádio Corredor: “Ué, eu só estava antecipando uma informação positiva, de interesse de todos”.
No caso de uma informação relevante em que seja necessário se valer dos préstimos da Rádio, opte pelo lançamento durante uma reunião. Primeiro para você ter certeza de que a difusão da informação vai ser potencializada pelos vários agentes presentes à reunião e depois para você ter testemunhas em caso de distorção. Entretanto, pequenos boatos, santas maldades, fofocas mais ou menos interessantes, prefira transmiti-los individualmente para agentes duplos de sua confiança. O resultado final é melhor e você ainda se resguarda.
A relação com a Rádio Corredor pode se transformar ainda num exercício divertido. Espalhe coisas sem nexo e aguarde o resultado. Quando o boato retornar você vai se deliciar com a forma final que o assunto adquiriu. Exemplo: insinue que aquele colega que é um tanso de marca maior vai ser promovido para importantes funções na empresa. Depois do impacto inicial, no retorno do boato o cara vai ganhar qualidades e capacidades insuspeitadas. Não vai faltar quem diga: “O cara só estava precisando de uma oportunidade para mostrar seu valor”. E o bananão é até capaz de acreditar.
Senhores chefes, é assim que funciona. Portanto, olho vivo e ouvido apurado com a mais poderosa das rádios.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Rádio Corredor: como identificar
( Do Manual Para Chefias Intermediárias que Via Dutra Publisher and Books vai lançar)
A Rádio Corredor é um fantástico instrumento informal, presente em todas as organizações, para a difusão de informações, meias verdades, fofocas e boatos, mais boatos e fofocas do que meias verdades e informações. Esse instrumento recebe outros títulos, dependendo da natureza da organização – Rádio Bambu, Rádio Peão, Central de Boatos – mas a finalidade é sempre a mesma, cumprida com eficácia e eficiência: promover o leva-e-traz na local de trabalho.
A Rádio Corredor pode ser um inferno para as chefias. Muitos projetos foram frustrados simplesmente porque informações reservadas vazaram e chegaram à massa trabalhadora totalmente distorcidas. E chegaram via Rádio Corredor, que não tem qualquer compromisso com a realidade dos fatos, mas apenas com o tráfego de informações em si mesmo, de preferência aumentando um ponto em cada conto.
O processo ocorre normalmente em filas de banco, no intervalo para o cafezinho, no refeitório e naquelas conversas de pequenos grupos no pátio da empresa. Os e-mails e os twitters da vida também são usados, mas com cautela, porque deixam rastros que podem desmascarar os maledicentes de plantão.
É fácil perceber quando a Rádio Corredor está em ação: basta aproximar-se de um grupo reunido em um canto qualquer e perceber o constrangimento com a chegada do elemento estranho, a rápida troca de assunto, o olhar inquieto, insincero e o sorriso sem graça dos participantes. Nessas ocasiões, a Rádio Corredor sai do ar por instantes.
E quando voltar, podes crer, a interferência junto ao grupo será assumida como uma confirmação de que aquele boato tem um fundo de verdade. Dez entre dez vezes será ouvida a seguinte frase, após o seu afastamento do grupo: “Viu, o homem está preocupado, então aquele negócio é sério!” .
Na verdade, o efeito perverso da Rádio Corredor pode ser neutralizado e até direcionado a seu favor. A primeira medida é identificar quem são os principais agentes do leva-e-traz. O mais fácil de ser reconhecido é aquele que eventualmente procura a chefia para contar as fofocas envolvendo outros colegas. Esteja certo de que se trata de um agente duplo, que só está esperando você liberar alguma informação para realimentar o processo. Quantas vezes você foi tentado a fazer algum comentário nada elogioso sobre algum colega ou mesmo um superior, como contrapartida a uma informação supostamente privilegiada trazida pelo agente duplo? Você certamente já participou desse jogo e se deu mal. Doravante, resista: tudo o que eles querem é intrigá-lo com a massa ou, o que é pior, com as chefias.
Ouça mais do que fale e mantenha os olhos sempre abertos para identificar os outros participantes da sórdida conspiração. Para saber quem são os outros, basta observar quais são os que sempre repetem suas participações nos grupinhos, seja no encontro informal no pátio, seja na roda do cafezinho. Eles são os potenciais agentes inimigos.
Se você der um flagra num grupo, percebendo que a Rádio Corredor esteve no ar, e mais tarde for procurado por alguém com uma justificativa do tipo “pois é, a gente estava conversando sobre...”, bingo, este é o cara, tentando construir um álibi. Como se trata de um fracote sem caráter, basta um aperto que ele certamente vai vomitar tudo, com riqueza de detalhes.
Outro agente em potencial da Rádio Corredor é aquele sujeito que fala baixinho ao telefone. Das duas uma: ou está namorando no telefone, provavelmente uma colega de outra secção, ou está difundindo informações e boatos. Nos dois casos, merece atenção redobrada. No primeiro caso porque esse negócio de namorar em horário de expediente, ainda mais colegas, pode acabar em confusão; no segundo, para confirmar se o cara é ou não um agente da Rádio Corredor.
(continua)
A Rádio Corredor é um fantástico instrumento informal, presente em todas as organizações, para a difusão de informações, meias verdades, fofocas e boatos, mais boatos e fofocas do que meias verdades e informações. Esse instrumento recebe outros títulos, dependendo da natureza da organização – Rádio Bambu, Rádio Peão, Central de Boatos – mas a finalidade é sempre a mesma, cumprida com eficácia e eficiência: promover o leva-e-traz na local de trabalho.
A Rádio Corredor pode ser um inferno para as chefias. Muitos projetos foram frustrados simplesmente porque informações reservadas vazaram e chegaram à massa trabalhadora totalmente distorcidas. E chegaram via Rádio Corredor, que não tem qualquer compromisso com a realidade dos fatos, mas apenas com o tráfego de informações em si mesmo, de preferência aumentando um ponto em cada conto.
O processo ocorre normalmente em filas de banco, no intervalo para o cafezinho, no refeitório e naquelas conversas de pequenos grupos no pátio da empresa. Os e-mails e os twitters da vida também são usados, mas com cautela, porque deixam rastros que podem desmascarar os maledicentes de plantão.
É fácil perceber quando a Rádio Corredor está em ação: basta aproximar-se de um grupo reunido em um canto qualquer e perceber o constrangimento com a chegada do elemento estranho, a rápida troca de assunto, o olhar inquieto, insincero e o sorriso sem graça dos participantes. Nessas ocasiões, a Rádio Corredor sai do ar por instantes.
E quando voltar, podes crer, a interferência junto ao grupo será assumida como uma confirmação de que aquele boato tem um fundo de verdade. Dez entre dez vezes será ouvida a seguinte frase, após o seu afastamento do grupo: “Viu, o homem está preocupado, então aquele negócio é sério!” .
Na verdade, o efeito perverso da Rádio Corredor pode ser neutralizado e até direcionado a seu favor. A primeira medida é identificar quem são os principais agentes do leva-e-traz. O mais fácil de ser reconhecido é aquele que eventualmente procura a chefia para contar as fofocas envolvendo outros colegas. Esteja certo de que se trata de um agente duplo, que só está esperando você liberar alguma informação para realimentar o processo. Quantas vezes você foi tentado a fazer algum comentário nada elogioso sobre algum colega ou mesmo um superior, como contrapartida a uma informação supostamente privilegiada trazida pelo agente duplo? Você certamente já participou desse jogo e se deu mal. Doravante, resista: tudo o que eles querem é intrigá-lo com a massa ou, o que é pior, com as chefias.
Ouça mais do que fale e mantenha os olhos sempre abertos para identificar os outros participantes da sórdida conspiração. Para saber quem são os outros, basta observar quais são os que sempre repetem suas participações nos grupinhos, seja no encontro informal no pátio, seja na roda do cafezinho. Eles são os potenciais agentes inimigos.
Se você der um flagra num grupo, percebendo que a Rádio Corredor esteve no ar, e mais tarde for procurado por alguém com uma justificativa do tipo “pois é, a gente estava conversando sobre...”, bingo, este é o cara, tentando construir um álibi. Como se trata de um fracote sem caráter, basta um aperto que ele certamente vai vomitar tudo, com riqueza de detalhes.
Outro agente em potencial da Rádio Corredor é aquele sujeito que fala baixinho ao telefone. Das duas uma: ou está namorando no telefone, provavelmente uma colega de outra secção, ou está difundindo informações e boatos. Nos dois casos, merece atenção redobrada. No primeiro caso porque esse negócio de namorar em horário de expediente, ainda mais colegas, pode acabar em confusão; no segundo, para confirmar se o cara é ou não um agente da Rádio Corredor.
(continua)
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Solidariedade entre iguais
A verdade verdadeira é que nós, homens, só pensamos naquilo. Então, é natural que as conversas no cafezinho, na mesa de bar e em outros encontros com predominância masculina, o assunto gire em torno daquilo. Essa nuança do comportamento dos machos só é igualada por outra em que as mulheres passam ao largo: a solidariedade. Você jamais vai ver parceiro dedurando parceiro e existe grande respeito pelas mulheres dos amigos, que assumem status de não-cantáveis, sejam elas oficiais ou não.
A espécie se protege e se ajuda, confirma álibis, cede local, carro e grana nos momentos de aperto e é capaz de estabelecer relações de amizade tanto com a titular do amigo como com a outra. É, digamos, uma ética singular nesse contexto. A introdução vem a propósito de história contada pelo jornalista Clóvis Heberle em seu blog (www.clovisheberle.blogspot). Como também fui testemunha dos acontecimentos, um case exemplar de solidariedade masculina, me permito reproduzi-lo, conforme relato do Heberle.
El templo de la perdición
Trabalhávamos muito na sucursal de verão de Zero Hora, instalada no hotel Beira Mar, em Tramandaí, nos anos 90-. Certamente tanto como agora. Pelo menos 12 horas por dia, isto quando não éramos acordados de madrugada para cobrir algum rolo policial. Mas também nos divertíamos bastante. Depois de enviar a última matéria, íamos jantar juntos e depois dar uma circulada pela cidade. Naquela época os argentinos vinham a Tramandaí em ônibus de Turismo e se hospedavam em nosso hotel, geralmente por uma semana. À noite ficávamos batendo papo, e naturalmente nos tornávamos amigos deles. Cada despedida era uma festa, e as vezes lágrimas rolavam nos rostos de hermanas enfeitiçadas por algum repórter da sucursal. O contrário também acontecia. Um dos nossos ficou enlouquecido por uma argentina, muito bonita na flor dos seus trinta e poucos anos. Ela parecia corresponder, mas havia um problema: o marido estava junto, e não desgrudava dela. Solidários, tentamos vários estratagemas para separá-los, pelo menos algumas horas, para que os dois pudessem, digamos, se entender. Tudo em vão. Decidimos jogar pesado: embebedar o maridão, para que ele, entregue a morfeu, deixasse a esposa e nosso apaixonado colega à vontade. Bate-bate era um boteco de madeira escondido entre duas dunas, cerca de um quilômetro depois da plataforma de pesca. Lá só se serviam batidas, todas de altíssimo teor alcoólico. O bar estava na moda – a moçada enfrentava a areia da beira da praia para passar algumas horas lá, bebendo e ouvindo música. Casais se perdiam nas dunas, motoristas tinham dificuldade em achar a trilha depois de provar coquetéis de cachaça. Alguns dias antes, no Carnaval, a turma do Bate-Bate havia desfilado na avenida Emancipação, um garçom vestido de padre à frente. Conferimos se a batina ainda estava por lá, e combinamos que no dia seguinte voltaríamos com um grupo de turistas argentinos, com a condição de que fossem recebidos pelo falso padre. O Bate-Bate mudou de nome: passou a ser El Templo de la Perdición. Convidados, os argentinos adoraram a idéia. Estavam loucos para conhecer o templo. Lotamos três carros (o meu e dois do jornal – a Núbia Silveira que me perdoe) e nos mandamos. O padre esperava na frente do barracão, e junto com a benção entregava a cada um de nós um copo daquelas batidas. Discretamente, todos olhávamos o copo do maridão, mas ele era o que menos bebia. Lá pelas tantas, decidimos voltar. Jantamos no Carlão, um restaurante à beira do rio, no Imbé e depois viemos até a minha casa. Bebemos, cantamos, conversamos, e o maridão, sóbrio. O dia amanhecia quando o grupo, exausto e conformado com mais uma derrotas, retornou ao hotel. A esposa continuou intocada até seu retorno à Argentina. Sim, ela chorou na despedida.
Agora me digam com sinceridade: é ou não é uma comovente história de solidariedade entre iguais?
A espécie se protege e se ajuda, confirma álibis, cede local, carro e grana nos momentos de aperto e é capaz de estabelecer relações de amizade tanto com a titular do amigo como com a outra. É, digamos, uma ética singular nesse contexto. A introdução vem a propósito de história contada pelo jornalista Clóvis Heberle em seu blog (www.clovisheberle.blogspot). Como também fui testemunha dos acontecimentos, um case exemplar de solidariedade masculina, me permito reproduzi-lo, conforme relato do Heberle.
El templo de la perdición
Trabalhávamos muito na sucursal de verão de Zero Hora, instalada no hotel Beira Mar, em Tramandaí, nos anos 90-. Certamente tanto como agora. Pelo menos 12 horas por dia, isto quando não éramos acordados de madrugada para cobrir algum rolo policial. Mas também nos divertíamos bastante. Depois de enviar a última matéria, íamos jantar juntos e depois dar uma circulada pela cidade. Naquela época os argentinos vinham a Tramandaí em ônibus de Turismo e se hospedavam em nosso hotel, geralmente por uma semana. À noite ficávamos batendo papo, e naturalmente nos tornávamos amigos deles. Cada despedida era uma festa, e as vezes lágrimas rolavam nos rostos de hermanas enfeitiçadas por algum repórter da sucursal. O contrário também acontecia. Um dos nossos ficou enlouquecido por uma argentina, muito bonita na flor dos seus trinta e poucos anos. Ela parecia corresponder, mas havia um problema: o marido estava junto, e não desgrudava dela. Solidários, tentamos vários estratagemas para separá-los, pelo menos algumas horas, para que os dois pudessem, digamos, se entender. Tudo em vão. Decidimos jogar pesado: embebedar o maridão, para que ele, entregue a morfeu, deixasse a esposa e nosso apaixonado colega à vontade. Bate-bate era um boteco de madeira escondido entre duas dunas, cerca de um quilômetro depois da plataforma de pesca. Lá só se serviam batidas, todas de altíssimo teor alcoólico. O bar estava na moda – a moçada enfrentava a areia da beira da praia para passar algumas horas lá, bebendo e ouvindo música. Casais se perdiam nas dunas, motoristas tinham dificuldade em achar a trilha depois de provar coquetéis de cachaça. Alguns dias antes, no Carnaval, a turma do Bate-Bate havia desfilado na avenida Emancipação, um garçom vestido de padre à frente. Conferimos se a batina ainda estava por lá, e combinamos que no dia seguinte voltaríamos com um grupo de turistas argentinos, com a condição de que fossem recebidos pelo falso padre. O Bate-Bate mudou de nome: passou a ser El Templo de la Perdición. Convidados, os argentinos adoraram a idéia. Estavam loucos para conhecer o templo. Lotamos três carros (o meu e dois do jornal – a Núbia Silveira que me perdoe) e nos mandamos. O padre esperava na frente do barracão, e junto com a benção entregava a cada um de nós um copo daquelas batidas. Discretamente, todos olhávamos o copo do maridão, mas ele era o que menos bebia. Lá pelas tantas, decidimos voltar. Jantamos no Carlão, um restaurante à beira do rio, no Imbé e depois viemos até a minha casa. Bebemos, cantamos, conversamos, e o maridão, sóbrio. O dia amanhecia quando o grupo, exausto e conformado com mais uma derrotas, retornou ao hotel. A esposa continuou intocada até seu retorno à Argentina. Sim, ela chorou na despedida.
Agora me digam com sinceridade: é ou não é uma comovente história de solidariedade entre iguais?
sábado, 5 de dezembro de 2009
Bobagens da Internet: atenção às dietas
Três assuntos interessantes:
Sobre a GORDURA
No Japão, são consumidas poucas gorduras e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; em compensação, na França se consome muitas gorduras e, ainda assim, o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA;
Sobre o VINHO
Na Índia, se bebe pouco vinho tinto e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; Em compensação, na Espanha se bebe muito vinho tinto e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA;
Sobre o SEXO
Na Argélia, se transa muito pouco e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; Em compensação, no Brasil se transa muuuuuito e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA;
CONCLUSÃO : beba , coma e faça sexo... sem parar, pois o que mata é falar inglês!
Sobre a GORDURA
No Japão, são consumidas poucas gorduras e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; em compensação, na França se consome muitas gorduras e, ainda assim, o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA;
Sobre o VINHO
Na Índia, se bebe pouco vinho tinto e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; Em compensação, na Espanha se bebe muito vinho tinto e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA;
Sobre o SEXO
Na Argélia, se transa muito pouco e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA; Em compensação, no Brasil se transa muuuuuito e o índice de ataques cardíacos é menor do que na Inglaterra e nos EUA;
CONCLUSÃO : beba , coma e faça sexo... sem parar, pois o que mata é falar inglês!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Bobagens da Internet: promessa de colorado
(Caso o Grêmio empate ou vença o Flamengo)
EU , COLORADO , PROMETO :
1- Não direi mais que a analvalanche é coisa de viado
2- esquecerei a história da poltrona 36 , direi que é mito
3- valorizarei a batalha dos aflitos , achando o maior feito de um clube gaúcho
4- pediremos para a direção começar os grenais com 3 a zero para o grêmio (para dar graça aos jogos )
5- direi para meus filhos que a toyota cup valia a mesma coisa que um título mundial
6- direi para meus filhos que clube grande também é rebaixado para a série b
7- nunca mais chamaremos a geral de coligay e também apagaremos da memória tal torcida
8- se vcs quiserem , poderemos chamá-los de Boca Junior !!!
9- ajudaremos com tijolos para a contrução da arena fantasma
10 - deixaremos vcs ganharem alguns grenais para equilibrar a rivalidade (assim como gauchões )
11- diremos a todos que De Leon sangrou a testa em uma batalha campal contra argentinos, pois não foi um imbecil que colocou a taça na cabeça onde tinha um parafuso
EU , COLORADO , PROMETO :
1- Não direi mais que a analvalanche é coisa de viado
2- esquecerei a história da poltrona 36 , direi que é mito
3- valorizarei a batalha dos aflitos , achando o maior feito de um clube gaúcho
4- pediremos para a direção começar os grenais com 3 a zero para o grêmio (para dar graça aos jogos )
5- direi para meus filhos que a toyota cup valia a mesma coisa que um título mundial
6- direi para meus filhos que clube grande também é rebaixado para a série b
7- nunca mais chamaremos a geral de coligay e também apagaremos da memória tal torcida
8- se vcs quiserem , poderemos chamá-los de Boca Junior !!!
9- ajudaremos com tijolos para a contrução da arena fantasma
10 - deixaremos vcs ganharem alguns grenais para equilibrar a rivalidade (assim como gauchões )
11- diremos a todos que De Leon sangrou a testa em uma batalha campal contra argentinos, pois não foi um imbecil que colocou a taça na cabeça onde tinha um parafuso
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
O atendedor de chamadas dos avós:
(Copiei do Previdi.com porque já estou me preparando para essa fase)
- Bom dia! De momento não estamos em casa mas por favor deixe-nos a sua mensagem depois de ouvir o sinal sonoro:
- Se é um dos nossos filhos, disque 1
- Se precisa que lhe guardemos as crianças, disque 2
- Se quer que lhe emprestemos o carro, disque 3
- Se quer que lavemos a roupa e a passemos a ferro, ou que busque a roupa na lavanderia, disque 4
- Se quer que as crianças durmam aqui em casa, disque 5
- Se quer que os vamos buscar à escola, disque 6
- Se quer que lhe preparemos uns bolinhos para domingo, disque 7
- Se querem vir comer aqui em casa, disque 8
- Se precisam de dinheiro, disque 9
- Se é um dos nossos amigos, pode falar!
- Bom dia! De momento não estamos em casa mas por favor deixe-nos a sua mensagem depois de ouvir o sinal sonoro:
- Se é um dos nossos filhos, disque 1
- Se precisa que lhe guardemos as crianças, disque 2
- Se quer que lhe emprestemos o carro, disque 3
- Se quer que lavemos a roupa e a passemos a ferro, ou que busque a roupa na lavanderia, disque 4
- Se quer que as crianças durmam aqui em casa, disque 5
- Se quer que os vamos buscar à escola, disque 6
- Se quer que lhe preparemos uns bolinhos para domingo, disque 7
- Se querem vir comer aqui em casa, disque 8
- Se precisam de dinheiro, disque 9
- Se é um dos nossos amigos, pode falar!
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Quando eu era milionário - final
*Recomenda-se ler a postagem anterior
Então, em 1994 veio o Plano Real. E eu que estava cobrindo a Copa do Mundo nos Estados Unidos acabei não sofrendo o primeiro impacto do novo plano. As informações vindas do Brasil davam conta que, depois de sucessivos planos econômicos malsucedidos, havia uma justificada desconfiança da população.
De volta a terrinha, a primeira coisa que fiz ao chegar no Galeão foi trocar dólares por reais e aí tomei contato com aquelas notas feias, diferentes uma das outras, eu que estava quase americanizado depois de 55 dias nos EUA, pagando e recebendo em verdinhas. Economizei uma boa grana em dólares naquela viagem, mas mesmo assim não levei vantagem porque no início do Plano Real o dólar valia tanto quanto a nova moeda brasileira. Era 1 por 1.
E lá se foi mais uma chance de reiniciar a vida de milionário.Fiquei curtindo essa frustração até que descobri no site da Fundação de Economia e Estatística (www.fee.tche.br) um programa que converte os valores monetários, atualizando-os no tempo. E constatei que a minha condição de milionário no passado era pura ilusão, fruto da mágica operada nas trocas de moedas, que perdiam zeros para passar a impressão que o nosso dinheiro se fortificava.
Os mais de 60 milhões que recebi em 1985, na verdade, equivaleriam hoje a pouco mais de 57 mil reais, ou 4,3 mil reais/mês, um salário nada desprezível. Os 5,2 milhões de 1991 seriam, em valores atuais, cerca de 30 mil reais. O Passat que vendi por 2,7 milhões em 1992 valeria hoje, só para efeito de exercício financeiro, uns 6,7 mil reais. A mensalidade da creche que custava 15 mil cruzados ficaria por 194 reais e a escola que cobrava 29 mil cruzados novos receberia hoje, se os proprietários não fossem gananciosos, exatos 208 reais.
Como se observa, nem precisa ser versado em macroeconomia para constatar a equivalência nos valores entre um período e outro, o que me leva a outra constatação: havia muito de efeito psicológico na tal de inflação. Mesmo assim, não sinto saudades daquele tempo. Prefiro a estabilidade de agora que me assegura um amanhã sem surpresas.
No quadro abaixo é possível visualizar melhor o que já enfrentamos em termos de mudanças de padrão monetário. De 1967 a 94 foram sete planos, ou quase uma mudança a cada quatro anos:
Quadro 1 - Mudanças no padrão monetário brasileiro
ANO MÊS MOEDA SÍMBOLO EQUIVALÊNCIA
1942 Out Cruzeiro Cr$ Rs 1$000 (um mil réis)
1967 Fev Cruzeiro Novo NCr$ Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)
1970 Mai Cruzeiro Cr$ NCr$ 1,0 (um cruzeiro novo)
1986 Fev Cruzado Cz$ Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)
1989 Jan Cruzado Novo NCz$ Cz$ 1.000,00 (um mil cruzados)
1990 Mar Cruzeiro Cr$ NCz$ 1,00 (um cruzado novo)
1993 Ago Cruzeiro Real CR$ Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)
1994 Jul Real R$ CR$ 2.750,00 (dois mil setecentos e cinqüenta cruzeiros reais
Então, em 1994 veio o Plano Real. E eu que estava cobrindo a Copa do Mundo nos Estados Unidos acabei não sofrendo o primeiro impacto do novo plano. As informações vindas do Brasil davam conta que, depois de sucessivos planos econômicos malsucedidos, havia uma justificada desconfiança da população.
De volta a terrinha, a primeira coisa que fiz ao chegar no Galeão foi trocar dólares por reais e aí tomei contato com aquelas notas feias, diferentes uma das outras, eu que estava quase americanizado depois de 55 dias nos EUA, pagando e recebendo em verdinhas. Economizei uma boa grana em dólares naquela viagem, mas mesmo assim não levei vantagem porque no início do Plano Real o dólar valia tanto quanto a nova moeda brasileira. Era 1 por 1.
E lá se foi mais uma chance de reiniciar a vida de milionário.Fiquei curtindo essa frustração até que descobri no site da Fundação de Economia e Estatística (www.fee.tche.br) um programa que converte os valores monetários, atualizando-os no tempo. E constatei que a minha condição de milionário no passado era pura ilusão, fruto da mágica operada nas trocas de moedas, que perdiam zeros para passar a impressão que o nosso dinheiro se fortificava.
Os mais de 60 milhões que recebi em 1985, na verdade, equivaleriam hoje a pouco mais de 57 mil reais, ou 4,3 mil reais/mês, um salário nada desprezível. Os 5,2 milhões de 1991 seriam, em valores atuais, cerca de 30 mil reais. O Passat que vendi por 2,7 milhões em 1992 valeria hoje, só para efeito de exercício financeiro, uns 6,7 mil reais. A mensalidade da creche que custava 15 mil cruzados ficaria por 194 reais e a escola que cobrava 29 mil cruzados novos receberia hoje, se os proprietários não fossem gananciosos, exatos 208 reais.
Como se observa, nem precisa ser versado em macroeconomia para constatar a equivalência nos valores entre um período e outro, o que me leva a outra constatação: havia muito de efeito psicológico na tal de inflação. Mesmo assim, não sinto saudades daquele tempo. Prefiro a estabilidade de agora que me assegura um amanhã sem surpresas.
No quadro abaixo é possível visualizar melhor o que já enfrentamos em termos de mudanças de padrão monetário. De 1967 a 94 foram sete planos, ou quase uma mudança a cada quatro anos:
Quadro 1 - Mudanças no padrão monetário brasileiro
ANO MÊS MOEDA SÍMBOLO EQUIVALÊNCIA
1942 Out Cruzeiro Cr$ Rs 1$000 (um mil réis)
1967 Fev Cruzeiro Novo NCr$ Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)
1970 Mai Cruzeiro Cr$ NCr$ 1,0 (um cruzeiro novo)
1986 Fev Cruzado Cz$ Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)
1989 Jan Cruzado Novo NCz$ Cz$ 1.000,00 (um mil cruzados)
1990 Mar Cruzeiro Cr$ NCz$ 1,00 (um cruzado novo)
1993 Ago Cruzeiro Real CR$ Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)
1994 Jul Real R$ CR$ 2.750,00 (dois mil setecentos e cinqüenta cruzeiros reais
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